Mostrando postagens com marcador África. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador África. Mostrar todas as postagens

segunda-feira, 13 de abril de 2020

Makerere University e o Coronavirus

A Universidade Makerere, em Uganda, reserva o mérito de estar entre as melhores em África.
Atua principalmente nas áreas das Ciências Sociais, Agricultura, Tecnologia e Medicina.
Suas pesquisas em apoio as esforços relacionados ao Coronavirus possuem referência internacional.
Conheça esses estudos e a universidade através do site: https://www.mak.ac.ug/https://www.mak.ac.ug/





 

sexta-feira, 10 de abril de 2020

Tempo de pascoa: Maior basílica católica do mundo.
Basílica de Nossa Senhora da Paz de Yamoussoukro. Situada na Costa do Marfim.
Santo Agostinho ou Agostinho de Hipona, é africano, de Argélia. Filósofo, bispo e teólogo, desenvolve imensa produção literária. Uma de suas frases :
“Mesmo que tu já tenha feito uma longa caminhada, há sempre um caminho a fazer”. (www.africaatual.com.br)

sexta-feira, 17 de maio de 2013

Semana África e Diáspora da Unicamp (20 a 24 de maio de 2013)


20/05/2013 - Segunda-feira. Projeto Afreaka - Lado Cool e descolado da
África. Flora Pereira da Silva e Natan de Aquino Giuliano.
21/05/2013 - A Primavera Árabe e as influências no continente africano. -
Prof. Dr. Mohamed Habib (IB). Os dilemas da sociedade egípcia reinventados
em “O Edifício Yacubian” – MSc. Anselma Garcia de Sales (APN-Mocambo
Campinas).
22/05/2013 - Convênio Técnico de Cooperação Internacional entre Hospital
Josina Machel (Luanda - Angola) e a Unicamp, extensível ao MInSA (Angola).
Dr. Pio do Amaral Gourgel e Dr. Oscar Alfredo Paulo.
23/05/2013 - Crowdfunding e as Entidades Negras - Silvana Santos (Soul
Social Ideias e Projetos) e David Campos (Liga Humanitária de
Assistência Afrobrasileira).
24/05/2013 - Sofrimento psíquico e a questão racial - Cinthia Vilas Boas
(ITCP) - Lançamento da Campanha "É Racismo. Não é mal entendido." Carlos
Roberto de Oliveira (Câmara Municipal de Campinas).
Horário: 14h00 - 15h30
Local: Espaço Cultural Casa do Lago
Comidas Típicas Africanas e afrobrasileiras no O CAFÉ CULTURAL CASA DO LAGO
Confira em: http://www.tatibuffet.wordpress.com/

Realização: Fórum de Integração Cultural Afrobrasileira - CAC -PREAC -
Unicamp

sexta-feira, 5 de outubro de 2012

No Brasil, a pobreza tem cor


O sempre mestre e sempre saudoso Evandro Lins e Silva lembrava-me a força de bisturi da lógica de Anatole France desmontando o igualitarismo farisaico do direito liberal:

Roberto Amaral

“Em sua igualdade majestática a lei proíbe tanto ao rico quanto ao pobre dormir embaixo da ponte, esmolar nas ruas e furtar pão”.

Os dois mestres e a sentença genial me vêm a propósito de telefonema de prezada amiga e leitora, que me interpela pedindo justificativa para as políticas de afirmação positiva:

“Se somos todos iguais, não seria uma discriminação contra os outros, o privilégio dado aos negros no acesso à universidade?”

Ora, não somos iguais, e uma das maiores farsas do direito de classe é a afirmação, consagrada nas chamadas constituições democráticas, de que ‘todos são iguais perante a lei’, que só poderia ser aceita como projeto de uma sociedade igualitária. Numa sociedade de classes, como a brasileira, essa ‘igualdade’ formal, tomada ao pé da letra, significa simplesmente a manutenção das desigualdades e o aprofundamento da dominação dos pobres. Na verdade, somos desiguais (uns mais fracos outros mais poderosos, uns mais aquinhoados outros menos aquinhoados, uns ricos outros pobres – e, outros, miseráveis), e, por isso, a igualdade só se busca quando os diferentes são tratados de forma diferenciada.
A formulação marxiana – ‘De cada um de acordo com suas possibilidades, a cada um de acordo com suas necessidades’ – parece-me a mais correta e a única de corte humanista. Não pode o Estado cobrar de todos os mesmos deveres, nem oferecer a todos os mesmos direitos, pois, dos poderosos, dos ricos, incumbe-lhe cobrar mais e aos mais fracos, aos mais pobres, oferecer mais (porque deles, tomou e toma mais).

