quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Bem vindo

Retomamos as notícias de eventos e postagens em 15 de janeiro de 2011.

Que este tempo de Natal e passagem de ano te receba com boas novas, no espírito do nascimento daquele que veio para te receber de braços abertos, o mestre dos mestres, Jesus Cristo.

Odair

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Feliz tempo de Natal

O natal é o tempo de celebrar.
Celebrar a vida, celebrar o amor, celebrar a existência!
Celebrar o verbo (palavras em ação) que se fez gente.
Celebrar Jesus Cristo:
Uma criança que gosta de debates!
Um adolescente que respeita os ansiãos!
Um jovem que anda entre amigos!
Uma pessoa que preza presentear com boas notícias aos que o visitam!

Seja pra voce este tempo: presenteie com boas notícias aos que te visitam!

Paz e bem!

Retornamos nos informes do blog em 15/janeiro/2011

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Educação, cidadania e novas tecnologias

Educação e internet
Reprodução de pesquisa do Arnon
http://www.educ.ufrn.br/arnon/links.htm

Cidade do Conhecimento (a pesquisa científica nas novas mídias)
www.cidade.usp.br

Escola do Futuro (novas tecnologias de comunicação melhorando o aprendizado)
www.futuro.usp.br

Centro de Inclusão Digital e Educação Comunitária
www.cidec.futuro.usp.br

WebQuest (aprendendo na Internet)
www.webquest.futuro.usp.br

Replantando Raízes Por Uma Vida Melhor (educação para jovens que convivem com a seca)
www.replantandoraizes.futuro.usp.br

CETRANS — Centro de Educação Transdisciplinar
www.cetrans.futuro.usp.br

Sinapse (caderno educativo da Folha de S. Paulo com conteúdo aberto on-line)
www.folha.com.br/sinapse

Portal Educacional
(encorajar e disseminar o uso de tecnologias inovadoras, possibilitar a criação de novos relacionamentos nas escolas, instigar a aprendizagem e levar informações atuais a todos os que participam da vida escolar)
www.educacional.com.br

Cidade Escola Aprendiz
Laboratório de pedagogia comunitária que realiza a experiência do bairro-escola, dedicada ao aprimoramento simultâneo da comunidade e da educação.
www.aprendiz.com.br

Webeduc – (fórum franco-brasileiro sobre as novas tecnologias usadas na educação)
www.webeduc.mec.gov.br

Form@sup - Formação Aberta e a Distância (desenvolvido a partir de uma iniciativa do Núcleo de Tecnologia do Ministério da Educação Francês)
www.formasup.education.fr

Ciência Aberta Brasil
Discussão sobre temas ligados à educação à distância, educação continuada e educação corporativa
www.cienciaaberta.org

Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais
www.inep.gov.br

Centro Nacional de Ensino à Distância, na França
www.cned.fr

PAGSI – Programa de Ação Governamental para a Sociedade da Informação, na França
www.internet.gouv.fr

Weltwissen Wissenswelt
ensaios de peritos internacionais sobre as novas perspectivas da sociedade do Conhecimento, em alemão e inglês
www.weltwissen-wissenswelt.de

IEAT - Instituto de Estudos Avançados Transdisciplinares
www.ufmg.br/ieat

Sociedade da Informação
www.socinfo.org

IBICT (site do Ministério da Ciência e Tecnologia que reúne a biblioteca digital de teses e dissertações de várias universidades brasileiras)
www.ibict.br

Prossiga (muita informação científica de C&T para pesquisadores e universitários)
www.prossiga.br

SciELO - The Scientific Electronic Library Online
www.scielo.br

Universia (portal para todas as fases da vida acadêmica)
www.universiabrasil.net

MIT – OpenCourseWare (aqui o MIT oferece grátis o material de seus cursos de graduação e pós-graduação)
ocw.mit.edu

Programa pedagógico do jornal alemão Die Zeit
http://schule.zeit.de/index_html

The History Channel Classroom (material pedagógico para professores de História)
www.historychannel.com/classroom/classroom.html

Programa pedagógico da revista canadense L´Actualité
www.lactualite.com/pedagogique

Teachers´Centre (Projetada para o ajudar a integrar explorações temáticas da coleção permanente do Museu Virtual do Canadá com o currículo de sala de aula).
www.virtualmuseum.ca/English/Teacher/index_flash.html

Nied - Núcleo de Informática Aplicada à Educação (Unicamp)
www.nied.unicamp.br

Historica Foundation of Canada (Portal com material para professores de História)
www.histori.ca/teachers/default.do

Interdisciplines (um projeto que visa aumentar a pesquisa interdisciplinar e intercâmbio nas ciências humanas)
www.interdisciplines.org

SchoolNet (Plataforma do governo canadense com mais de 7 mil recursos de aprendizagem, com notícias,recursos interativos e informação diária sobre o mundo do aprendizado virtual)
www.schoolnet.ca

Instituto Paulo Freire
www.paulofreire.org

Educação no Campo – Cultivando um Brasil melhor
www.inep.gov.br/download/imprensa/Miolo_Seminario_Ed_Campo.pdf

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Movimento Negro Evangélico - livro digital

Movimento Negro Evangélico, um mover do Espírito Santo, Hernani Francisco da Silva, lança um olhar para a mais nova força de mobilização dos movimentos negros no cenário brasileiro: O Movimento Negro Evangélico. Revelando que mesmo sendo uma das forças mais recentes de atuação no Brasil na questão racial e negritude, a luta dos negros e negras no cenário protestante não é nova, ela se inicia em 1841 quando um negro alfaiate, letrado, Agostinho José Pereira, começou a pregar nas ruas de Recife a liberdade dos negros e negras nos termos bíblicos e como libertação divina. Nascendo assim a primeira Igreja Protestante Brasileira, uma Igreja Negra.
R$10,00.

http://negrosnegrascristaos.ning.com/page/livro-digital-o-movimento?xg_source=msg_mes_network
http://negrosnegrascristaos.ning.com/

Mercadante defende tese de Doutorado na Unicamp

Mercadante defende tese de Doutorado na Unicamp
O senador Aloizio Mercadante defenderá sua tese de doutorado no Instituto de Economia da Unicamp na próxima sexta-feira, dia 17, a partir das 10 horas. Com o título "As Bases do Desenvolvimentismo: Análise do Governo Lula", o trabalho acadêmico foi orientado por Mariano Francisco Laplane, doutor pela Unicamp.
A banca que examinará a tese reúne alguns dos principais nomes do panorama econômico nacional: Maria Conceição Tavares, João Manuel Cardoso de Mello, Delfim Neto e Bresser Pereira, os dois últimos ex-ministros da Fazenda. Conceição Tavares e Cardoso de Mello, a exemplo de Mercadante, foram docentes do Instituto de Economia (IE) da Unicamp.

O Instituto de Economia da Unicamp fica na rua Pitágoras 353, Campinas/SP.
Mais informações: (11) 3814-2717.

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Poesia "como nós a folha seca"

como nós a folha seca
autor:Condorcet Aranha
livro: VERSATILIDADE

O vento passa, como tudo nessa vida qual o tempo, é implacável.
Balançam os galhos também as folhas muito secas, como nós já
sem destino.
Perdidas voam, nada falam, nada sentem, pois são folhas e não gente!
Outras folhas vão nascendo em novos galhos como gente, interminável,
Que balançam, mas não caem, estão verdes, confiantes como o
sonho do menino.
Serão maduras como fomos certo dia e muito fortes, mas de
repente!

O vento passa, como tudo nessa vida, vai levando de vencida,
Galhos secos, folhas verdes e sonhos mesmo como aqueles do
menino!
Resseca a vida, rebrotam folhas, folhas que voam como gente
sem destino,
Não são meninos nem galhos secos e, como e sonho, fica esquecida,
Aquela folha que muito sec e presa à vida, não permanece,
Intransigente, em galho verde, parece gente e não aceita, mas de
repente!

O vento passa, como tudo nessa vida sem ter razão se justifica.
Se a folha verde ainda indelével é persistente.
Tão macia e indiferente como a gente, assim, bonita,
É só balança, bem firme ao galho aonde insiste, prepotente,
Em se exibir, como nós a cada dia, enquanto habita,
Esse mundo inconsciente, sem entender, mas de repente!

O vento passa, como tudo nessa vida a folha amassa,
Tira-lhe a cor, da gente o amor, a nos causar destruição.
Se, todo o tempo, brindando à folha o vento passa,
Quebrando galhos ainda verdes, por acaso ou opção,
Não tem sentido nem há perdão, se essa gente que desenlaça
Antes da hora, sem proteção, sem entender e, é quando então,

O vento passa, como tudo nessa vida imprevisível.
o ser mais forte é quem nos leva até a morte, tal como o tempo,
Que quebra o galho, o entendimento, sempre invisível.
Sem se expor lhe tira a dor e tudo mais, deixando o exemplo,
E então, saibamos que a folha frágil, como nós, é destrutível,
Que só passamos, durante um tempo, tal qual o vento.

(pág. 48) ALLPrint Editora. 2008.

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Subúrbio negro, o filme

Subúrbio negro, o filme

(25/11/2010)


Documentário sobre a juventude do subúrbio ferroviário da Península de Itapagipe, em Salvador

A CESE e as redes juvenis do subúrbio, através do Projeto Juventude Cidadã, lançaram em junho deste ano um vídeo contando as lutas anti-racistas e socioambientais enfrentadas pela população negra local do Subúrbio Ferroviário, em Salvador. Após o lançamento e a definição do nome que teve participação e sugestão direta dos jovens da comunidade, foi eleito o nome Subúrbio Negro para intitular o documentário de 27 minutos que narra a história dessas comunidades. Uma versão reduzida também já está disponível no youtube. Confira aqui

“Este vídeo tem muitos significados. Além de retratar a dura realidade suburbana interpretada por seus jovens e contribuindo para o seu protagonismo, é uma peça importante de divulgação para que busquem novas parcerias”, declara o assessor de projetos da CESE, José Carlos Zanetti.


Atualmente, fazem parte do projeto 4 redes sociais, composto por algumas dezenas de grupos e movimentos sócioculturais que vivem no Subúrbio Ferroviário, dentre eles: o Movimento de Cultura Popular do Subúrbio (MCPS); o Colegiado de Cultura da CAMMPI (moradores de Itapagipe); o Fórum de Entidades do Subúrbio (FES) e a Rede de Protagonistas em Ação de Itapagipe (REPROTAI). O projeto de nome Juventude Cidadã visa fortalecer as redes em suas atividades e contribuir para que desenvolvam institucionalmente capacidades de gestão e incidência política. Esta iniciativa nasceu em 2005, em parceria com a agência holandesa Kerkininactie/ICCO.


Subúrbio Ferroviário

Dados da Organização das Nações Unidas (ONU) indicam que a juventude brasileira é a maior vítima da violência. A Bahia e sua capital negra, Salvador, não escapam desta lógica perversa, agravada pelo racismo e a intolerância religiosa. Apesar de ser uma capital bela e culturalmente rica, a situação é particularmente grave em seus bairros populares, a exemplo do Subúrbio Ferroviário.


“Os grupos culturais que trabalham com arte-educação e com o diálogo interreligioso oferecem alternativas e esperanças para uma nova existência comprometida com novos formatos de relação gênero e raça, geração de renda e políticas públicas motivadoras de uma cultura de paz”, declara Zanetti.

http://www.cese.org.br/index.php?prefixo=det&menu=noticia&id=133
http://negrosnegrascristaos.ning.com/

livro "Educação Física Escolar

Lançamento - No dia 10 de dezembro, às 17 horas, na Faculdade de Educação Física (FEF/Unicamp), acontece o lançamento do livro "Educação Física Escolar: olhares a partir da cultura", coleção de textos elaborados pelo Gepefic, coordenado pelo professor Jocimar Daolio.
www.fef.unicamp.br

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Palestras: "Crise global" e "Relações no trabalho"

Palestra no IE - Enzo Fabio Archangeli, professor da Universidade de Verona, profere palestra no auditório do Instituto de Economia (IE) nesta terça-feira (7), às 13h30. Discute: “A crise econômica global - desafio para os paradigmas econômicos”. A organização é do professor Antonio Carlos Macedo e Silva. Informações: 19-3521-5708.

As relações do trabalho - A professora Márcia Maria Strazzacappa Hernandez, da Faculdade de Educação (FE), profere a palestra “As relações no trabalho e com o trabalho: projetando 2011”. Será nesta terça-feira (7), às 10h30, no anfiteatro do Hospital José Aristodemo Pinotti, o Caism da Unicamp. Informações: 19-3521-9479.

