segunda-feira, 12 de maio de 2025

Maio, celebrando a leitura e o dia Internacional da África nas escolas: cultura, legislação e sustentabilidade

Fonte: Odair Marques da Silva (linda imagem de Adis Ababa, capital da Etiópia)
Maio, celebrando a leitura e o dia Internacional da África nas escolas: cultura, legislação e sustentabilidade Assim como o Dia Internacional do Livro Infantil (02 de abril) destaca a importância da leitura, o Dia Internacional da África (25 de maio) deve ser celebrado nas escolas como forma de promover a diversidade cultural e o combate ao racismo. A data reforça a necessidade de incluir a história e as contribuições africanas no currículo escolar, atendendo à Lei 10.639/03 (alterada pela Lei 11.645/08), que torna obrigatório o ensino da história e cultura afro-brasileira e indígena. Ao desenvolver práticas pedagógicas que celebrem a África, as escolas não só cumprem a legislação, mas também valorizam a ODS 18: Igualdade Étnico-Racial, que aborda o racismo e a discriminação étnico-racial, promovendo o respeito às diferenças e a construção de uma sociedade mais justa. Ações como contação de histórias africanas, oficinas de arte, música e debates sobre a diáspora africana fortalecem a identidade dos estudantes e combatem estereótipos, contribuindo para uma cultura de equidade. Dessa forma, a escola se torna um espaço de valorização da diversidade, onde práticas em sala de aula como a leitura de livros - entre eles o Atlas Geocultural da África, África: Incrível para Crianças, O Quilombo Colorido, Um dia, o gato viu a lua, A África que ninguém te conta e É indígena, não é índio não! - se tornam indispensáveis nas salas de leitura escolares. Estes materiais não apenas subsidiam a produção de textos criativos por parte das crianças e adolescentes, como também estimulam a criação de murais, exposições preparadas pelos próprios estudantes, jogos pedagógicos e diversas atividades lúdicas. As professoras frequentemente se surpreendem ao observarem a alegria e o aprendizado significativo que emergem dessas iniciativas. Em sintonia com os princípios da Agenda 2030 da ONU, celebrar a África significa celebrar a riqueza cultural e a união entre os povos, essenciais para um mundo mais inclusivo e livre de discriminação.

quinta-feira, 21 de novembro de 2024

Novembro: o mês das homenagens à Zumbi dos Palmares

O dia 20 de novembro de 2024 se estabelece como o primeiro ano a se celebrar, em todo o território nacional, a Lei que consagra o Dia Nacional de Zumbi e da Consciência Negra enquanto feriado. Cabe registrar que em 21 de março de 1997 o nome de “Zumbi dos Palmares” recebeu a mais nobre comenda brasileira ao estar inserido na lista do Panteão da República como herói nacional, em registro no Livro de Aço dos Heróis e Heroínas Nacionais. Localizado na Praça dos Três Poderes, em Brasília, o memorial Panteão da Pátria Tancredo Neves abriga este registro em livro de aço. Esta publicação é um marco ao valor histórico que homenageia as personalidades de grande destaque nacional. Nos aspectos educacionais, os esforços pedagógicos em ações afirmativas encontram ressonância nas Leis 10.639/03 e 11.645/08, cujos teores tornam obrigatórios o estudo da história e cultura indígena, afro-brasileira e do continente africano, em todas as modalidades educacionais das redes de ensino. Desta forma, estas diretrizes devem compor os componentes curriculares das unidades escolares, enriquecendo os respectivos repertórios de conhecimentos ofertados aos estudantes, em conformidade às normativas explicitadas na LDB e BNCC. Outro fator relevante se observa no reconhecimento dos esforços realizados pelos países em África, por seus acelerados processos de desenvolvimento urbano, social e econômico, em benefício de suas populações, e de suas respectivas representações no Brasil, através das embaixadas e consulados, na ampliação de interações empresariais e comerciais, no intercâmbio universitário, na ampliação do turismo, enfim, em todos os gestos que fortalecem as conexões entre nossos países. Os avanços para a superação de proposições racistas e preconceituosas, historicamente arraigadas na sociedade brasileira, vem alçando patamares institucionais consideráveis. Há, portanto, que se aplaudir o dia 20 de novembro como um marco na construção de uma sociedade brasileira que tenha em seus princípios o fortalecimento da democracia, a liberdade, a igualdade de oportunidades e a valorização da cidadania. Prof. Dr. Odair Marques da Silva Diretor de Pós-graduação, Pesquisa e Extensão da Universidade Zumbi dos Palmares e autor do Atlas Geocultural da África.

quarta-feira, 4 de setembro de 2024

Afriotimista, eu!