Toma mais dos pobres, também, porque a estrutura tributária é injusta: penaliza o salário e protege o rendimento financeiro.

Mas, observe-se que, se a maioria da população legitimar um Estado que de pronto consagre a desigualdade absoluta entre seus súditos, legitimará a Pretória do Apartheid, legitimará o statu dos dalits, intocáveis, seres inferiores para 60% da população indiana. No mundo do homem, é desafio buscar a igualdade na desigualdade.

É farsa dizer que o filho do pobre, já inferiorizado em todos os sentidos por ser pobre e arcar com todas as consequências daí resultantes (moradia precária, má alimentação, baixa escolaridade familiar etc.), que frequenta nossas péssimas escolas públicas de ensino básico, fundamental e médio (quando delas não é afastado para contribuir na composição do salário familiar), desaparelhadas propositalmente desde os primeiros governos militares, é farsa dizer, repita-se, que esse filho do pobre tem, no vestibular de acesso ao ensino superior (e o vestibular já é em si uma consagração da diferença) as mesmas oportunidades do rebento da classe média alta, que estuda em escolas privadas e caras, equipadas com laboratórios e bibliotecas, com acesso ao “cursinho”, a estudo particular de línguas e a viagens internacionais de intercâmbio – e, com tudo isso e por tudo isso (acrescente-se à lista a rede de contatos, importantíssima na nossa cultura do favor), ingressa no mercado de trabalho muito mais tarde e com preparo incomparável, numa disputa com só os seus pares.

O Estado (os teóricos do reacionarismo não são burros) quando destrói a opção da escola pública, abastardando sua qualidade, está conscientemente desaparelhando o pobre na disputa do mercado de trabalho e impedindo sua ascensão social e a conquista da cidadania, pois mercado e cidadania são reservados aos ‘mais iguais’, os filhos da classe média alta. Quando o Estado põe esse pobre e esse rico “em igualdade de condições” na disputa do que quer que seja, mas principalmente na disputa de uma vaga na universidade pública, está punindo o pobre. E quando digo o pobre, refiro-me, principalmente, aos negros, porque no Brasil a pobreza tem cor. À nossa dívida pela discriminação econômica, soma-se, como elemento ético, a dívida impagável de brancos e escravocratas.

Quando destrói a escola pública, o Estado reacionário decide dificultar o acesso do pobre à escola universitária pública, gratuita e de boa qualidade, e ao fazê-lo procura reservá-la àqueles que puderam frequentar cursos preparatórios de qualidade. A decisão da sociedade de classes é essa: aos pobres a formação secundária de baixa qualidade que não os capacita nem para o vestibular da universidade pública nem para o mercado de trabalho, cada vez mais exigente; aos ricos a escola universitária de qualidade, a carreira universitária, a pesquisa, as grandes clínicas e os grandes escritórios, enfim, a reprodução do poder e da dominação. É ou não é um sistema de cotas às avessas?

As universidades públicas, sejam estaduais, sejam federais – por exemplo, a USP, a Unicamp, a UFRJ e outras que tais – são, a rigor, as únicas que oferecem, na área técnica, laboratório, pesquisa e, quase sempre, bolsas de iniciação científica, custeadas, é evidente, ora pelo CNPq, ora pela Finep, ora pela Fundação de Amparo à Pesquisa do respectivo estado. Aliás, as universidades públicas são responsáveis por algo como 80% dos cursos (respeitáveis) da área técnica, como as engenharias em geral, medicina, física etc. 
Por todas essas razões, seus vestibulares são os mais procurados, e, por serem os mais procurados, os mais difíceis. Ou seja, são acessíveis apenas aos vestibulandos mais bem formados, filhos da classe média, de média para alta. Com esses jovens evidentemente não podem concorrer os pobres egressos da escola pública secundária, de baixíssima qualidade, restando-lhes as inumeráveis espeluncas espalhadas pelas esquinas como os botequins, que estão, no país inteiro, há décadas, imprimindo diplomas de ensino superior sem serventia no mercado competitivo.