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Encarceramento e Estado

TRIBUNAL POPULAR

"Encarceramento em massa: símbolo do Estado Penal"

07, 08 e 09/12/2010

Faculdade de Direito da USP – Largo S. Francisco

(metrô Praça da Sé)


"A melhor reforma do direito penal seria a de substituí-lo, não por um direito penal melhor, mas por qualquer coisa melhor do que o direito penal" (Gustavo Radbruch).

O Brasil é hoje um dos países com a maior população carcerária do mundo, perdendo apenas para os Estados Unidos e a China. As prisões brasileiras são uma versão do apartheid, legitimado pelo sistema de justiça penal, seletivo, que criminaliza a população empobrecida, principalmente jovem, negra e indígena, encarcerada prioritariamente por crimes contra o capital. O encarceramento em massa configura-se como um dos instrumentos do Estado na preservação do patrimônio privado e como forma de controle e contenção social, ocultando a barbárie produzida pelo sistema social vigente. O aumento extraordinário da população carcerária no país, a partir dos anos 90, é reflexo da política neoliberal caracterizada pelo Estado Mínimo em relação às políticas sociais e pelo Estado Penal Máximo para as populações empobrecidas. Este não é um fenômeno singular, mas no Brasil, onde o Estado de bem-estar social nunca foi uma realidade concreta, o Estado Penal intensifica-se, assumindo uma dimensão mais perversa. As prisões brasileiras caracterizam-se pelo terror, torturas, maus-tratos, enfim, brutais violações dos direitos humanos dos(as) presos(as) e seus familiares. Qual a função social do encarceramento da população empobrecida? Quais os custos sociais da política de encarceramento em massa? Quais as estratégias a serem desenvolvidas para enfrentar as graves violações dos direitos humanos da população carcerária?

FICHA INSCRIÇÃO

Nome:

Idade:

Representação/Instituição:

E-mail:

Telefone:

Qual motivo você quer participar do seminário?



Enviar a ficha preenchida para: tribunalpopular2010@gmail.com



PROGRAMAÇÃO

07/12 Terça-feira
18h00 Recepção/Credenciamento
18h30 - 19h30: Abertura
19h30 - 22h00: 1a. MESA: Estado Penal e Estado de Direito

Coordenação: Marisa Feffermann - Doutora em Psicologia, pesquisadora do Instituto de Saúde do Estado de São Paulo, professora universitária, autora do livro: "Vidas arriscadas: os trabalhadores do tráfico de drogas"; militante do Tribunal Popular: O Estado Brasileiro no Banco dos Réus.


Palestrantes:
Carmen Silvia Moraes de Barros
Graduação em Direito, Especialista em Direito do Estado, mestre em Direito Penal pela Faculdade de Direito da USP, Coordenadora do Núcleo de Questões Criminais e Penitenciárias da Defensoria Pública SP

Vera Malaguti Batista
Mestre em História Social (UFF), Doutora em Saúde coletiva (UERJ), Professora de criminologia da Universidade Cândido Mendes, e Secretária geral do Instituto Carioca de Criminologia.

Nilo Batista
Doutor em Direito e Livre-docente em Direito Penal pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro Professor Titular de Direito Penal da UFRJ, da UERJ e da Universidade Candido Mendes (licenciado).

Deivison Nkosi
Graduado em Ciências Sociais pelo Centro Universitário Santo André, Mestre em Ciências da Saúde pela Faculdade de Medicina do ABC; é Professor do Depto de Estudos Sociais - História e Geografia da Faculdade São Bernardo e Consultor do Fundo das Nações Unidas Para Populações - UNFPA para o Programa Interagencial de Promoção de Gênero, Raça e Etnia para assuntos relativos às Políticas Públicas de Saúde da População Negra do Governo Federal.

08/12 - Quarta-feira
08h30 - 11h00: 2a. MESA: Sistema de Justiça

Coordenação: Luis Fernando Camargo de Barros Vidal (Presidente da AJD e juiz da Vara da Fazenda Pública de São Paulo)

Juarez Cirino dos Santos
Doutor em Direito Penal pela Faculdade Nacional de Direito da UFRJ. Pós-doutor em Política Criminal Presidente do Instituto de Criminologia e Política Criminal e advogado criminal e Professor titular da Universidade Federal do Paraná (UFPR).
Rubens Roberto Rebello Casara
Doutorando em direito pela UNESA/RJ. Juiz de direito do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro, fundador do Movimento da Magistratura Fluminense pela Democracia (MMFD) e membro da Associação Juizes para a Democracia (AJD).

Ricardo Santiago

Bruno Alves de Souza Toledo
Graduação em Direito e mestre em Política Social pela UFES. Já atuou na coordenação da Comissão de DH da Assembléia Legislativa, na gerência de DH da Prefeitura de Vitória e Presidência do Conselho de Direitos Humanos. É professor de DH da EMESCAM, Assessor Jurídico do CRESS 17ª. Região e Presidente do Conselho Estadual de DH do Espírito Santo.

11h00 - 11h15: Intervalo
11h15 - 13h00: Grupos de Trabalho
12h00 - 14h00: Almoço

14h00 - 16h30: 3a. MESA: A institucionalização e suas consequencias

Coordenação: Fernando Ponçano Alves Silva
Advogado e Assessor do Núcleo Especializado em Questões Criminais e Penitenciárias da Defensoria Pública do Estado de São Paulo

Maria Railda Alves
Presidente da Associação Amparar - de familiares e Amigos de Presos e Presas do Estado de São Paulo

Heidi Ann Cerneka
Mestre em Teologia, membro da Pastoral Carcerária e do Instituto Terra, Trabalho e Cidadania (ITTC)

Gerdinaldo Quichaba Costa
Mestre em Direito, Professor do Centro Universitário Salesiano de São Paulo - UNISAL - unidade de Americana/SP, Juiz de Direito da Vara do Júri, das Execuções Criminais e da Infância e Juventude da Comarca de Americana/SP.

Andréa Almeida Torres
Assistente Social, Mestre e Doutora em Serviço Social pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. Professora Adjunta do Curso de Serviço Social da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp - Baixada Santista).

16h30 - 17h00: Intervalo
17h00 - 18h30: Grupos de Trabalho

09/12 - Quinta-feira
08h30 - 11h00: 4a. MESA: Desinstitucionalização do Sistema Prisional

Coordenação: José Ricardo Portella - Psicólogo na Secretaria de Administração Penitenciária, Docente da Escola de Administração Penitenciária, Conselheiro e Coordenador do GT Psicologia e Sistema Prisional do Conselho Regional de Psicologia de São Paulo.

Haroldo Caetano da Silva
Promotor de Justiça da Execução Penal de Goiânia. Professor, mestre em Ciências Penais , integrante da Comissão de Apoio e Fomento dos Conselhos da Comunidade, Idealizador do PAILI (Programa de Atenção Integral ao Louco Infrator).

Luiz Alberto Mendes
Escritor, colunista, autor de livros como: "Memórias de um sobrevivente", e "Às Cegas".


Adriana Eiko Matsumoto
Psicóloga, doutoranda em Psicologia Social PUC /SP e coordenadora Núcleo São Paulo ABRAPSO. Foi coordenadora do GT Psicologia e Sistema Prisional do CRP SP (de 2005 a 2010) e eleita conselheira CFP para gestão 2011-13.


Alessandra Teixeira
Advogada, mestre e doutoranda em Sociologia pela USP. Coordenadora da comissão sobre o sistema prisional do Instituto Brasileiro de Ciências Criminais (IBCCRIM).


11h00 - 11h15: Intervalo
11h15 - 13h00: Grupos de Trabalho
12h00 - 14h00: Almoço

14h00 - 16h30 5a. MESA: Institucionalização de Adolescentes

Coordenação: Givanildo M. da Silva
Educador, militante do Fórum Estadual de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente e do Tribunal Popular: o estado brasileiro no banco dos réus.

Flávio Américo Frasseto
Graduação em Direito pela Universidade de São Paulo e em Psicologia pela Universidade São Marcos (1999), Mestrado em Psicologia pela USP e aperfeicoamento em Psicologia Jurídica Psicologia Justiça e Cidadania pelo Instituto Sedes Sapientiae (2000). Defensor Público da Defensoria Pública do Estado de São Paulo, pesquisador da Universidade Bandeirante de São Paulo.

Wanderlino Nogueira Neto
Procurador de Justiça (aposentado) do Ministério Público do Estado da Bahia; Coordenador do Grupo de Trabalho para Monitoramento da Implementação da Convenção sobre os Direitos da Criança da Seção Brasil do "Defensa de los Niños Internacional"; Pesquisador do Instituto Nacional de Direitos Humanos da Infância e da Adolescência; Coordenador de Projetos de Formação da Associação Brasileira dos Magistrados e Promotores da Infância e Juventude - ABMP.

Vitor Alencar
Graduado pela Universidade de Fortaleza e Especialista pela Fundação Escola Superior do Ministério Público do Rio Grande do Norte. Atua como advogado do CEDECA/DF, onde coordena projeto sobre Justiça Juvenil.

Jalusa Arruda
Advogada, especialista em Relações Internacionais e mestranda em Estudos Interdisciplinares Sobre Mulheres, Gênero e Feminismo, ambos pela Universidade Federal da Bahia. É consultora jurídica do CEDECA/BA.
16h30 - 17h00: Intervalo
17h00 - 18h30: Grupos de Trabalho
18h30 - 19h00: Encerramento

Organização: Tribunal Popular: O Estado Brasileiro no Banco dos Réus
Apoio: Defensoria Pública do Estado de São Paulo, Associação de Juízes pela Democracia, Pastoral Carcerária, Conselho Regional de Psicologia, Núcleo SP da ABRAPSO, APROPUC.



O SISTEMA CARCERÁRIO EM NÚMEROS
* O Brasil possui a terceira maior população carcerária do mundo, atrás apenas dos EUA e da China. São 247 presos para cada 100 mil habitantes;
* Entre 1995 e 2005 a população carcerária do Brasil saltou de pouco mais de 148 mil presos para 361.402, o que representou um crescimento de 143,91% em uma década.
* Entre dezembro de 2005 e dezembro de 2009, a população carcerária aumentou de 361.402 para 490.000 o que representou um crescimento, em quatro anos, de 36%.
* o Brasil ainda apresenta um déficit de vagas de 194.650;
* estima-se que aproximadamente 20% dos presos brasileiros sejam portadores do HIV;
* calcula-se que, no Bra¬sil, em média, 90% dos ex-detentos acabam retornan¬do à prisão;
* São Paulo possui a maior população carcerária do país. São 173.060 mil presos distribuídos entre 134 unidades prisionais do estado.

terça-feira, 30 de novembro de 2010

Chile: 30 años de política educacional

CONFERÊNCIA
Chile: 30 años de política educacional evolución y cambios al respecto.
Prof. Sebastian Donoso Diaz - Universidade de Talca / Chile.
Dia 01/12, das 18 às 20h, no Salão Nobre da FE.
Realização: Laboratório de GEstão Educacional (LAGE) / GREPPE e Universidade Federal do Paraná (UFPR)
informações:www.fe.unicamp.br

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

mediação de conflitos na perspectiva dos direitos humanos

Curso discute mediação de conflitos na perspectiva dos direitos humanos e do conflito escolar
19/11/2010

O Gabinete de Assessoria Jurídica às Organizações Populares (Gajop) promove, nos dias 30 deste mês, 1º e 02 de dezembro, o curso “Mediação de Conflitos na Perspectiva dos Direitos Humanos e Conflito Escolar” para professores dos níveis fundamental e médio. São 25 vagas e a carga horária total é de 15 horas. A inscrição custa R$ 50 e confere certificado de participação.



O Objetivo do curso é fornecer bases para os profissionais de educação apliquem os princípios da mediação de conflitos à luz dos direitos humanos no ambiente escolar, priorizando seu contexto interdisciplinar e, articulando desta forma, os diferentes campos temáticos transversais por meio de uma abordagem teórico-prática. A coordenação é da Profª Valdênia Brito – (Mestre em Direito Público).