POESIA Afriotimista, eu? E agora, Drummond? O continente sobreviveu, a espiritualidade transbordou, a velha semente renasceu, a alegria de viver venceu, e agora, Mia? e agora, você? As fronteiras se desfazem, nos desassossegos que se escondem em Jesusalém, você que sonha, vive! Entre as contendas da alma, encontro Fanon, esperançar e tédio, inédito-viável e dores no corpo, escrevivências e repetições inaudíveis, lugar de fala e fala no lugar, atravessar eternos Miltons, o cansaço e a resistência, in memoriam: Biko. O que virá? Na doçura de Chiziane, as Áfricas reverberam cores, atravessam florestas e rios, cheios de vida e perigos, das lembranças de Senghor. Com o futuro na mão, pujante e vibrante, não resiste em prosseguir. Prolegômenos, brincar com as palavras, no mar caudaloso das línguas maternas, Ah! Saudades de Pata Pata e Makeba, cantava e não sabia sobre o que cantava! Enfim, herdei o prazer de cantar e dançar, gratidão, herdei o prazer de ouvir e contar histórias, gratidão, herdei o prazer de acolher e repartir, gratidão, a naturalidade em viver e morrer, gratidão, e, singelamente, admirar a beleza dos embondeiros! Sozinho, nunca: família. A marimba, djembé, corá e mbira acalentam a alma, expressam sentimentos radiantes, e projetam aos novos horizontes as aprendizagens dos caminhos percorridos. Autoria Odair Marques da Silva www.africaatual.com.br Publicada na revista “Universidade e Sociedade”, Ano XXXIV, n.74, julho 2024, pág. 176. Notas sobre a poesia O poema foi inspirado na estética de Carlos Drummond de Andrade, em seu poema de título “E agora, José”, publicado originalmente em 1942, e permanece atualíssimo. O afro-otimismo é uma corrente de pensamento, que nasce em África, com uma trajetória milenar e, de certa maneira, se contrapõe às vertentes conceituais do afro-pessimismo. O eixo temático procura mesclar as escrevivências das histórias de vida, percorridas pelo autor, como expõe Conceição Evaristo. Algumas metáforas e enigmas inseridas nas breves frases se mesclam aos romances de Mia Couto, entre estes, Jesusalém. O rompimento de fronteiras geográficas, coloniais, ideológicas, estigmatizantes, usurpadoras, excludentes, e a necessária e urgente aproximação e reconexão com os 54 países do continente africano também percorrem a alma deste poema. Os Miltons é uma homenagem a Milton Nascimento, músico, e Milton Santos, geógrafo, e aos que lutam pela libertação plena do ser humano. Há uma curiosidade em Pata Pala, muito popular no Brasil, e música pop internacional na década de 1970, que significa “toca toca”, na língua Xhosa, no sentido de tocar, aproximar-se. Poucas divulgações expressam que Makeba, sua intérprete, era uma liderança ativista contra o apartheid e pelos direitos humanos. Enfim, família, por um mundo mais justo, fraterno, humano e sustentável.

segunda-feira, 18 de dezembro de 2023

Homenagem ao Prof. Dr. Roberto Silva, USP

Homenagem ao Prof. Dr. Roberto Silva, USP, dezembro/2023 Em respeito ao passamento deste ilustre educador. Em cujas conviências, centenas de estudantes e educadores, tivemos a oportunidade e a grata satisfação de aprender, compartilhar, compreender o mundo em que vivemos, a transcorrer a solidariedade, o acolhimento da Pedagogia Social, e a valorização do outro.
In Memoriam. Colegas da Pedagogia Social: Prof. Dr Franciscom Evangelista, Prof. Dr. Odair Marques da Silva e o ilustre Prof. Dr. Roberto Silva. Pensamento do Prof. Dr. Roberto Silva, USP “E uma educação que se queira plural, laica, pública, que respeite e que contemple as diferenças e as experiências individuais, as instituições tradicionais como família, igreja, nação e Estado, que até então forneceram os modelos educacionais, dão lugar à democratização das formas de pensar, de sentir e de agir e requerem cada vez mais a busca de consensos quanto ao que devam ser os objetivos e as metas da Educação e da escola.” Prof. Dr. Roberto Silva, As bases científicas da Educação não-formal, in Pedagogia Social, 2009. Centenas de imagens fraternas sempre permanecerão em nossas memórias e vivências.