Mas quais são os cursos que lhes são reservados, aos pobres, na escola privada? Os técnicos? Não. Esses são caros e o ensino privado é um ramo da atividade comercial, que persegue o lucro (já há dessas empresas com ações em bolsa!). Aos pobres são destinados os cursos que não requerem laboratórios nem professores de tempo integral, que podem ser dados em salas com mais de 50/60 alunos, cuja didática depende exclusivamente de exposições do professor mal-remunerado correndo de uma escola para outra, de uma aula para outra, para assegurar o salário mensal. 
Depois de quatro anos de ‘estudos’ e muitas mensalidades e matrículas pagas pelo esforço familiar, o jovem pobre sai da ‘faculdade’ com um canudo de advogado, de jornalista, de assistente social, disso ou daquilo, e volta para seu empreguinho de origem, no comércio, na indústria, onde puder. Doutor de canudo, anel, foto e festa de formatura, mas sem qualificação e sem mercado. Enquanto isso, seu colega (de geração) que conclui também o curso, mas ou na universidade pública ou numa PUC, já se prepara, com bolsa, para o mestrado, já pensando no doutorado no exterior. Ou já sai empregado, quando não começa a trabalhar nos últimos semestres. Cedo, recomendado pela verdadeira grife que é o só nome de sua escola, já terá conhecido os primeiros estágios profissionais.

É o ensino na sociedade de classes.

A política de cotas visa a reduzir essa injustiça. Os reacionários de todos os quadrantes bradam que isso quebrará o ‘alto’ padrão do ensino. A realidade – como sempre ela! – os desmente. Os egressos da política de cotas e de programas como o Pró-UNI têm-se revelado, no geral, excelentes alunos.

Link original da matéria

Artigo sobre "Cotas da Igualdade"

Cotas da igualdade

  Debate sobre as cotas raciais nas universidades brasileiras trouxe de volta velhos clichês como a suposta “democracia racial” brasileira e o reducionismo econômico, que insiste em negar a diferença de tratamento entre brancos e negros da mesma classe social   