Serviço

Curso “Mediação de Conflitos na Perspectiva dos Direitos Humanos e Conflito Escolar ”

Realização: Gabinete de Assessoria Jurídica às Organizações Populares (Gajop)

Local: Sede do GAJOP - Rua do Sossego, 432, na Boa Vista - Recife

Datas e horários:

30 de novembro, 14h às 17h30, quarta-feira

01 de dezembro, 14h às 17h30, quinta-feira

02 de dezembro, 14h às 17h30, sexta-feira



Para maiores informações entrar em contato com Srª Mércia Assunção pelo e-mail secretaria@gajop.org.br ou pelo telefone: (81) 3092-5252



Fonte: GAJOP

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Ótimo BLOG sobre educação Ambiental

O COLECIONA: fichário d@ EducadorAmbiental é o periódico eletrônico bimestral do Órgão Gestor da Política Nacional de Educação Ambiental, que traz ações e experiências de educadores que vivem a EA diretamente com as comunidades.
Lançado em 2008, hoje circula seu 12° volume com o tema Agenda 21.


http://coleciona-ea.blogspot.com/

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

IBGE, O(a) negro(a) e a igreja evangélica

Segundo dados recentes do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), existem 11.951.347 negros evangélicos. Desses, 8.676.997 (72,6%) são pentecostais, enquanto a população negra de umbandistas e candomblecistas não alcança 253 mil pessoas.

Não se pode afirmar que outras igrejas cristãs, além das pentecostais, não têm negros em suas comunidades de fé. A Igreja Católica Romana, é claro, tem o maior número de negros no país, com mais de 55 milhões de afro-descendentes. Entretanto, a maioria dos que professam o catolicismo não freqüenta ativamente a igreja, ao contrário do que acontece com os pertencentes às igrejas evangélicas, que participam de forma efetiva de suas comunidades locais.

Para Marco Davi de Oliveira, autor do livro “A Religião Mais Negra do Brasil”, cristãos negros precisam corrigir concepções preconceituosas sobre as próprias origens. “Creio que muitos evangélicos precisam também aprender a não demonizar a cultura e o jeito de ser negro. Sim, porque a cultura nem sempre é diabólica como acreditam alguns”, explica o pesquisador.

Fonte: CPAD News /Gospel Prime

IV ENCONTRO ESTADUAL DE ADVOGADOS EVANGÉLICOS - 2010

IV ENCONTRO ESTADUAL DE ADVOGADOS EVANGÉLICOS
Com promoção da Comissão de Direito e Liberdade Religiosa da OAB SP e apoio do Departamento de Cultura e Eventos da OAB SP, será realizado no dia 25 de novembro o “IV Encontro Estadual de Advogados Evangélicos e a Liberdade Religiosa”, no auditório Rui Barbosa da Universidade Presbiteriana Mackenzie (rua Itambé, 45 – Consolação), a partir das 8h30.
A abertura do evento contará com as palavras do presidente da OAB SP, Luiz Flávio Borges D´Urso, e da presidente da Comissão de Direito e Liberdade Religiosa da OAB SP, Damaris Dias Moura Kuo.

A partir das 10 horas, o deputado federal Regis de Oliveira irá apresentar a palestra “Direito Positivo na Bíblia”, na qual ela trará um recorte dos conhecimentos consolidados no livro “O Direito na Bíblia”, de sua autoria. Às 11 horas, a expositora será a advogada formada pela Brigham Young University, Arlen Dean Woffinden, que falará sobre “Liberdade Religiosa: Panorama Mundial”, com a visão de Assessora Legal no Brasil da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias.

O assunto “Regularização x Funcionamento de Templos Religiosos” será apresentado pelo professor emérito da Universidade Federal da Bahia e vice-prefeito de Salvador (BA), Edvaldo Brito, ás 14 horas. A defensora pública Tatiana Belons, irá proferir, às 15 horas, a palestra “Ensino Religioso nas Escolas”.

A programação do “IV Encontro Estadual de Advogados Evangélicos e a Liberdade Religiosa” reserva espaço para o debate dos temas apresentados ao longo do dia a partir das 16 horas. Depois das discussões e desenvolvimento de ideias, o Coral OAB SP / CAASP fará uma apresentação para encerrar o evento com celebração.

Inscrições na sede da entidade (Praça da Sé 385 – Centro), ou pelo site www.oabsp.org.br, mediante a doação de uma lata ou pacote de leite em pó integral (400g), para cada dia do evento.



Vamos firmes e fortes ao grande dia 25!!


Um grande abraço,

Damaris Dias Moura Kuo
Presidente da Comissão de Direito e Liberdade Religiosa da OAB/SP
Escritório: Praça da Sé, 21, 2º. andar, Conj. 208
São Paulo/SP - CEP: 01001-001
(11) 3101-8852
(11) 9527-6616
damarismoura@hotmail.com
liberdadereligiosa@oabsp.org.br - Comissão OAB

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Racismo à brasileira

ENTREVISTA
*Nº edição: 324* | 12.NOV - 10:00 | Atualizado em 07.03 - 20:07

EDWARD TELLES
O BRASIL PODE VIRAR UMA ÁFRICA DO SUL Brasilianista afirma que exclusão dos
negros das universidades e dos bons empregos cria um modelo de divisão de
renda similar ao do apartheid

Por Ivan Martins

O sociólogo Edward Telles, professor da Universidade da Califórnia, em Los
Angeles, integra o simpático grupo dos *brazialianists* – aqueles acadêmicos
americanos que fizeram do Brasil e dos brasileiros seu principal objeto de
estudo. *Racismo à Brasileira*, seu livro que acaba de ser lançado pela
editora Relume Dumará, tem porte para incluí-lo na relação dos
brasilianistas mais respeitados. Telles faz nesse livro uma inédita
comparação entre a situação racial no Brasil e nos Estados Unidos, baseada
em recentes estatísticas demográficas. O resultado, além de uma livro
imperdível, é um golpe devastador na auto-imagem do Brasil. Não só cai por
terra o velho mito da democracia racial como revela-se um País que, nas
palavras de Telles, caminha para um modelo sul-africano de concentração
racial da renda. “Essa é a tendência. Se nada for feito é nessa direção que
o Brasil avança”, diz ele. Aos 46 anos, de família mexicana, Telles conhece
bem seu tema de estudo. Desembarcou pela primeira vez no Rio em 1989, fala
bem o português e casou-se com uma gaúcha. Dias atrás, quando esteve em São
Paulo para o lançamento do seu livro, concedeu a entrevista que segue:

*DINHEIRO* *– Como é o racismo à brasileira?
**EDWARD TELLES* – Em todas as sociedades multirraciais você tem racismo e o
Brasil não está isento disso. Mas enquanto nos EUA a segregação é feita de
forma clara – negros e brancos moram em bairros diferentes e não se casam
entre si – no Brasil há outro tipo de racismo. Aqui há miscigenação, em
oposição à segregação praticada nos EUA e na África do Sul. Mas a
discriminação existe, o racismo existe, embora haja mais sociabilidade entre
brancos e negros.

*DINHEIRO* – *O racismo aqui é pior do que nos Estados Unidos?*
*TELLES* – O racismo é diferente nos dois países, mas a desigualdade no
Brasil é maior. Não se trata apenas de uma desigualdade de renda em geral,
mas de uma forte desigualdade de renda racial. O que define isso é que
praticamente não há negros na classe média brasileira, e muito menos na
classe alta.

*DINHEIRO* *– Os brasileiros se acostumaram a pensar que não existe
discriminação racial no Brasil, mas somente discriminação de classe.
**TELLES* – Definitivamente não é somente uma questão de classe e de renda.
Fiz análises de mobilidade social que mostram que negros e brancos nascidos
em São Paulo na mesma classe social têm experiências econômicas diferentes.
Os brancos de classes baixas têm muito mais mobilidade. Somente eles atingem
posições profissionais de renda mais alta.

*DINHEIRO* *– Por que isso acontece? Os jovens negros não têm as mesmas
oportunidades de estudo ou não têm as mesmas oportunidades de trabalho?
**TELLES* – O problema principal está na escola. O acesso à universidade é o
grande gargalo. Sem ela não se tem acesso às posições profissionais mais
altas. Certamente há discriminação
racial no trabalho, mas o problema central acontece antes. Os
negros não chegam ao mercado de trabalho mais qualificado
porque não vão à universidade.

*DINHEIRO* *– Existe indicação estatística de que o jovem negro ganha
mobilidade social quando se educa?*
*TELLES* – Em meu livro menciono um estudo comparando Brasil,
EUA e África do Sul. Nele fica claro que no Brasil há uma relação
mais forte entre educação e renda. A escolaridade dos negros na África do
Sul é comparável à dos brancos, mas mesmo assim a
renda dos negros é mais baixa. No Brasil a educação explica a
maior parte da diferença de renda.

*DINHEIRO* *– Os governos no Brasil sempre acreditaram que esse assunto não
precisaria ser tratado de forma específica. Imaginava-se que ao atacar os
problemas dos pobres também se resolveriam os problemas dos negros...
**TELLES* – Não é assim tão simples. Essas políticas gerais nunca são
inteiramente eficientes. Sempre fica alguém de fora e quase sempre são os
negros. Eu sou a favor da ação afirmativa, da reserva de vagas para jovens
negros na universidade, como forma de abrir espaço para os negros no topo da
pirâmide social.

*DINHEIRO* *– O racismo atende algum interesse econômico?
**TELLES* – Acho que a classe média branca quer manter seus privilégios, que
são o monopólio das vagas na universidade pública e os bons postos de
trabalho no mercado profissional. As pessoas têm medo que as cotas possam
ameaçar esse monopólio racial. Uma pesquisa de opinião mostra que o maior
foco de resistência às políticas de ação afirmativa está na classe média
branca. Mas há também a ideologia, que vem
do século 19, que diz que os negros são inferiores. Ela não desapareceu,
embora o argumento tenha mudado da biologia para
a cultura – agora a cultura negra é inferior.

*DINHEIRO* – *O sr. diz que nos EUA esse problema foi mitigado
pela ação do Estado.
**TELLES *– Nos Estados Unidos o Estado fez uma intervenção
destinada a colocar negros na universidade. Com isso, a classe
média de negros aumentou muito. Desde os anos 60 a classe
média negra cresceu quatro vezes. Eu acredito que o acesso à universidade é
a única coisa capaz de promover a mudança. A industrialização não muda nada
e o crescimento econômico
também não. Cabe ao Estado agir.

*DINHEIRO* – *As ações afirmativas resolveram todos os problemas raciais nos
Estados Unidos?
**TELLES* – Não exatamente. Embora você tenha uma classe média negra
significativa e pessoas importantes como Condoleezza Rice e Colin Powell, há
também uma grande classe baixa de negros que não se beneficia da ação
afirmativa. Essas pessoas têm de ser ajudadas por políticas de Estado de
combate à pobreza. De um modo geral, as políticas de ação afirmativa ajudam
grupos minoritários a obter trabalhos de alta qualificação, do qual são
tradicionalmente excluídos.

*DINHEIRO **– Como acontece a exclusão racial no trabalho?
**TELLES* – Às vezes a exclusão é feita pelo empregador na hora da
entrevista. Mesmo não se achando racistas, os empregadores escolhem com base
em estereótipos raciais. Mas em geral os brancos também têm mais acesso ao
mercado de trabalho porque conhecem as pessoas certas, porque vêm de
famílias que têm mais acesso. Às vezes os negros podem até se auto-excluir,
por baixa auto-estima, que vem em parte pela ausência de negros
representados em posições bem-sucedidas.

*DINHEIRO* *– A multiplicação da classe média negra teve impacto econômico
nos EUA?
**TELLES* – Um estudo econômico recente mostrou que os empregadores que usam
a ação afirmativa têm mais sucesso, por-
que ela promove um ambiente de justiça nos locais de trabalho. Empresas que
praticam a ação afirmativa procuram mais amplamente no mercado de trabalho
para encontrar minorias e mulheres adequadas à suas necessidades e acabam
utilizando critérios mais amplos de contratação. Esses empregadores acham
pessoas com performance melhor do que empresas que usam canais tradicionais.
A experiência mostra que contratar o filho do amigo nem sempre é melhor para
os negócios.

*DINHEIRO* *– Por que o sr. diz que crescimento não resolve o problema da
discriminação?
**TELLES* – O milagre econômico brasileiro nos anos 70 fez a econo-
mia crescer muito, mas foi nesse período que mais cresceu a desigualdade
racial. Os pobres ficaram um pouco menos pobres,
mas quem realmente enriqueceu foram as classes médias e altas.
Veja o acesso à educação superior. Desde 1960 as universidades brasileiras
se expandiram muito. Apenas 2% dos brancos tinham formação universitária em
1960 e quase nenhum negro. Em 1999
essa percentagem para brancos subiu para 12%, enquanto os
negros foram de zero para 2%. Ainda que o número de negros na universidade
tenha crescido, a brecha entre brancos e negros cresceu de forma bárbara.