sexta-feira, 8 de dezembro de 2023

Conselho Internacional de Pastores, Bispos e Apóstolos CPBAS

Conselho Internacional de Pastores, Bispos e Apóstolos CPBAS No dia 25 de novembro de 2023, o Conselho Internacional de Pastores, Bispos e Apóstolos (CIPBAS) reúne-se em assembleia de seus membros, na cidade de em Campinas/SP. Em sua pauta encontrava-se as cerimônias de consagração de novos missionários, obreiros, bispos e lideranças pastorais. Através da liderança do Apóstolo Dr. Valdirlei Martingui (Ap Lico), o evento contou com representantes de mais de 50 Igrejas. No evento foi lançada a revista “O Conselheiro”, veja em (https://cipbas-3.webnode.page/nossa-revista-conselheiro/), organizada pelo jornalista Eder Angelo, com o desafio de divulgar os eventos da instituição, bem como seus cursos, as atividades de suas organizações sociais. Os contatos e informações sobre a CIPBAS podem estar obtidas em cipbasbrasil@gmail.com e cipbas-3.webnode.com. O grande desafio da organização, segundo o Apóstolo Lico, se apresenta em promover a capacitação de líderes com excelência, fortalecendo as Igrejas locais e seus ministérios. Com a promoção de iniciativas que gerem união e fraternidade entre seus membros. A Editora EIROS sentiu-se lisonjeada em estar convidada a participar deste grandioso evento. E, agradece as homenagens recebidas. Registro de Imagem
Apóstolo Lico entrega a Felipe Locatelli, em nome da Editora EIROS, o Troféu de Empresa Socialmente Relevante, em favor da cidadania. Registro de Imagem
Apóstolo Lico entrega ao Prof. Odair Marques da Silva o Certificado de Reconhecimento e Honra ao Mérito Evangélico, por suas iniciativas dignificando os povos africanos e valorizando os países em África. Projeto em refefência: www.africaatual.com.br www.editoraeiros.com.br

segunda-feira, 11 de setembro de 2023

Juntos os escritores Sidnei Santos, Odair Marques e Simão de Miranda

A Editora Eiros produz três novos livros infantis, lançados juntos. O escritor Simão de Miranda, com o livro "A história de Zuri", o escritor Odair Marques da Silva, com o livro "África: um passeio pelo antigo continente" e o escritor e mestre de capoeira Sidney Santos de Jesus, com o livro "As aventuras de Besouro Mangangá". Com uma visão afrocentrada, a editora Eiros vai compondo seu portifólio. Livros que encantam as crianças, que fortalecem o repertório cultural contra o preconceito e o racismo. Publicações que apoiam os professores em atendimento aos requisitos e demandas das crianças. Livros que fortalecem a História do Brasil. Livros que afirmam identidade. Que conectam o Brasil com as Áfricas. Que instigam a superação das "pedras no caminho" como já poetizava Carlos Drummond.
Neste mesmo período, por onde os tempos findam o inverno, e as flores iniciam os princípios da primavera, o Prof. Dr. Odair Marques da Silva também oferece mais um fruto, após uma instigante revisão, o lançamento da 2a. Edição do "Atlas Geocultural da África, agora com a bandeira de cada país, com a atualização de dados populacionais, com a inclusão das datas de independência de cada país e algumas outras curiosidades nobres sobre os países africanos. Quem ama a África há de apreciar!

quinta-feira, 31 de agosto de 2023

Mostra Cultural Afrofuturista retorna à Campinas

Mostra Cultural Afrofuturista retorna à Campinas

A exposição estará instalada no Museu da Cidade, “Casa de Vidro”, localizada no Lago do Café, lindo parque ecológico ao lado do parque “Lagoa do Taquaral”.

De maneira instigante, a temática África ocupa, cada vez mais, espaços nas agendas e conteúdos curriculares escolares. Compondo relações nas práticas da transdisciplinaridade, interagindo com as questões ambientais e climáticas, às ODS, às leis 10.639/03 e 11.845/08, a internacionalização da educação, a ampliação dos repertórios culturais dos estudantes e docentes, tanto que questões sobre o continente africano temática estão aumentando em avaliações como ENEN e vestibulares.

A mostra é composta de um acervo de obras de artes africanas, a compor pinturas, artes-manuais, esculturas, modas, fotografias, mini vídeos, palestras, oficinas para crianças, entre outras, perpassando as leituras pedagógicas e culturais, do tradicional ao popular, da memória histórica ao olhar para uma perspectiva do contemporâneo e afrifuturista, relacionadas ao continente africano e suas relações com a brasilidade, sob a curadoria do Prof. Dr. Odair Marques da Silva, autor dos livros “Atlas Geocultural da África” e “África: um passeio pelo antigo continente”. Através de agendamentos, o Museu oferecerá recepções às turmas de escolas públicas e privadas, as quais terão acompanhamento de monitores universitários. O evento é um subsídio interessante aos projetos pedagógicos escolares e universitários, também a considerar o momento atual, por onde universidades, governos, empresas e a diplomacia brasileira estão desempenhando iniciativas em valorização de embaixadas, consulados, negócios e intercâmbios com países em África.

Serviço de visitação:

Museu da Cidade. Av Dr Heitor Penteado, 2145. Parque Taquaral. Parceria da Prefeitura Municipal de Campinas, através da Secretaria Municipal de Educação e Secretaria Municipal de Cultura. Período: 02 a 28/10 - 2023 Agendamentos: museudacidade@campinas.sp.gov.br, (19) 3733-7556

https://portal.campinas.sp.gov.br/secretaria/cultura-e-turismo/pagina/museu-da-cidade

obs: é possível agendamentos especiais no período da noite, para grupos escolares, sob consulta.

Consulte mostras anteriores em: https://atlasgeoculturalafricaatual.com/index.php/mostra-cultural-afrofuturista/