Por Túlio Vianna
 
De todas as ficções com as quais o sistema capitalista se legitima, a mais hipócrita delas é a da igualdade de oportunidades. A meritocracia é uma ficção que só se realizaria se não houvesse heranças. No mundo real, ninguém começa a vida do zero; somos herdeiros não só do patrimônio, mas da cultura e da rede de relacionamentos de nossos pais. Alguns já nascem na pole position, com os melhores carros; outros se digladiam na última fila de largada em calhambeques não muito competitivos. 
Quem é o melhor? O piloto que vence a corrida largando na pole position e com o melhor carro ou aquele que largou em último e chega com seu calhambeque em segundo lugar? Quem tem mais mérito? O candidato que estudou a vida inteira em excelentes escolas particulares e passou em primeiro lugar no vestibular ou aquele que passou em último, tendo estudado somente em escolas públicas, enquanto trabalhava oito horas por dia para ajudar seus pais?
As cotas universitárias não foram criadas para coitadinhos. Elas existem para vencedores. Para alunos que são tão brilhantes que, mesmo correndo durante 17 anos em calhambeques, ainda conseguem chegar próximos daqueles que dirigem os melhores carros. Para quem, contrariando todas as expectativas, venceu o sistema que lhe negou as oportunidades necessárias para que seu talento florescesse em plenitude. As cotas são um mecanismo para privilegiar o mérito pessoal em detrimento da condição social como critério de seleção.
É relativamente fácil perceber como a desigualdade econômica afeta o desempenho acadêmico dos candidatos ao vestibular. Mesmo quem nunca foi pobre consegue imaginar as dificuldades de alguém que estudou em uma escola fraca, sem dinheiro para comprar material escolar e tendo que trabalhar para ajudar nas despesas da casa. Difícil mesmo é um branco perceber como a desigualdade racial dificulta o ingresso de um negro na universidade.
O racismo no Brasil é comumente negado com base em duas ideologias complementares: o “mito da democracia racial” e o reducionismo econômico. A primeira nega, contra todas as evidências fáticas, a existência da discriminação racial brasileira; a segunda reconhece o tratamento desigual, mas atribui sua causa à desigualdade econômica. Juntas, estas duas ideologias fundamentam um argumento recorrente de que o negro seria discriminado no Brasil não pela cor de sua pele, mas por sua pobreza. 
Democracia racial
O mito da democracia racial brasileira, como todo mito que se preze, tem suas origens incertas. Muitos atribuem sua gênese à obra magna de Gilberto Freyre, Casa-grande & Senzala (1933), ainda que a expressão não conste expressamente no livro e só tenha sido usada por Freyre muito mais tarde, sob influência de outros intelectuais. Fato é que, independentemente do pensamento ou da vontade de Freyre, sua obra foi interpretada por muitos como a prova cabal de que as relações entre brancos e negros no Brasil se deram de forma muito mais cordial do que na América do Norte, até em função da miscigenação ocorrida por aqui, o que explicaria a suposta democracia racial existente no Brasil.
E foi com base nesta ideologia da democracia racial que o senador Demóstenes Torres (DEM-GO) defendeu a ação de Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) nº 186, com a qual o seu partido requereu ao Supremo Tribunal Federal (STF) que declarasse inconstitucional o sistema de cotas raciais nos vestibulares brasileiros. Em audiência pública ocorrida no STF em 3 de março de 2010, o senador afirmou: "Nós temos uma história tão bonita de miscigenação... (Fala-se que) as negras foram estupradas no Brasil. (Fala-se que) a miscigenação deu-se no Brasil pelo estupro. (Fala-se que) foi algo forçado. Gilberto Freyre, que é hoje renegado, mostra que isso se deu de forma muito mais consensual."
Esta visão romanceada da escravidão no Brasil, que foi duramente criticada por Florestan Fernandes e seus colegas da USP em minuciosos estudos realizados a partir da década de 1950, ainda hoje encontra seus adeptos, não obstante seu visível anacronismo. A ditadura militar brasileira – que aposentou compulsoriamente Florestan em 1969 – esforçou-se para garantir uma sobrevida à ideologia da democracia racial, incutindo na população a ideia de que não há racismo no Brasil. 
Os números do Relatório Anual das Desigualdades Raciais no Brasil 2007-2008, porém, mostram uma realidade bastante diferente da propagada pela ideologia da democracia racial. O IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) de pretos e pardos no Brasil é de 0,753; o de brancos é de 0,838. Dos 513 deputados eleitos em 2006, apenas 11 eram pretos e 35 pardos. No início de 2007, dos 81 senadores 76 eram brancos, enquanto somente 4 eram pardos e 1 preto. Dos 68 juízes dos Tribunais Superiores, apenas dois foram identificados como pretos e dois como amarelos, sendo todos os demais brancos. 
No ensino superior a democracia racial é uma ficção. Em 2006, um em cada cinco brancos em idade esperada para ingressar no ensino superior estava na universidade, enquanto 93,7% dos pretos e pardos na mesma faixa etária estavam excluídos do ensino superior público ou privado. 
No corpo docente das universidades brasileiras a situação é ainda pior. Um estudo do professor de Antropologia da Universidade de Brasília (UNB) José Jorge de Carvalho avaliou 12 das principais universidades brasileiras e constatou que o número de professores negros (pretos e pardos) não chega sequer a 1%. Dos 4.705 professores da Universidade de São Paulo (USP) no período avaliado, apenas 5 (0,1%) eram negros. Na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), dos 2.700 professores, 20 (0,7%) eram negros. Das instituições pesquisadas, a com maior pluralismo racial do corpo docente foi a UNB, na qual, dentre 1.500 professores, havia 15 (1%) negros.
Reducionismo econômico
Na impossibilidade de negar os números que indicam claramente a discriminação racial no Brasil, os adeptos da ideologia da democracia racial procuram justificar as desigualdades apontando como causa da discriminação não a etnia, mas a condição econômica dos negros, na média bastante inferior à dos brancos. Este argumento tem seduzido, inclusive, muita gente de esquerda que, em uma leitura ortodoxa do marxismo, entende que todo conflito social pode ser reduzido a um conflito de classes.
Uma análise mais atenta da realidade social, porém, constata que, para além do poder econômico que impõe a dominação de ricos sobre pobres, há também micropoderes que impõem relações de dominação em função de outras diferenças sociais, tais como as existentes entre brancos e negros, homens e mulheres, heterossexuais e homossexuais, nacionais e estrangeiros e tantas outras.
É tentador imaginar que um estudante negro que estudou toda a vida na mesma sala de aula de um colega branco, com renda familiar semelhante, tenha a mesma chance que ele de ingressar em uma universidade. Na vida real, porém, as dificuldades do estudante negro são sempre maiores.
Ainda que tanto o estudante negro quanto o branco assistam às mesmas aulas e estudem pelos mesmos livros, este é apenas um aspecto muito reduzido de sua formação. A criança e o adolescente refletirão boa parte das expectativas que seus pais, professores e colegas depositam nele. Se o aluno branco é visto por seus professores como “brilhante” e o negro como “esforçado”, esta diferença acumulada durante mais de 10 anos de estudos resultará em níveis de autoconfiança bastante diferentes. 
O negro já entra na escola com um menor status social perante seus colegas e isso lhe será relembrado durante todo o período escolar, desde os apelidos que lhe serão dados até o eventual desafio de um namoro interracial na adolescência. Se precisar trabalhar para ajudar nas despesas de casa, o adolescente negro terá maiores dificuldades em ser aceito em um emprego do que o adolescente branco, ganhará menos e exercerá piores funções. Haverá uma probabilidade muito maior de que os adolescentes negros sejam abordados e revistados pela polícia do que o mesmo ocorrer com seus colegas brancos; aqueles terão sempre seguranças seguindo seus passos em shoppings centers e boates. As revistas e os programas de TV lhe lembrarão o tempo todo que suas chances de ascensão social se resumem a ser um exímio jogador de futebol ou uma sambista destinada a ser símbolo sexual somente durante o carnaval. 
Se o adolescente branco tem como desafio vencer a pobreza para passar no vestibular, o adolescente negro, além da pobreza, precisará vencer o preconceito. Precisará ir além da expectativa social que lhe atribuiu um lugar na sociedade que ele não quer ocupar. E isso, muitas vezes, é bem mais difícil do que simplesmente aprender a matéria que cai na prova.
Não se trata de uma mera dominação econômica de uma classe sobre outra, mas de uma dominação cultural que durante séculos incutiu no inconsciente coletivo a imagem do negro como raça inferior. As cotas raciais a médio e longo prazo permitirão que mais e mais negros sejam vistos no mercado de trabalho como profissionais de sucesso, alterando as expectativas sociais que são atribuídas aos jovens negros. 
Quando os cirurgiões e os juízes negros deixarem de ser confundidos com pacientes e réus, não precisaremos mais de cotas. Até lá, as cotas raciais cumprirão não só o papel de promoção da igualdade racial, mas principalmente farão justiça com o estudante negro que enfrentou tantos percalços na sociedade racista em que vive. Reconhecerão o mérito de quem desafiou todas as expectativas sociais em contrário e continuou estudando para ingressar em uma universidade. O mérito de quem teima em ser um vencedor. 