*DINHEIRO* *– As pessoas no Brasil temem que as políticas da ação afirmativa
aumentem a segregação, levando a um cenário como o dos EUA.
**TELLES* – Mas as pessoas não são cegas à raça no Brasil! Raça é um
elemento importante nas relações sociais. A forma
de lidar com o outro já depende da aparência. A maneira como um trata o
outro no Brasil é uma combinação de classe e raça. É por isso que as poucas
pessoas negras na classe média continuam sendo discriminadas. Não é como se
os brasi-
leiros fossem totalmente inocentes nesse assunto e a ação afirmativa fosse
romper
o encanto. O encanto já foi rompido há muito tempo, contra os negros.

*DINHEIRO* *– O sr. conta em seu livro que a mestiçagem brasileira impediu
que se implantassem aqui políticas legais de discriminação no início do
século 20. A mesma mestiçagem não impediria, agora, que se implantem
políticas de cotas? Com tanta mistura, como distinguir branco de negro?
**TELLES* – Esse é um problema que vocês terão de resolver. Nos EUA havia
leis racistas que diziam quem era negro e quem não era. Essas regras foram
usadas para promover os negros. No Brasil é mais difícil, mas isso não
deveria ser impedimento para se tomar ações afirmativas. A sociedade
brasileira tem de ser criativa porque obviamente não se pode copiar os
Estados Unidos nesse caso.

*DINHEIRO* *– Não existe a possibilidade de as políticas de cotas criarem no
Brasil uma hostilidade racial que hoje não existe?
**TELLES* – Eu acho o contrário. Nos Estados Unidos a convivência de brancos
e negros nas universidades, mesmo um pouco tensa, tem permitido conhecimento
melhor um do outro. Acho que no Brasil, onde já existe convivência
inter-racial, ela vai se estender à universidade, onde só há brancos.

*DINHEIRO* *– Há anos o Brasil investe muito mais na educação superior do
que na primária. Isso pode ser lido como uma ação racista do Estado
brasileiro?
**TELLES* – Certamente essa diferença descarada em favor da universidade é,
indiretamente, uma ação racista. Quem entra nas boas universidades públicas
são os brancos. É difícil ver um negro aqui na USP, e olha o investimento
público que ela recebe! Onde fica o investimento do Estado na educação dos
negros?

*DINHEIRO* *– Olhando pelo outro lado, qual seria o custo econômico e social
de não fazer nada sobre esse assunto?
**TELLES* – Nas profissões técnicas avançadas, mesmo no Direito,
há uma crescente desigualdade racial. Os brancos estão tomando
as novas posições de forma desproporcional, porque elas necessi-
tam de formação universitária. A mobilidade social para cima é
muito maior para brancos.

*DINHEIRO* *– E qual é a implicação de longo prazo dessa tendência?
**TELLES* – Isso implica que a classe média é cada vez mais branca enquanto
os pobres são cada vez mais negros. Se você projeta a tendência para três ou
quatro gerações à frente, vai haver mais desigualdade racial. Se não mudar
nada, aos poucos o Brasil vai se aproximar da África do Sul. É a tendência.
Talvez demore algum tempo, mas se nada for feito é nessa direção que vai o
País.

*DINHEIRO **– Como americano, o sr. se choca com algum aspecto particular
das relações raciais no Brasil?*
*TELLES* – O que me espanta é ouvir as pessoas dizerem que no Brasil não há
racismo. Nem vale a pena discutir. Eu cheguei ao Brasil em 1989 e as pessoas
me diziam que havia aqui uma democracia racial. As pessoas que eu via
pedindo nas ruas eram negras, as pessoas
que moravam nas favelas eram em sua maioria negras e toda a clas-
se média era branca. Para mim era bastante óbvio que havia um problema, mas
as pessoas não percebiam. Isso era chocante.
Ainda bem que está mudando.




--
Luiz Henrique Coletto,
• Acadêmico de Jornalismo da UFSM
• Bolsista do Programa de Educação Tutorial - PET Comunicação
• Integrante do Ecolândia - Rádio Caraí FM 106.3 (sextas às 18h)
• Professor do Pré-Vestibular Popular Alternativa

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Rede Social - Bibliografia

Primeira discussão:

Barnes, J. A . Redes sociais e processos políticos. In: Antropologia das sociedades contemporâneas: Métodos. Org. Feldman-Bianco, Bela. São Paulo: Global, 1987.
Lipnack, Jessica, STAMP Jeffrey. Networks, redes de conexão: pessoas conectando-se com pessoas. São Paulo: Aquarela, 1992.
Freire, Paulo. Educação e Mudança. Paz e Terra, 1979.
Castells, Manuel. A sociedade em rede. (A era da informação: economia, sociedade e cultura; v.1).São Paulo: Paz e Terra, 1999.
Santos, Milton. A Natureza do Espaço: Técnica e Tempo, Razão e Emoção. 4.ed. – São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo.

Segunda discussão:
Bott, Elisabeth. Família e rede social. Rio de Janeiro, Livraria Francisco Alves, 1976. Do original inglês: Family and social network.
Scott, John. Social Networks: critical concepts in sociology. Vol II. Routledge:New York. 2002. Logan, Dave. Tribal leadership.
Freire, Paulo. Pedagogia da Esperança: um reencontro com a pedagogia do oprimido. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1992.
Santos, Boaventura Sousa. Semear outras soluções. Os caminhos da biodiversidade e dos conhecimentos rivais. Civilização Brasileira. Rio janeiro: 2005.

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Curso on-line por Objetivos de Desenvolvimento do Milênio

Curso on-line foca mobilização por Objetivos de Desenvolvimento do Milênio
16/11/2010

O movimento Nós Podemos Paraná laçou o curso à distância Mobilização em Prol dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM). O curso é uma parceria com o projeto de Educação à Distância, do Serviço Da Indústria (Sesi) e com o apoio do UNICEF, do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) e do Instituto das Nações Unidas para Formação e Pesquisa (UNITAR).

O curso é voltado para pessoas que trabalham em órgãos públicos, empresas e a comunidade em geral. "O curso permitirá multiplicar as propostas do movimento, com uma dimensão que só a internet possibilita", afirma a coordenadora do Nós Podemos Paraná, Maria Aparecida Zago Udenal. O curso on-line tem como objetivo oferecer metodologias para a mobilização de pessoas e instituições, para que estas participem de iniciativas em prol dos ODM. As inscrições são gratuitas.

Para mais informações acesse: http://www.sesipr.org.br/FreeComponent67content107249.shtml

Fonte: Adital

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Colóquio de Políticas Públicas, Diversidade e Inclusão Social - 2010

USF promove I Colóquio de Políticas Públicas, Diversidade e Inclusão Social

Em celebração ao dia da Consciência Negra, a Universidade São Francisco realizará o I Colóquio de Políticas Públicas, Diversidade e Inclusão Social, que será aberto à toda a comunidade. O evento tem o objetivo de acender uma reflexão a respeito da dignificação da pessoa humana, frente aos espaços de exclusão social. O encontro acontecerá no próximo dia 19 de novembro, às 19h30, no Anfiteatro do Campus, que está situado à Rua Waldemar César da Silveira nº 105.

Durante o colóquio, palestras serão proferidas pelo Prof. Elias Binja, sob o tema "Multiculturalismo: a construção da identidade do sujeito contemporâneo"; pelo coordenador do Núcleo UNEAFRO, Aníbio Ferreira da Silva Júnior, com o tema “A dificuldade do Afrodescendente na Educação”; e, por fim, pelo representante da EDUCAFRO, Dr. Ademir José da Silva, em “Processo histórico da participação do afrodescendente na formação do povo brasileiro”. As palestras serão moderadas pelo Prof. Ms. Ivan de Oliveira Silva, da Universidade São Francisco. A realização é do curso de pós-graduação em Gestão Públicas, Diversidade e Inclusão Social e da Pró - Reitoria Comunitária.

terça-feira, 16 de novembro de 2010

I Ciclo de Palestras FNB - Administração

I Ciclo de Palestras
"Construindo Competências"

Dia 24/11 - Gerando Melhores Negócios
Exp: Prof. Ricardo de Martino
Dia 25/11 - A arte de falar em público
Prof. José Francisco Aparecido
Dia 26/11 - Importância das pessoas nos processos
Prof. Juvenal Arruda
Dia 27/11 - Imagem pessoal e empregabilidade
Prof. Valdines Roberto
Local: FNB - Faculdade Nazarena do Brasil/Campinas
Inscrições: www.fnb.edu.br

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Feira do Verde - em escola de Hortolândia/SP

Venho por meio deste lhe convidar para prestigiar nossa segunda FEIRA DO VERDE. que acontecerá dia 19 de novembro a partir das 17:00hs na EMEF PROFESSOR CLAUDIO ROBERTO MARQUES telefone (19) 38196265- 38196225.

Durante a feira meus alunos estarão apresentando exemplos de robótica, transformes (reciclagem), cidadania entre pares, experimentos diversos, maquetes diversas sobre energia e sistema solar, exemplos de sabão caseiro, participação da familia e o PROJETO TECNOLOGIA CIDADÃ/TECNOLOGIA ARTESÃ.
ProfªJOANINHA

BLOG: http://4seriea-joaninha.blogspot.com/

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Tecnologias e mídias interativas na escola: o livro digital

Seminário
Tecnologias e mídias interativas na escola: o livro digital

Data: 30/11/2010

Horário: 13:45

Local: Auditório da AFPU/Unicamp

Lançamento do livro digital:
"Tecnologias e mídias interativas na escola: projeto TIME"
consulte em: http://www.nied.unicamp.br/livrotime/
inscrições: www.gr.unicamp.br/ggbs

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

O negro e a negra na identidade cultural brasileira

Programa

Mês da Consciência Negra na UNICAMP

Seminários: do dia 16/11 a 19/11 (sempre 14hs)
Mostra cultural de cinema: de 22 a 26/11 (sempre 14hs)
Informações e inscrições no site da Casa do Lago/Unicamp
www.preac.unicamp.br/casadolago
fone: 3521.7017 ou 3521.7851.

Seminários
“O negro e a negra na identidade cultural brasileira”

Horário: 13:45
Local: Auditório de cinema da Casa do Lago/Unicamp

Dia 16/11 – Imagem e fotografia: o negro e a negra no mundo da imagem
Coordenador da mesa: Everaldo Luís Silva, Atua na Assessoria de Comunicação e Imprensa (ASCOM/Unicamp).
Expositores: Maria Alice da Cruz, Jornalista/Jornal da Unicamp, Especialização em jornalismo científico - Labjor/Unicamp
Patrick Koto Nzuambe, discente Midialogia e Comunicação Social/IA-Unicamp (República Popular do Congo/Africa)

Dia 17/11 – Africanos na Unicamp: integração cultural e formação profissional
Coordenador da mesa: Odair Marques da Silva, Analista de Sistemas, Mestrado em Gestão da Qualidade/FEM-Unicamp e Relações Institucionais/GGBS.
Expositores: Elói José da Silva Lima, Atua na Pró-Reitoria de Extensão e Assuntos Comunitários/Unicamp
João Adilson Gama Ricardo, Doutorando em Fisiopatia Médica/FCM/Unicamp (Angola/África).
Deolindo Nunes de Barros, Doutorado em Ciência Política/IFCH-Unicamp (Cabo Verde/África)

Dia 18/11 – A negritude no mundo da tecnologia e da universidade.
Coordenadora da mesa: Aparecida do Carmo Miranda Campos, Assistente Social - HC/Unicamp.
Expositores: Dr. João Vilhete V. d’Abreu, doutorado em engenharia e pesquisador no NIED-Unicamp (São Tomé e Príncipe/África).
Dr. Celso Ribeiro de Almeida, Químico do Instituto de Biologia/Unicamp, Doutor em Ciências/USP, na área de concentração: Energia Nuclear na Agricultura, presidente da CIPA-Unicamp.

