Frente Negra CULTURA Brasileira.
Apresenta Carolina Maria de
Jesus.
Nascimento: Sacramento MG, 14 de Março de
1914.
Morte: São Paulo SP, 13 de
fevereiro de 1977.
Profissão: Catadora de papel
Reciclável, Escritora Brasileira
Carolina Maria de Jesus nasceu em Minas Gerais,
numa comunidade rural onde seus pais eram meeiros. Filha ilegítima de um homem
casado foi tratada como pária durante toda a infância,
e sua personalidade agressiva contribuiu para os momentos difíceis pelos quais
passou. Aos sete anos, a mãe de Carolina forçou-a a frequentar a escola depois
que a esposa de um rico fazendeiro decidiu pagar os estudos dela e de outras
crianças pobres do bairro. Carolina parou de frequentar a escola no segundo
ano, mas aprendeu a ler e a escrever. A mãe de Carolina tinha dois filhos
ilegítimos, o que ocasionou sua expulsão da Igreja Católica quando ainda era jovem.
No entanto, ao longo da vida, ela foi uma católica devota, mesmo nunca tendo
sido readmitida na congregação. Em seu diário, Carolina muitas vezes faz
referências religiosas. Em 1937, sua mãe morreu, e ela se viu
impelida a migrar para a metrópole de São Paulo. Carolina construiu sua própria
casa, usando madeira, lata, papelão e qualquer coisa que pudesse encontrar. Ela
saía todas as noites para coletar papel, a fim de conseguir dinheiro
para sustentar a família. Quando encontrava revistas e cadernos antigos,
guardava-os para escrever em suas folhas. Começou a escrever sobre seu
dia-a-dia, sobre como era morar na favela. Isto aborrecia seus vizinhos, que
não eram alfabetizados, e por isso se sentiam desconfortáveis por vê-la sempre
escrevendo, ainda mais sobre eles. Teve vários envolvimentos amorosos quando
jovem, mas sempre se recusou a casar-se, por ter presenciado muitos casos de
violência doméstica. Preferiu permanecer solteira. Cada um dos seus três filhos
era de um pai diferente, sendo um deles um homem rico e branco. Em seu diário,
ela detalha o cotidiano dos moradores da favela e, sem rodeios, descreve os
fatos políticos e sociais que via. Ela escreve sobre como a pobreza e o
desespero podem levar pessoas boas a trair seus princípios simplesmente para
assim conseguir comida para si e suas famílias. A história de Carolina
"eletrizou a cidade" e, em 1960, Quarto de despejo, foi publicado. A tiragem
inicial de dez mil exemplares se esgotou em uma semana (segundo a Wikipédia em
inglês, foram trinta mil cópias vendidas nos primeiros três dias).
Embora escrito na linguagem simples e
deselegante de uma pessoa sem muita instrução, seu diário foi traduzido para
treze idiomas e tornou-se um best-seller na América do Norte e na
Europa. Mas não foram somente fama e publicidade que Carolina ganhou com a
publicação de seu diário: despertou também o desprezo e a hostilidade de seus
vizinhos. “Você escreveu coisas ruins sobre mim, você fez pior do que eu fiz”,
gritou um vizinho bêbado. Chamavam-a de prostituta negra, que havia se tornado
rica por escrever sobre a favela, mas que se recusava a compartilhar o
dinheiro. Muitas pessoas jogavam pedras e penicos cheios nela e em seus filhos.
A raiva dos vizinhos também teria sido motivada pela mudança de endereço de
Carolina, para uma casa de tijolos nos suburbios, o que foi possivel com os
ganhos iniciais da publicação de seu diario. Vizinhos se juntaram ao redor do
caminhão e não deixaram partir. A filha de Carolina, Vera Eunice, contou, em
entrevista, que sua mãe aspirava a se tornar cantora e atriz. Pobre e
esquecida, Carolina Maria de Jesus morreu em 1977, insuficiencia cardiaca, aos
62 anos e foi enterrada no cemiterio do Cipó em São Paulo.
Ficha tecnica
do Espetáculo: Carolina
Direção: Claudio Lima
Assistente de Direção:
Euclides Franco
Som e Luz: Milton Souza
Adereços Cênicos: Claudio Lima
Atores: Euclides Franco,
Vinicius D Ottavianoe
Quando? : 13 de Agosto de 2015
Onde: Cis Guanabara
Endereço: Rua: Mario Siqueira 829 – Bairro Gauanabara
Horário: 20.00 h
Entrada
Franca, com estacionamento gratuito no local, Ingressos Livre, porém no
final havera o passar do chapéu,... Chegue com antecedencia.
Euclides Franco fone (19)xx 993874324
Capacidade: 120 pessoas
Frente Negra CULTURA Brasileira.
Ronaldo Luis de Almeida
(19) 3233 7801 www.cisguanabara.unicamp.br
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