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Onde investir na educação dos jovens da periferia?

Motivar os jovens da periferia a formarem-se nos cursos onde o governo do Brasill  esta investindo e onde há carências da sociedade e do mercado.  É uma ótima oportunidades para jovens negros e negras...

Em iniciativa financiada pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), a Brasscom lançou o portal Brasil Mais TI, voltado para estudantes e profissionais de Tecnologia da Informação (TI). O projeto, que contou com investimentos de R$ 1,4 milhão, faz parte do Programa Estratégico de Software e Serviços de TI do Governo Federal, anunciado ontem pelo Ministro Marco Antonio Raupp. O portal oferecerá capacitação profissional e vagas de trabalho, contribuindo para a inserção social e a redução do déficit de mão de obra qualificada no setor. (http://br.educacao.yahoo.net/conteudo.aspx?titulo=Projeto+vai+formar+e+dar+emprego+para+10.000+programadores+por+ano)



Pesquisa realizada pela Michael Page, grupo líder em recrutamento especializado de profissionais em todo o mundo, revelou que as áreas de comunicação e gestão estarão em alta nos próximos anos. Segundo o estudo, realizado em cinco países, sete cargos prometem ser as profissões do futuro: Gerente de Marketing Online, Gerente de Treinamento do Varejo, Gerente de Identidade Visual, Gerente de Comunidade, Gestor de Reestruturação, Gerente de Projetos e Gerente de Relações Governamentais.


Para o presidente da Michael Page no Brasil, Paulo Pontes, as profissões exigem especialização e atendem a demandas atuais e futuras. As profissões caracterizam-se por atividades que nasceram para suprir as necessidades de um mercado em constante transformação. A remuneração para os cargos varia entre R$ 7 mil, para Gerente de Comunidade, e pode chegar até R$ 45 mil, para Gerente de Relações Governamentais. O estudo foi feito nos Estados Unidos, França, Inglaterra, Alemanha e Brasil.