Dia 19/11 – Diversidade Cultural: a escola e a cultura afrobrasileira.
Coordenador da mesa: Carlos Roberto Pereira de Souza, Atua no Centro de Memória da Unicamp (CMU) e mestrando FE-Unicamp.
Exp: Profa. Dra. Olga Rodrigues de Moraes von Simson, Autora de várias publicações, FE/Unicamp.
Prof. Antonio Sergio dos Santos, Secretário Municipal de Cultura/Cosmópolis/SP


Apoio e organização:
Casa do Lago/Unicamp
PREAC/Unicamp – Pró-Reitoria de Extensão e Assuntos Comunitários.
GGBS/Unicamp – Grupo Gestor de Benefícios Sociais
Instituto de Artes/Unicamp - Depto de midialogia.
GT “Programa de Integração Cultural Afrobrasileira na Unicamp”/PREAC

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

VII Semana Nacional Evangélica de Consciência Negra

VII Semana Nacional Evangélica de Consciência Negra
http://negrosnegrascristaos.ning.com/


A sétima edição da Semana Nacional Evangélica de Consciência Negra inicia com varias atividades, encontros e eventos no mês de novembro. O tema deste ano é a Superação do racismo na educação infantil.



A 7ª SENECON lançara a “Campanha superação do racismo na educação infantil nas igrejas”. Com objetivo de provocar uma reflexão com informações e conhecimentos estratégicos para a compreensão e a superação do preconceito e da discriminação raciais nas relações pedagógicas e educacionais das escolas dominicais e bíblicas das igrejas brasileiras. A campanha será lançada no dia 21 de novembro em um encontro virtual realizado na Rede Afrokut.

Outra atividade muito importante que será lançado nesta 7ª SENECON e o Curso Pastoral de Negritude, uma proposta de formação e capacitação de pessoas para ministérios e pastorais de negritude cristã nas igrejas e comunidades religiosas. Este é um curso de 60 horas/aula na modalidade de EaD, Educação à Distância. Dividido em 3 módulos. Os alunos terão acesso a um ambiente virtual Moodle com tutores, onde terão atividades dentro dos Conteúdos programáticos. O Curso Pastoral de Negritude à Distância visa oferecer subsídios teórico-conceituais sobre o trabalho de negritude e questão racial nas igrejas cristãs, visando o desenvolvimento da consciência negra e testemunho cristão.

Atividades confirmadas:

19 novembro - Semana da Consciência Negra - IPB Jacarepaguá

20 novembro - Culto Ações de Graça: Dia da Consciência Negra - Igreja Presbiteriana em Águia de Haia
20 novembro - Culto Ações de Graça: Dia da Consciência Negra
21 novembro - ENCONTRO VIRTUAL DA CONSCIÊNCIA NEGRA

livros e vídeos ambientais

Amigos e amigas,
O site Planeta Sustentável tem uma página chamada "Estante" que divulga livros e vídeos ambientais.
Para acessar estas dicas, clique em: http://planetasustentavel.abril.com.br/estante/
--
Programa de Educação Ambiental - A Rocha Brasil
www.arocha.org.br

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Curso de elaboração de projetos

Curso de elaboração de projetos visa ampliar acesso a recursos de editais culturais
29/10/2010

Com o objetivo de fortalecer os centros e grupos culturais da periferia, a Ação Educativa, em parceria com o Centro Cultural da Espanha, realiza, pela primeira vez, o curso de elaboração de projetos culturais. Este curso faz parte de um conjunto de ações que vão além do apoio à produção cultural, e visam um processo contínuo de formação de artistas da periferia e que, no caso dos vinte alunos desta primeira turma, já estão envolvidos nas diversas atividades realizadas pela Ação Educativa. Para Eleilson Leite, coordenador do Programa de Cultura, espera-se que as turmas que passem por este curso possam criar também uma rede de troca de informações e projetos culturais, ampliando assim o campo de atuação dos grupos e artistas.

O curso parte do pressuposto de que, por conta do aumento da oferta de editais públicos na área de cultura, seja por parte do governo do estado ou pelo Governo Federal, é necessário ampliar o acesso a estes recursos, destinados justamente a potencializar ações culturais em sua diversidade. “O maior problema é a pouca familiaridade que estes artistas têm com editais, o que torna todo este processo ainda mais complexo e faz com que sempre os mesmos nomes ganhem os editais. Este dinheiro é público e a periferia deve ter acesso a ele”, afirma Eleilson.

Para Viviane de Paula, da Cooperifa, o curso é muito importante, pois estas pessoas já trabalham com isso, porém não têm uma formação específica. “Não conhecemos a fundo as leis e regras. Quero me especializar para poder contribuir mais nesta área, e, no meu caso, para a Cooperifa”, afirma.


O curso é dividido em quatro módulos: 1) Teoria de elaboração de projetos, 2) O que é cultura, 3) Política de cultura no Brasil e 4) Financiamento de projetos. A primeira turma teve início nesta última segunda-feira (04) e termina dia 6 de dezembro. A próxima tem previsão de começar em fevereiro do ano que vem e as informações para inscrição serão divulgadas na Agenda da Periferia e no site da Ação Educativa.

Além do curso de elaboração de projetos culturais, são realizados uma vez por mês workshops que abordam um edital específico. O edital sobre Criação e Manutenção de Site de Cultura, aberto pelo ProAc, será tema da oficina a ser realizada no Ponto de Cultura Periferia no Centro dia 14 de outubro.

Clique aqui para conferir a programação do Ponto de Cultura.


http://www.acaoeducativa.org/
Fonte: Ação Educativa

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Fórum Global pela Sustentabilidade - 2011

Fórum Global pela Sustentabilidade


O Fórum poderá ser uma forma de articular o encontro entre pessoas e organizações comprometidas com discussões sobre sustentabilidade, enfrentando a fragmentação que fragiliza as ações.


Iniciativa pioneira no mundo, o Fórum Global pela Sustentabilidade será lançado em 2011, no Rio de Janeiro. O evento se repetirá todo ano na cidade e, em 2012, acontecerá pouco antes da Rio+20, a Conferência Internacional das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável, que marcará os 20 anos da Rio 92.

Construir o amanhã agora

O Fórum Global pela Sustentabilidade tem o propósito de reunir anualmente líderes empresariais, sociais, ambientais, culturais, acadêmicos e governamentais de todo o mundo para dialogar, assumir compromissos, divulgar práticas e soluções exemplares, construir referências e propor políticas para decisões governamentais e acordos internacionais, articular ações coordenadas, expor estudos e projeções e acompanhar e avaliar compromissos visando ao desenvolvimento sustentável local e global.

A promoção do desenvolvimento sustentável requer a elaboração de estratégias globais de:

• Mudança dos valores culturais que determinam atualmente a maioria das ações das pessoas, organizações sociais, empresas, governos e instituições de ensino;

• Articulação e reforço da rede mundial de lideranças sociais, organizações da sociedade civil, instituições educacionais e de pesquisa, empresas e governos comprometidos com o desenvolvimento sustentável.

Lideranças comungam da visão de que o Fórum poderá ser uma forma eficaz de articular o encontro permanente entre pessoas e organizações comprometidas com o aprofundamento das discussões sobre sustentabilidade, enfrentando a fragmentação que fragiliza as ações, bem como promover estratégias que estimulem sociedade e governos a adotar prioridades, práticas, políticas e comportamentos que promovam o desenvolvimento sustentável.

Como primeira tarefa, o Fórum Global pela Sustentabilidade buscará fortalecer a Rio+20, buscando influenciar sua agenda e seus resultados. É por esse motivo que ele será criado durante a Conferência Internacional de Líderes, em 2011, de modo a dispor de tempo hábil para planejar e executar as ações necessárias para influenciar a Conferência da ONU. A primeira reunião do Fórum deverá ser realizada em 2012, nos dias que antecederão a Rio+20.

Focada na discussão, as seguintes questões:

• Que resultados queremos obter na Rio+20?

• Qual deve ser a agenda para fortalecer a Rio+20 e influir na pauta e nos resultados?

• Como organizaremos os trabalhos e a mobilização?

• Quem deve ser convidado para Conferência Internacional de Líderes de 2011?

Entidades organizadoras do encontro:
Amigos da Terra – Amazônia Brasileira
Associação Comercial do Rio de Janeiro
Centro de Estudos em Sustentabilidade da FGV-EAESP (GVces)
Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS)
Instituto Ethos de Empresas e Responsabilidade Social
Instituto Pereira Passos
Fundação Avina
Fundação Tide Setúbal
Fundação Roberto Marinho
Governo do Estado do Rio de Janeiro
Greenpeace Brasil
Grupo de Articulação das ONGs Brasileiras na ISO26000 GAO/ISO26000)
Prefeitura Municipal do Rio de Janeiro
Rio Como Vamos
Vitae Civilis – Instituto para o Desenvolvimento, Meio Ambiente e Paz

Por Rio Como Vamos, Fonte: Instituto Ethos

1ª Bolsa Internacional de Negócios da Economia Verde - 2010

30 de novembro a 03 de dezembro, acontece em São Paulo (SP),

1ª Bolsa Internacional de Negócios da Economia Verde (Binev).

Nela, empresários, empreendedores, investidores, representantes de órgãos públicos e da sociedade civil do Brasil e do mundo estarão reunidos para discutir um novo modelo de economia e de desenvolvimento sustentável para o País.

Realizado pela Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo (SMA), o evento tem o objetivo de reunir órgãos públicos com a iniciativa privada e a sociedade civil para apresentar ações nacionais e internacionais ligadas à economia verde, promovendo trocas de experiências e ideias.

Temas como agricultura e florestas, construção civil sustentável, energias renováveis, indicadores para economia verde, instrumentos econômicos, saneamento ambiental, tecnologias verdes, transportes sustentáveis e turismo serão apresentados aos palestrantes por meio de palestras, bolsa de negócios, mostras de tecnologias e apresentação de casos de sucesso.

O evento acontece na Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (Fecomércio). As inscrições serão gratuitas e podem ser feitas pelo site do evento.
Fonte: Sebrae Nacional

Video conferência "Fala Outra Escola" 2010

V Seminário:
Fala OUTRA Escola

Segue o endereço da videoconferencia na integra, para o Fala, ela foi editada: http://www.cameraweb.unicamp.br/fe/GEPEC.html

Grupo de Pesquisas e Estudos sobre Educação Continuada - GEPEC

terça-feira, 26 de outubro de 2010

IV - Encontro de Professores - ESTRE - 2010

IV Encontro de Professores
informações: educacao@intitutoestre.org.br
3984-9251
Palestra: Raquel Trajber
data: 19/11
Local: instituto Estre - Paulínea/SP
www.estre.com.br

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

fase de revisão

Boa tarde, visitante.
este BLOG ficará sem novidades até 26/10/2010.
Até mais...
Odair

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Curso Pastoral de Negritude

OBJETIVO DO CURSO

O Curso Pastoral de Negritude à Distância visa oferecer subsídios teórico-conceituais sobre o trabalho de negritude e questão racial nas igrejas cristãs, visando o desenvolvimento da consciência negra e testemunho cristão.
On-line
Inscrições: http://negrosnegrascristaos.ning.com/group/cursopastoraldenegritude?xg_source=msg_mes_network

Curso Pastoral de Negritude é altamente indicado para Líderes de organizações negras que atuam nas igrejas, Pastores, Missionários, Diáconos, Professores de Escolas Dominical, Obreiros e Membros. E Estudantes de teologia e ainda, todos os que pretendem realizar trabalho de negritude cristã e questão racial nas igrejas e comunidades.

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Entrevista com Kabengele Munanga

Nosso racismo é um crime perfeito - Entrevista com Kabengele Munanga
publicado em 08/09/2010

Por Camila Souza Ramos e Glauco Faria
Fonte Revista Forum - edição 89 - agosto 2010

O antropólogo Kabengele Munanga fala sobre o mito da democracia racial
brasileira, a polêmica com Demétrio Magnoli e o papel da mídia e da
educação no combate ao preconceito no país

Fórum - O senhor veio do antigo Zaire que, apesar de ter alguns pontos
de contato com a cultura brasileira e a cultura do Congo, é um país
bem diferente. O senhor sentiu, quando veio pra cá, a questão racial?
Como foi essa mudança para o senhor?

Kabengele - Essas coisas não são tão abertas como a gente pensa.
Cheguei aqui em 1975, diretamente para a USP, para fazer doutorado.
Não se depara com o preconceito à primeira vista, logo que sai do
aeroporto. Essas coisas vêm pouco a pouco, quando se começa a
descobrir que você entra em alguns lugares e percebe que é único, que
te olham e já sabem que não é daqui, que não é como “nossos negros”, é
diferente. Poderia dizer que esse estranhamento é por ser estrangeiro,
mas essa comparação na verdade é feita em relação aos negros da terra,
que não entram em alguns lugares ou não entram de cabeça erguida.

