Especialistas abordam relações de trabalho em encontro da Abet na Unicamp
As relações do trabalho, a precarização, a qualificação profissional, a informalidade e a reconfiguração do trabalho serão alguns dos temas do momento que serão tratados em profundidade na Unicamp, durante o XI Encontro Nacional da Abet: A Crise Mundial e os Dilemas do Trabalho. O evento, organizado pela Associação Brasileira de Estudos do Trabalho (Abet) e que tem como apoiadores o Instituto de Economia (IE), a Faculdade de Educação (FE) e o Instituto de Filosofia e Ciências Humanas (IFCH), acontece de 25 de setembro a 1º de outubro. A pré-abertura do Encontro acontece no auditório do IE no dia 25, às 14 horas, e contará com a presença do conferencista Robert Castel, sociólogo e pesquisador francês destacado, autor dos livros A Metamorfose da Questão Social e Incerteza. Ele falará a respeito da crise do trabalho no capitalismo contemporâneo.
A programação oficial do XI Encontro inicia no dia 28 com o debate “Cinema e trabalho” às 14 horas, com as participações dos professores Beto Novais (UFRJ) e Giovanni Alves (Unesp), na coordenação. Segue uma discussão, às 15h30, sobre as experiências de articulação nas universidades com movimentos de trabalhadores organizados. A conferência “A crise mundial e os dilemas do trabalho” será proferida às 19 horas pelo professor da casa, Luiz Gonzaga Belluzzo, e pela professora da USP, Maria Cristina Caccimali.
No dia 29 serão seis mesas-redondas, sendo três, às 10h30, sobre a crise econômica recente e seu impacto sobre o mercado e as políticas públicas; o debate sindical e as respostas à crise atual; e o trabalho, emprego e o mercado de trabalho rural. Às 16h30, ocorrem as mesas-redondas tendências e perspectivas das relações e o trabalho; o trabalho e relações sociais de gênero; meio ambiente e emprego verde, tendo como debatedor o especialista alemão Elmar Altvater. Às 18h30 é realizado um grande painel: crise e trabalho no contexto internacional, coordenado por Liana Carleial (Ipea) e tendo como debatedores Raymond Torres (OIT/Genebra) e Frederic Lee. As mesas-redondas serão antecedidas pelas sessões temáticas (às 8h15 e às 14 horas).
No dia 30, em três mesas-redondas serão esmiuçados questões sobre o trabalho e a crise no contexto internacional, as perspectivas de crescimento da economia e a intensificação do trabalho e saúde, às 10h30. Outro grande painel (Os atores sociais e as respostas à crise) está previsto para as 16 horas, com painelistas da Fiesp, CNI, Sebrae, CUT, Força Sindical, UGT, Conlutas e CTB. Às 16h30, realiza-se um encontro da rede de pesquisadores do trabalho, com associações de pesquisadores e centros de pesquisa na área do trabalho. Às 19 horas acontece a Assembléia da Abet.
No dia 1º encerra-se o XI Encontro. A pauta do dia conta com três mesas-redondas: ressignificação do trabalho, a crise econômica recente e seu impacto sobre o mercado; as políticas públicas de trabalho II: respostas possíveis no âmbito das políticas públicas e do Estado; desafios para um sistema integrado de previdência social e assistência social. Nesta segunda mesa-redonda participa o economista da Unicamp, Márcio Pochmann, atualmente trabalhando no Ipea. Na parte da tarde, o derradeiro painel aboda as perspectivas e agenda do trabalho no Brasil, coordenado pelo diretor do IE da Unicamp. Mariano Laplane e que terá como expositores Maria da Conceição Tavares (UFRJ), Nadya Araújo Guimarães (USP) e Sônia Rocha (IETS). Às 18 horas, o presidente da Abet.
Dari Krein lembra que a Unicamp tem várias iniciativas na área das relações do trabalho, como o Centro de Estudos Sindicais (Cesit) do IE, o IFCH, a FE e o Arquivo Edgar Leuenroth, que acomoda o maior arquivo da memória sindical do Brasil.
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