Saiba mais sobre cada profissão:http://br.educacao.yahoo.net/conteudo.aspx?titulo=Conhe%C3%A7a+7+carreiras+em+ascens%C3%A3o+no+mercado+de+trabalho  

quarta-feira, 16 de maio de 2012

A África Portuguesa e o Mundo Altântico

Cecult organiza workshop "A África Portuguesa e o Mundo Altântico" No dia 18 de maio, às 14 horas, o Centro de Pesquisa em História Social da Cultura (Cecult) do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas (IFCH) promove o workshop "A África Portuguesa e o Mundo Altântico: pesquisas em andamento". Será ministrado por Luís Frederico Dias Antunes e Vitor Luís Pinto Gaspar da Conceição Rodrigues, do Instituto de Investigação Científica Tropical de Lisboa. O evento ocorre na sala de Projeções do IFCH. Mais informações: 19-3521-1678.

sexta-feira, 15 de julho de 2011

Juventude Afrodescendente

Cúpula Mundial de Juventude Afrodescendente recebe inscrições
16/02/2011 (para arquivo)

No ano passado, a Organização das Nações Unidas declarou 2011 como o "Ano Internacional da Juventude", sob o tema "Diálogo e entendimento mútuo”. Como este também é o Ano Internacional dos Afrodescendentes, o Círculo de Juventude Afrodescendente das Américas, com apoio da Associação Projeto Caribe, da Costa Rica, resolveram promover a primeira Cúpula Mundial de Juventude Afrodescendente. O evento acontecerá entre os dias 13 e 17 de junho deste ano, em San José, na Costa Rica.



Os jovens interessados em participar do encontro têm até o dia 28 deste mês para se inscreverem. O formulário de inscrição pode ser acessado neste link. Depois de preenchido, o formulário deve ser enviado para o e-mail: cumbre@proyectocaribe.org.

Serão selecionados, entre os inscritos, 200 jovens afrodescendentes, provenientes dos diversos países das Américas, Caribe, Europa, Ásia, Oceania e jovens do continente africano.

Para participar é necessário ter entre 18 e 35 anos, ser jovem ativista e líder afrodescendente, pertencer à organizações da sociedade civil, movimento afrodescendente ou outros movimentos sociais. A organização do evento fornecerá hospedagem, alimentação e transporte interno dos participantes.



O encontro
A Cúpula será um espaço de diálogo para a análise dos avanços, oportunidades e desafios que envolvem o desenvolvimento integral da juventude, e também um meio para a troca de experiências. O objetivo é fortalecer a articulação política dos jovens afrodescendentes em nível mundial, como estratégia de diminuição das desigualdades.

De acordo com estatísticas, a população afrodescendente apresenta os indicadores mais altos de exclusão social. Por isso, o encontro tem como meta intensificar as políticas nacionais e a cooperação regional e internacional em benefício dos direitos dos afrodescendentes, além de promover sua participação política e social nas diversas esferas da sociedade.

É esperado que a Cúpula dos jovens afrodescendentes possa ajudar a definir alianças estratégicas e oportunidades de cooperação, sobretudo em temas de relevância para essa população, como a luta contra o racismo e a discriminação racial, e a inclusão desta população nos espaços de tomada de decisão política.

Esse movimento indica a construção de um novo papel para as juventudes afrodescendentes, que visa de modo participativo, construir um novo panorama social para a juventude, valorizando as diferenças e superando as desigualdades.

Mais informações pelo blog: http://www.cumjuva.blogspot.com/.

Pé na África

A
Rede Social de Amigos do Centro Cultural Africano

Convidamos a todos para assitirem o programa Pé na África que tem como ancora o nosso conselheiro Bukassa, o programa que irá ao ar nesta segunda-feira foi gravado no Centro Cultural Africana durante a Feijoada do CCA , uma parceria entre o Centro Cultural Africano e a TV Mundi (canal via web) desde Dezembro 2010 ( gravado mensalmente no CCA)

Programa: Pé na África
Data: 07 de Março 2011
Horario: 20:00 as 20:30H
Site: http://radiomundi.com.br/ ( o site da TV Mundi esta em reformulação, porisso esta locado na Radio Mundi do mesmo grupo)

Entrevistados:
- Otunba Adekunle Aderonmu - Diretor Presidente do CCA
- Sra. Elizabeth Fonseca Aka - Diretora de Eventos
- Sra. Solange Ferreira - Diretora Artistica
- Naninha - cantor convidado
- Sra. Shirley - Diretora Presidente Associação Mães e Pais do Tribunal da Justiça

Ludo
Diretora de Projetos
Centro Cultural Africano
11-3392-7228/5291 ou 7764-5869
118*16375
Skype: centroculturalafricano