Depois, com o tempo, na academia, fiz disciplinas em antropologia e
alguns de meus professores eram especialistas na questão racial. Foi
através da academia, da literatura, que comecei a descobrir que havia
problemas no país. Uma das primeiras aulas que fiz foi em 1975, 1976,
já era uma disciplina sobre a questão racial com meu orientador João
Batista Borges Pereira. Depois, com o tempo, você vai entrar em algum
lugar em que está sozinho e se pergunta: onde estão os outros? As
pessoas olhavam mesmo, inclusive olhavam mais quando eu entrava com
minha mulher e meus filhos. Porque é uma família inter-racial: a
mulher branca, o homem negro, um filho negro e um filho mestiço. Em
todos os lugares em que a gente entrava, era motivo de curiosidade. O
pessoal tentava ser discreto, mas nem sempre escondia. Entrávamos em
lugares onde geralmente os negros não entram.

A partir daí você começa a buscar uma explicação para saber o porquê e
se aproxima da literatura e das aulas da universidade que falam da
discriminação racial no Brasil, os trabalhos de Florestan Fernandes,
do Otavio Ianni, do meu próprio orientador e de tantos outros que
trabalharam com a questão. Mas o problema é que quando a pessoa é
adulta sabe se defender, mas as crianças não. Tenho dois filhos que
nasceram na Bélgica, dois no Congo e meu caçula é brasileiro. Quantas
vezes, quando estavam sozinhos na rua, sem defesa, se depararam com a
polícia?

Meus filhos estudaram em escola particular, Colégio Equipe, onde
estudavam filhos de alguns colegas professores. Eu não ia buscá-los na
escola, e quando saíam para tomar ônibus e voltar para casa com alguns
colegas que eram brancos, eles eram os únicos a ser revistados. No
entanto, a condição social era a mesma e estudavam no mesmo colégio.
Por que só eles podiam ser suspeitos e revistados pela polícia? Essa
situação eu não posso contar quantas vezes vi acontecer. Lembro que
meu filho mais velho, que hoje é ator, quando comprou o primeiro carro
dele, não sei quantas vezes ele foi parado pela polícia. Sempre
apontando a arma para ele para mostrar o documento. Ele foi instruído
para não discutir e dizer que os documentos estão no porta-luvas,
senão podem pensar que ele vai sacar uma arma. Na realidade, era
suspeito de ser ladrão do próprio carro que ele comprou com o trabalho
dele. Meus filhos até hoje não saem de casa para atravessar a rua sem
documento. São adultos e criaram esse hábito, porque até você provar
que não é ladrão... A geografia do seu corpo não indica isso.

Então, essa coisa de pensar que a diferença é simplesmente social, é
claro que o social acompanha, mas e a geografia do corpo? Isso aqui
também vai junto com o social, não tem como separar as duas coisas.
Fui com o tempo respondendo à questão, por meio da vivência, com o
cotidiano e as coisas que aprendi na universidade, depoimentos de
pessoas da população negra, e entendi que a democracia racial é um
mito. Existe realmente um racismo no Brasil, diferenciado daquele
praticado na África do Sul durante o regime do apartheid, diferente
também do racismo praticado nos EUA, principalmente no Sul. Porque
nosso racismo é, utilizando uma palavra bem conhecida, sutil. Ele é
velado. Pelo fato de ser sutil e velado isso não quer dizer que faça
menos vítimas do que aquele que é aberto. Faz vítimas de qualquer
maneira.

Quando você tem um sistema como o sul-africano ou um sistema de
restrição de direitos como houve nos EUA, o inimigo está claro. No
caso brasileiro é mais difícil combatê-lo...
Claro, é mais difícil. Porque você não identifica seu opressor. Nos
EUA era mais fácil porque começava pelas leis. A primeira
reivindicação: o fim das leis racistas. Depois, se luta para
implementar políticas públicas que busquem a promoção da igualdade
racial. Aqui é mais difícil, porque não tinha lei nem pra discriminar,
nem pra proteger. As leis pra proteger estão na nova Constituição que
diz que o racismo é um crime inafiançável. Antes disso tinha a lei
Afonso Arinos, de 1951. De acordo com essa lei, a prática do racismo
não era um crime, era uma contravenção. A população negra e indígena
viveu muito tempo sem leis nem para discriminar nem para proteger.

Aqui no Brasil há mais dificuldade com relação ao sistema de cotas
justamente por conta do mito da democracia racial?
Tem segmentos da população a favor e contra. Começaria pelos que estão
contra as cotas, que apelam para a própria Constituição, afirmando que
perante a lei somos todos iguais. Então não devemos tratar os cidadãos
brasileiros diferentemente, as cotas seriam uma inconstitucionalidade.
Outro argumento contrário, que já foi demolido, é a ideia de que seria
difícil distinguir os negros no Brasil para se beneficiar pelas cotas
por causa da mestiçagem. O Brasil é um país de mestiçagem, muitos
brasileiros têm sangue europeu, além de sangue indígena e africano,
então seria difícil saber quem é afro-descendente que poderia ser
beneficiado pela cota. Esse argumento não resistiu. Por quê? Num país
onde existe discriminação antinegro, a própria discriminação é a prova
de que é possível identificar os negros. Senão não teria
discriminação.

Em comparação com outros países do mundo, o Brasil é um país que tem
um índice de mestiçamento muito mais alto. Mas isso não pode impedir
uma política, porque basta a autodeclaração. Basta um candidato
declarar sua afro-descendência. Se tiver alguma dúvida, tem que
averiguar. Nos casos-limite, o indivíduo se autodeclara
afrodescendente. Às vezes, tem erros humanos, como o que aconteceu na
UnB, de dois jovens mestiços, de mesmos pais, um entrou pelas cotas
porque acharam que era mestiço, e o outro foi barrado porque acharam
que era branco. Isso são erros humanos. Se tivessem certeza absoluta
que era afro-descendente, não seria assim. Mas houve um recurso e ele
entrou. Esses casos-limite existem, mas não é isso que vai impedir uma
política pública que possa beneficiar uma grande parte da população
brasileira.

Além do mais, o critério de cota no Brasil é diferente dos EUA. Nos
EUA, começaram com um critério fixo e nato. Basta você nascer negro.
No Brasil não. Se a gente analisar a história, com exceção da UnB, que
tem suas razões, em todas as universidades brasileiras que entraram
pelo critério das cotas, usaram o critério étnico-racial combinado com
o critério econômico. O ponto de partida é a escola pública. Nos EUA
não foi isso. Só que a imprensa não quer enxergar, todo mundo quer
dizer que cota é simplesmente racial. Não é. Isso é mentira, tem que
ver como funciona em todas as universidades. É necessário fazer um
certo controle, senão não adianta aplicar as cotas. No entanto, se
mantém a ideia de que, pelas pesquisas quantitativas, do IBGE, do
Ipea, dos índices do Pnud, mostram que o abismo em matéria de educação
entre negros e brancos é muito grande. Se a gente considerar isso
então tem que ter uma política de mudança. É nesse sentido que se
defende uma política de cotas.

O racismo é cotidiano na sociedade brasileira. As pessoas que estão
contra cotas pensam como se o racismo não tivesse existido na
sociedade, não estivesse criando vítimas. Se alguém comprovar que não
tem mais racismo no Brasil, não devemos mais falar em cotas para
negros. Deveríamos falar só de classes sociais. Mas como o racismo
ainda existe, então não há como você tratar igualmente as pessoas que
são vítimas de racismo e da questão econômica em relação àquelas que
não sofrem esse tipo de preconceito. A própria pesquisa do IPEA mostra
que se não mudar esse quadro, os negros vão levar muitos e muitos anos
para chegar aonde estão os brancos em matéria de educação. Os que são
contra cotas ainda dão o argumento de que qualquer política de
diferença por parte do governo no Brasil seria uma política de
reconhecimento das raças e isso seria um retrocesso, que teríamos
conflitos, como os que aconteciam nos EUA.

Que é o argumento do Demétrio Magnoli.
Isso é muito falso, porque já temos a experiência, alguns falam de
mais de 70 universidades públicas, outros falam em 80. Já ouviu falar
de conflitos raciais em algum lugar, linchamentos raciais? Não existe.
É claro que houve manifestações numa universidade ou outra, umas
pichações, "negro, volta pra senzala". Mas isso não se caracteriza
como conflito racial. Isso é uma maneira de horrorizar a população,
projetar conflitos que na realidade não vão existir.

Agora o DEM entrou com uma ação no STF pedindo anulação das cotas. O
que motiva um partido como o DEM, qual a conexão entre a ideologia de
um partido ou um intelectual como o Magnoli e essa oposição ao sistema
de cotas? Qual é a raiz dessa resistência?
Tenho a impressão que as posições ideológicas não são explícitas, são
implícitas. A questão das cotas é uma questão política. Tem pessoas no
Brasil que ainda acreditam que não há racismo no país. E o argumento
desse deputado do DEM é esse, de que não há racismo no Brasil, que a
questão é simplesmente socioeconômica. É um ponto de vista refutável,
porque nós temos provas de que há racismo no Brasil no cotidiano. O
que essas pessoas querem? Status quo. A ideia de que o Brasil vive
muito bem, não há problema com ele, que o problema é só com os pobres,
que não podemos introduzir as cotas porque seria introduzir uma
discriminação contra os brancos e pobres. Mas eles ignoram que os
brancos e pobres também são beneficiados pelas cotas, e eles negam
esse argumento automaticamente, deixam isso de lado.

Mas isso não é um cinismo de parte desses atores políticos, já que
eles são contra o sistema de cotas, mas também são contra o
Bolsa-Família ou qualquer tipo de política compensatória no campo
socioeconômico?
É interessante, porque um país que tem problemas sociais do tamanho do
Brasil deveria buscar caminhos de mudança, de transformação da
sociedade. Cada vez que se toca nas políticas concretas de mudança,
vem um discurso. Mas você não resolve os problemas sociais somente com
a retórica. Quanto tempo se fala da qualidade da escola pública? Estou
aqui no Brasil há 34 anos. Desde que cheguei aqui, a escola pública
mudou em algum lugar? Não, mas o discurso continua. "Ah, é só mudar a
escola pública." Os mesmos que dizem isso colocam os seus filhos na
escola particular e sabem que a escola pública é ruim. Poderiam eles,
como autoridades, dar melhor exemplo e colocar os filhos deles em
escola pública e lutar pelas leis, bom salário para os educadores,
laboratórios, segurança. Mas a coisa só fica no nível da retórica.

E tem esse argumento legalista, "porque a cota é uma
inconstitucionalidade, porque não há racismo no Brasil". Há juristas
que dizem que a igualdade da qual fala a Constituição é uma igualdade
formal, mas tem a igualdade material. É essa igualdade material que é
visada pelas políticas de ação afirmativa. Não basta dizer que somos
todos iguais. Isso é importante, mas você tem que dar os meios e isso
se faz com as políticas públicas. Muitos disseram que as cotas nas
universidades iriam atingir a excelência universitária. Está
comprovado que os alunos cotistas tiveram um rendimento igual ou
superior aos outros. Então a excelência não foi prejudicada. Aliás, é
curioso falar de mérito como se nosso vestibular fosse exemplo de
democracia e de mérito. Mérito significa simplesmente que você coloca
como ponto de partida as pessoas no mesmo nível.

Quando as pessoas não são iguais, não se pode colocar no ponto de
partida para concorrer igualmente. É como você pegar uma pessoa com um
fusquinha e outro com um Mercedes, colocar na mesma linha de partida e
ver qual o carro mais veloz. O aluno que vem da escola pública, da
periferia, de péssima qualidade, e o aluno que vem de escola
particular de boa qualidade, partindo do mesmo ponto, é claro que os
que vêm de uma boa escola vão ter uma nota superior. Se um aluno que
vem de um Pueri Domus, Liceu Pasteur, tira nota 8, esse que vem da
periferia e tirou nota 5 teve uma caminhada muito longa. Essa nota 5
pode ser mais significativa do que a nota 7 ou 8. Dando oportunidade
ao aluno, ele não vai decepcionar.

Foi isso que aconteceu, deram oportunidade. As cotas são aplicadas
desde 2003. Nestes sete anos, quantos jovens beneficiados pelas cotas
terminaram o curso universitário e quantos anos o Brasil levaria para
formar o tanto de negros sem cotas? Talvez 20 ou mais. Isso são coisas
concretas para as quais as pessoas fecham os olhos. No artigo do
professor Demétrio Magnoli, ele me critica, mas não leu nada. Nem uma
linha de meus livros. Simplesmente pegou o livro da Eneida de Almeida
dos Santos, Mulato, negro não-negro e branco não-branco que pediu para
eu fazer uma introdução, e desta introdução de três páginas ele tirou
algumas frases e, a partir dessas frases, me acusa de ser um charlatão
acadêmico, de professar o racismo científico abandonado há mais de um
século e fazer parte de um projeto de racialização oficial do Brasil.
Nunca leu nada do que eu escrevi.

A autora do livro é mestiça, psiquiatra e estuda a dificuldade que os
mestiços entre branco e negro têm pra construir a sua identidade. Fiz
a introdução mostrando que eles têm essa dificuldade justamente por
causa de serem negros não-negros e brancos não-brancos. Isso prejudica
o processo, mas no plano político, jurídico, eles não podem ficar
ambivalentes. Eles têm que optar por uma identidade, têm que aceitar
sua negritude, e não rejeitá-la. Com isso ele acha que eu estou
professando a supressão dos mestiços no Brasil e que isso faz parte do
projeto de racialização do brasileiro. Não tinha nada para me acusar,
soube que estou defendendo as cotas, tirou três frases e fez a
acusação dele no jornal.

O senhor toca na questão do imaginário da democracia racial, mas as
pessoas são formadas para aceitarem esse mito...
O racismo é uma ideologia. A ideologia só pode ser reproduzida se as
próprias vítimas aceitam, a introjetam, naturalizam essa ideologia.
Além das próprias vítimas, outros cidadãos também, que discriminam e
acham que são superiores aos outros, que têm direito de ocupar os
melhores lugares na sociedade. Se não reunir essas duas condições, o
racismo não pode ser reproduzido como ideologia, mas toda educação que
nós recebemos é para poder reproduzi-la.

Há negros que introduziram isso, que alienaram sua humanidade, que
acham que são mesmo inferiores e o branco tem todo o direito de ocupar
os postos de comando. Como também tem os brancos que introjetaram isso
e acham mesmo que são superiores por natureza. Mas para você lutar
contra essa ideia não bastam as leis, que são repressivas, só vão
punir. Tem que educar também. A educação é um instrumento muito
importante de mudança de mentalidade e o brasileiro foi educado para
não assumir seus preconceitos. O Florestan Fernandes dizia que um dos
problemas dos brasileiros é o “preconceito de ter preconceito de ter
preconceito”. O brasileiro nunca vai aceitar que é preconceituoso. Foi
educado para não aceitar isso. Como se diz, na casa de enforcado não
se fala de corda.

Quando você está diante do negro, dizem que tem que dizer que é
moreno, porque se disser que é negro, ele vai se sentir ofendido. O
que não quer dizer que ele não deve ser chamado de negro. Ele tem
nome, tem identidade, mas quando se fala dele, pode dizer que é negro,
não precisa branqueá-lo, torná-lo moreno. O brasileiro foi educado
para se comportar assim, para não falar de corda na casa de enforcado.
Quando você pega um brasileiro em flagrante de prática racista, ele
não aceita, porque não foi educado para isso. Se fosse um americano,
ele vai dizer: "Não vou alugar minha casa para um negro". No Brasil,
vai dizer: "Olha, amigo, você chegou tarde, acabei de alugar". Porque
a educação que o americano recebeu é pra assumir suas práticas
racistas, pra ser uma coisa explícita.

Quando a Folha de S. Paulo fez aquela pesquisa de opinião em 1995,
perguntaram para muitos brasileiros se existe racismo no Brasil. Mais
de 80% disseram que sim. Perguntaram para as mesmas pessoas: "você já
discriminou alguém?". A maioria disse que não. Significa que há
racismo, mas sem racistas. Ele está no ar... Como você vai combater
isso? Muitas vezes o brasileiro chega a dizer ao negro que reage:
"você que é complexado, o problema está na sua cabeça". Ele rejeita a
culpa e coloca na própria vítima. Já ouviu falar de crime perfeito?
Nosso racismo é um crime perfeito, porque a própria vítima é que é
responsável pelo seu racismo, quem comentou não tem nenhum problema.

O humorista Danilo Gentilli escreveu no Twitter uma piada a respeito
do King Kong, comparando com um jogador de futebol que saía com
loiras. Houve uma reação grande e a continuação dos argumentos dele
para se justificar vai ao encontro disso que o senhor está falando.
Ele dizia que racista era quem acusava ele, e citava a questão do
orgulho negro como algo de quem é racista.
Faz parte desse imaginário. O que está por trás que está fazendo uma
ilustração de King Kong, que ele compara a um jogador de futebol que
vai casar com uma loira, é a ideia de alguém que ascende na vida e vai
procurar sua loira. Mas qual é o problema desse jogador de futebol?
São pessoas vítimas do racismo que acham que agora ascenderam na vida
e, para mostrar isso, têm que ter uma loira que era proibida quando
eram pobres? Pode até ser uma explicação. Mas essa loira não é uma
pessoa humana que pode dizer não ou sim e foi obrigada a ir com o King
Kong por causa de dinheiro? Pode ser, quantos casamentos não são por
dinheiro na nossa sociedade? A velha burguesia só se casa dentro da
velha burguesia. Mas sempre tem pessoas que desobedecem as normas da
sociedade.

Essas jovens brancas, loiras, também pulam a cerca de suas identidades
pra casar com um negro jogador. Por que a corda só arrebenta do lado
do jogador de futebol? No fundo, essas pessoas não querem que os
negros casem com suas filhas. É uma forma de racismo. Estão praticando
um preconceito que não respeita a vontade dessas mulheres nem essas
pessoas que ascenderam na vida, numa sociedade onde o amor é algo sem
fronteiras, e não teria tantos mestiços nessa sociedade. Com tudo o
que aconteceu no campo de futebol com aquele jogador da Argentina que
chamou o Grafite de macaco, com tudo o que acontece na Europa, esse
humorista faz uma ilustração disso, ou é uma provocação ou quer
reafirmar os preconceitos na nossa sociedade.

É que no caso, o Danilo Gentili ainda justificou sua piada com um
argumento muito simplório: "por que eu posso chamar um gordo de baleia
e um negro de macaco", como se fosse a mesma coisa.
É interessante isso, porque tenho a impressão de que é um cara que não
conhece a história e o orgulho negro tem uma história. São seres
humanos que, pelo próprio processo de colonização, de escravidão, a
essas pessoas foi negada sua humanidade. Para poder se recuperar, ele
tem que assumir seu corpo como negro. Se olhar no espelho e se achar
bonito ou se achar feio. É isso o orgulho negro. E faz parte do
processo de se assumir como negro, assumir seu corpo que foi recusado.
Se o humorista conhecesse isso, entenderia a história do orgulho
negro. O branco não tem motivo para ter orgulho branco porque ele é
vitorioso, está lá em cima. O outro que está lá em baixo que deve ter
orgulho, que deve construir esse orgulho para poder se reerguer.

O senhor tocou no caso do Grafite com o Desábato, e recentemente
tivemos, no jogo da Libertadores entre Cruzeiro e Grêmio, o caso de um
jogador que teria sido chamado de macaco por outro atleta. Em geral,
as pessoas – jornalistas que comentaram, a diretoria gremista –
argumentavam que no campo de futebol você pode falar qualquer coisa, e
que se as pessoas fossem se importar com isso, não teria como ter jogo
de futebol. Como você vê esse tipo de situação?
Isso é uma prova daquilo que falei, os brasileiros são educados para
não assumir seus hábitos, seu racismo. Em outros países, não teria
essa conversa de que no campo de futebol vale. O pessoal pune mesmo.
Mas aqui, quando se trata do negro... Já ouviu caso contrário, de
negro que chama branco de macaco? Quando aquele delegado prendeu o
jogador argentino no caso do Grafite, todo mundo caiu em cima. Os
técnicos, jornalistas, esportistas, todo mundo dizendo que é assim no
futebol. Então a gente não pode educar o jogador de futebol, tudo é
permitido? Quando há violência física, eles são punidos, mas isso aqui
é uma violência também, uma violência simbólica. Por que a violência
simbólica é aceita a violência física é punida?

Como o senhor vê hoje a aplicação da lei que determina a
obrigatoriedade do ensino de cultura africana nas escolas? Os
professores, de um modo geral, estão preparados para lidar com a
questão racial?
Essa lei já foi objeto de crítica das pessoas que acham que isso
também seria uma racialização do Brasil. Pessoas que acham que, sendo
a população brasileira uma população mestiça, não é preciso ensinar a
cultura do negro, ensinar a história do negro ou da África. Temos uma
única história, uma única cultura, que é uma cultura mestiça. Tem
pessoas que vão nessa direção, pensam que isso é uma racialização da
educação no Brasil.

Mas essa questão do ensino da diversidade na escola não é propriedade
do Brasil. Todos os países do mundo lidam com a questão da
diversidade, do ensino da diversidade na escola, até os que não foram
colonizadores, os nórdicos, com a vinda dos imigrantes, estão tratando
da questão da diversidade na escola.

O Brasil deveria tratar dessa questão com mais força, porque é um país
que nasceu do encontro das culturas, das civilizações. Os europeus
chegaram, a população indígena – dona da terra – os africanos, depois
a última onda imigratória é dos asiáticos. Então tudo isso faz parte
das raízes formadoras do Brasil que devem fazer parte da formação do
cidadão. Ora, se a gente olhar nosso sistema educativo, percebemos que
a história do negro, da África, das populações indígenas não fazia
parte da educação do brasileiro.

Nosso modelo de educação é eurocêntrico. Do ponto de vista da
historiografia oficial, os portugueses chegaram na África, encontraram
os africanos vendendo seus filhos, compraram e levaram para o Brasil.
Não foi isso que aconteceu. A história da escravidão é uma história da
violência. Quando se fala de contribuições, nunca se fala da África.
Se se introduzir a história do outro de uma maneira positiva, isso
ajuda.

É por isso que a educação, a introdução da história dele no Brasil,
faz parte desse processo de construção do orgulho negro. Ele tem que
saber que foi trazido e aqui contribuiu com o seu trabalho, trabalho
escravizado, para construir as bases da economia colonial brasileira.
Além do mais, houve a resistência, o negro não era um João-Bobo que
simplesmente aceitou, senão a gente não teria rebeliões das senzalas,
o Quilombo dos Palmares, que durou quase um século. São provas de
resistência e de defesa da dignidade humana. São essas coisas que
devem ser ensinadas. Isso faz parte do patrimônio histórico de todos
os brasileiros. O branco e o negro têm que conhecer essa história
porque é aí que vão poder respeitar os outros.

Voltando a sua pergunta, as dificuldades são de duas ordens. Em
primeiro lugar, os educadores não têm formação para ensinar a
diversidade. Estudaram em escolas de educação eurocêntrica, onde não
se ensinava a história do negro, não estudaram história da África,
como vão passar isso aos alunos? Além do mais, a África é um
continente, com centenas de culturas e civilizações. São 54 países
oficialmente. A primeira coisa é formar os educadores, orientar por
onde começou a cultura negra no Brasil, por onde começa essa história.
Depois dessa formação, com certo conteúdo, material didático de boa
qualidade, que nada tem a ver com a historiografia oficial, o processo
pode funcionar.

Outra questão que se discute é sobre o negro nos espaços de poder. Não
se veem negros como prefeitos, governadores. Como trabalhar contra
isso?
O que é um país democrático? Um país democrático, no meu ponto de
vista, é um país que reflete a sua diversidade na estrutura de poder.
Nela, você vê mulheres ocupando cargos de responsabilidade, no
Executivo, no Legislativo, no Judiciário, assim como no setor privado.
E ainda os índios, que são os grandes discriminados pela sociedade.
Isso seria um país democrático. O fato de você olhar a estrutura de
poder e ver poucos negros ou quase não ver negros, não ver mulheres,
não ver índios, isso significa que há alguma coisa que não foi feita
nesse país. Como construção da democracia, a representatividade da
diversidade não existe na estrutura de poder. Por quê?

Se você fizer um levantamento no campo jurídico, quantos
desembargadores e juízes negros têm na sociedade brasileira? Se você
for pras universidades públicas, quantos professores negros tem,
começando por minha própria universidade? Esta universidade tem cerca
de 5 mil professores. Quantos professores negros tem na USP? Nessa
grande faculdade, que é a Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências
Humanas (FFLCH), uma das maiores da USP junto com a Politécnica, tenho
certeza de que na minha faculdade fui o primeiro negro a entrar como
professor. Desde que entrei no Departamento de Antropologia, não
entrou outro. Daqui três anos vou me aposentar. O professor Milton
Santos, que era um grande professor, quase Nobel da Geografia, entrou
no departamento, veio do exterior e eu já estava aqui. Em toda a USP,
não sou capaz de passar de dez pessoas conhecidas. Pode ter mais, mas
não chega a 50, exagerando. Se você for para as grandes universidades
americanas, Harvard, Princeton, Standford, você vai encontrar mais
negros professores do que no Brasil. Lá eles são mais racistas, ou
eram mais racistas, mas como explicar tudo isso?

120 anos de abolição. Por que não houve uma certa mobilidade social
para os negros chegarem lá? Há duas explicações: ou você diz que ele é
geneticamente menos inteligente, o que seria uma explicação racista,
ou encontra explicação na sociedade. Quer dizer que se bloqueou a sua
mobilidade. E isso passa por questão de preconceito, de discriminação
racial. Não há como explicar isso. Se você entender que os imigrantes
japoneses chegaram, nós comemoramos 100 anos recentemente da sua
vinda, eles tiveram uma certa mobilidade. Os coreanos também ocupam um
lugar na sociedade. Mas os negros já estão a 120 anos da abolição.
Então tem uma explicação. Daí a necessidade de se mudar o quadro. Ou
nós mantemos o quadro, porque se não mudamos estamos racializando o
Brasil, ou a gente mantém a situação para mostrar que não somos
racistas. Porque a explicação é essa, se mexer, somos racistas e
estamos racializando. Então vamos deixar as coisas do jeito que estão.
Esse é o dilema da sociedade.

Como o senhor vê o tratamento dado pela mídia à questão racial?
A imprensa faz parte da sociedade. Acho que esse discurso do mito da
democracia racial é um discurso também que é absorvido por alguns
membros da imprensa. Acho que há uma certa tendência na imprensa pelo
fato de ser contra as políticas de ação afirmativa, sendo que também
não são muito favoráveis a essa questão da obrigatoriedade do ensino
da história do negro na escola.

Houve, no mês passado, a II Conferência Nacional de Promoção da
Igualdade Racial. Silêncio completo da imprensa brasileira. Não houve
matérias sobre isso. Os grandes jornais da imprensa escrita não
pautaram isso. O silêncio faz parte do dispositivo do racismo
brasileiro. Como disse Elie Wiesel, o carrasco mata sempre duas vezes.
A segunda mata pelo silêncio. O silêncio é uma maneira de você matar a
consciência de um povo. Porque se falar sobre isso abertamente, as
pessoas vão buscar saber, se conscientizar, mas se ficar no silêncio a
coisa morre por aí. Então acho que o silêncio da imprensa, no meu
ponto de vista, passa por essa estratégia, é o não-dito.

Acabei de passar por uma experiência interessante. Saí da Conferência
Nacional e fui para Barcelona, convidado por um grupo de brasileiros
que pratica capoeira. Claro, receberam recursos do Ministério das
Relações Exteriores, que pagou minha passagem e a estadia. Era uma
reunião pequena de capoeiristas e fiz uma conferência sobre a cultura
negra no Brasil. Saiu no El Pais, que é o jornal mais importante da
Espanha, noticiou isso, uma coisa pequena. Uma conferência nacional
deste tamanho aqui não se fala. É um contrassenso. O silêncio da
imprensa não é um silêncio neutro, é um silêncio que indica uma certa
orientação da questão racial. Tem que não dizer muita coisa e ficar
calado. Amanhã não se fala mais, acabou.

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

oficina de mídia para professores

Ação Educativa realiza oficina de mídia para professores/as: inscrições abertas
01/10/2010

A Ação Educativa realiza no dia 6 de novembro, sábado, oficina de mídia para professores com o tema “Mídias: vilãs ou aliadas da educação?”. O público-alvo são professores de escolas públicas de São Paulo. A proposta da atividade é fazer uma reflexão sobre dois aspectos da relação entre a comunicação e a educação: o papel pedagógico das mídias e tecnologias e o uso destas como instrumentos educativos.

Para se inscrever, basta preencher o formulário disponível aqui. São 20 vagas disponíveis. Caso haja inscrições acima deste número, haverá um processo de seleção. As inscrições devem ser feitas até o dia 25 de outubro. O resultado da seleção será divulgado até o dia 28 de outubro por e-mail e no site da Ação Educativa.


Serviço
O que: Oficina de mídia para professores: “Mídias: vilãs ou aliadas da educação?”.
Quando: sábado, dia 6 de novembro de 2010, das 9h às 14h.
Onde: sede da Ação Educativa. Rua General Jardim, 660. Vila Buarque. São Paulo.
Inscrições: preencha o formulário


http://www.abong.org.br/noticias.php?id=1071
Fonte: Ação Educativa

psicólogos(as) negros(as)

Debate antecede encontro de psicólogos negros e estudiosos de relações interraciais
05/10/2010

A Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (SEPPIR) realiza nesta quarta-feira, 06 de outubro, em Brasília, um debate preparatório para o I Encontro Nacional de Psicólogos(as) Negros(as) e Pesquisadores(as) sobre Relações Interraciais e Subjetividade no Brasil (I PSINEP). O debate intitulado: “Psicologia, Racismo e Política Públicas: um diálogo necessário” acontecerá no auditório do subsolo do bloco A da Esplanada dos Ministérios, das 15h30 às 18h30.

Para inscrições e informações, os interessados devem entrar em contato pelos telefones: (61) 3411-4942 / 3661 ou pelo e-mail: seppir.cnpir@planalto.gov.br.

Quem não puder comparecer ao debate no auditório, poderá assisti-lo por meio de videoconferência, acessando o link http://refletor.mec.gov.br/seppir, no dia 06, às 15h30.
http://www.abong.org.br/noticias.php?id=1134

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Colóquio Educação Social 2010

Colóquio de Pedagogia Social
13 de novembro de 2010
Inscrições: www.unisal.br
Mesa manhã: O educador social e a regulamentação da profissão
Prof. Dr. Roberto Silva/USP
Mesa tarde: Caminhos da Pedagogia Social: pratíca social e pesquisa
Prof. Dr. Rogério Moura/Unicamp

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Música africana I

Música interessante.
Trata-se de uma canção dos "sem-lar" - ÁFRICA

http://www.youtube.com/watch?v=G5tngHfemWc

quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Tecnologias e midias interativas na escola - livro

Faça uma visita, deixe um recado....

LIVRO DIGITAL
título: Tecnologias e mídias interativas na escola: Projeto TIME

http://www.nied.unicamp.br/livrotime/

Organizado por João Vilhete Viegas d’Abreu... [et al.]. --
Campinas, SP: UNICAMP/NIED, 2010.
Organizadores
João Vilhete Viegas d'Abreu (coordenador)
Maria de Fátima Garcia
Vera Regina Toledo Camargo
Odair Marques da Silva
Maria Cecília Martins

Somos um grupo de pesquisadores, professores e gestores que concretizou o projeto Tecnologias e Mídias Interativas na Escola (TIME ): uma proposta de trabalho que buscou diminuir a distância criada pelas novas tecnologias, que parece afastar professores e alunos dentro da sala de aula. Financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), em parceria com a Secretara da Educação da prefeitura municipal de Hortolândia-SP, o projeto foi desenvolvido pelo Núcleo de Informática Aplicada à Educação (NIED) em colaboração com o Núcleo de Desenvolvimento da Criatividade (Nudecri), ambos da Unicamp, que apostaram na montagem de salas multimídia e na capacitação teórica e técnica de professores, como forma de fortalecimento do ensino público.

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Fórum Internacional de Educação Infantil 2010

O I Fórum Internacional de Educação Infantil e a XIV Jornada de Profissionais da Divisão de Educação Infantil e Complementar (Dedic) ocorrem no dia 30 de setembro e 1 de outubro, no Centro de Convenções da Unicamp.

Programação, inscrições e outras informações na página do evento.
http://foruns.bc.unicamp.br/extras/foruns_extras.php

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

curso de cultivo de orquídeas

IB oferece curso de cultivo de orquídeas

O Departamento de Botânica, do Instituto de Biologia (IB), recebe até 8 de outubro as inscrições para um curso de difusão científica de cultivo de orquídeas, na modalidade extensão. As inscrições podem ser feitas pelo site da Escola de Extensão (Extecamp) da Unicamp. O curso será ministrado pelo professor Wellington Forster (IB). No último dia de aula, os participantes farão uma visita ao orquidário de Várzea Paulista. As aulas estão previstas para ocorrer nos dias 16, 23 e 30 de outubro. Outras informações: 19-3521 4646.
01 PARCELA(S) DE R$ 271,00 À VISTA.
http://www.extecamp.unicamp.br/dados.asp?sigla=BIO-0044&of=002

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Colóquio sobre Educação Sócio-comunitária 2010

V Colóquio sobre Educação Sócio-comunitária/ I Seminário Nacional sobre Educação Sócio-comunitária/
Tema “Educação Social e Relação Escola-Comunidade”

Entidade Promotora: Centro Universitário Salesiano de São Paulo – UNISAL

Inscrições pelo site http://www.unisal.br/coloquio

PROGRAMAÇÃO
10 de novembro de 2010 - Quarta-feira

19h00-22h30 Apresentação “Projeto de Ação Educativa - PAE" do curso de Pedagogia

11 de novembro de 2010 - Quinta-feira

13h00-14h30 Sessão de Comunicações

14h30-18h30 Oficinas/mini-cursos

19h00-19h30 Lançamento dos livros Desafios e perspectivas da Educação Social.

19h30-22h30 Mesa redonda: “Educação sócio-comunitária nas organizações sociais”: Palestrantes: Cida Davoli (Projeto de Psicodrama Público no Centro Cultural Vergueiro), Nivaldo Marcuso (Superintendente da Fundação Bradesco), Andrelina A. L. Pacagnella (Educação Popular na Saúde da Secretaria Municipal de Saúde de Campinas). Mediadora: Profa. Dra. Sueli Caro.



12 de novembro de 2010 - Sexta-feira

13h00-14h30 Sessão de Comunicações

14h30-18h30 Oficinas/mini-cursos

19h00-19h30 Apresentação cultural: Banda Sinfônica do Patrulheiros Campinas

19h30-19h45 Lançamento do livro Sociedade civil e educação: fundamentos e tramas.

19h45-22h30 Conferência: “Movimentos sociais e educação no Brasil contemporâneo”: Profa. Dra. Viviane Melo de Mendonça (UFSCar). Debatedor: Prof. Dr. Paulo de Tarso Gomes (Unisal).



13 de novembro de 2009 – Sábado

8h-9h30 Sessão de Comunicações

9h45-10h15 Apresentação cultural

10h15-12h30 Mesa redonda: “Relação escola-comunidade, educação social e prevenção no setor público em Americana”. Palestrantes: Profª Claudicir Brazilino Picolo (dirigente da Diretoria de Ensino de Americana), Luís Henrique da Silva (Projeto com Adolescentes da Secretaria Municipal de Saúde de Americana), Conceição Aparecida Ventura Mondin (Diretora do Ensino Fundamental da Secretaria Municipal de Educação de Americana) e Maria Clara dos Santos Graciano (Assistente Social da Secretaria Municipal de Promoção Social de Americana). Mediadora: Profa. Dra. Renata Sieiro Fernandes (Pesquisadora do Centro de Memória).





Oficinas e mini-cursos – dias 11 e 12/nov. – 14h30-18h30



Oficinas (4h de duração)

Data
Oficina
Ministrantes

11/nov./2010
Arte e Educação Social
Mst. Joanice Barbosa Parmegiani

11/nov./2010
Poesia, Teatro e Educação
Mst. Andréa dos Anjos Cassado

Mst. Helvécio Alves Júnior

12/nov./2010
Ecopedagogia
Mestrando Roberto Martinez

12/nov./2010
Educação Popular Sócio-Política
Mestranda Keila Kumakura de Souza




Mini-cursos (8h de duração): dias 11 e 12/nov./2010

Mini-curso
Ministrante

Pedagogia social no Brasil
Profa. Dra. Sueli M. P. Caro

GEPESAC (Grupo de Estudos e Pesquisas em Educação Social e Ação Comunitária)

Educação Ambiental no Instituto Estre: repensando o consumo de bens e o descarte de resíduos
Instituto Estre

Fernanda Belizário

Mariane Pintor




Inscrições pelo site http://www.unisal.br/coloquio