Oficina em sala de aula para produção de vídeo.
Memória de atividade, realizada em 02-junho-2008 (resenha inicial ).
Sala de aula de 2º ano. Período da tarde. EMEF Pq. dos Pinheiros - Hortolândia/SP
PROJETO TIME (www.nied.unicamp.br/time).
Participantes: Odair, Profa. Janira, Profa. Eliane, alunos da classe.
(O estagiário da escola ficou um pouco na sala gravando)
Objetivo: estimular os alunos a construir um roteiro de vídeo, a partir de suas memórias. Refletindo sobre a visita de campo realizada no entorno da escola, das pesquisas realizadas em suas residências e das atividades anteriores realizadas em sala de aula.
Seqüência da oficina de criatividade realizada em sala de aula.
Criação de personagens (profa Janira)
Criação de diálogos em função dos personagens
(Odair, com apoio das Profas Janira e Eliane)
Concepção de figurinos (Odair)
Exercício de contar histórias (Odair, com apoio das profas Janira e Eliane)
Roda de conversa sobre a construção de uma história (Odair)
Avaliação coletiva (Odair)
Descrição
Criação de personagens
Exposição sobre o que é um personagem, e de forma coletiva, os participantes criam dois personagens, geram nomes e descrevem suas características.
Criação de diálogos
As crianças são divididas em cinco grupos, com cerca de 5 participantes cada.
São estimuladas a criarem dois personagens por grupo e construírem um pequeno diálogo entre os dois, que posteriormente será apresentado sob a forma de um pequeno teatro de marotes.
Concepção de figurinos
É apresentado o conceito de figurino.
As crianças exercitam e visualizam que o mesmo personagem (boneco), em figurinos diferentes assume papéis diferentes.
Visualizam uma índia, uma pessoa do campo, uma vovó, um garoto de hip hop, entre outros.
Este exercício estimula a imaginação e permite uma reflexão posterior sobre a temática do preconceito. Isto é, uma pessoa com uma roupa diferente (estereótipo) é visualizada pela sociedade de formas diferentes. Mas é a mesma pessoa.
Contar as histórias
Cada grupo apresenta sua história para os outros da sala.
Em cada apresentação são experimentadas técnicas do contar a história e da manipulação de marote como:
- o tom de voz (para que todos ouçam) (Questões de timidez?)
- a posição da mão (olhar para cima, olhar para a sala, movimento da mão em função da voz)
- O marote ao lado do manipulador, o marote atrás de um biombo onde não se vê o manipulador, a expressão de uma emoção a partir da gesticulação.
Roda de conversa sobre a construção de uma história
Utilizou-se uma música (Ode ao bicho de pé, de Daniela Rezende – do CD “Em práticas” produzido pela VISARTE – alunos do IA-UNICAMP) para que os participantes refletissem sobre os três elementos básicos de uma história: início, meio e fim.
Após, há uma tentativa de visualizar o roteiro do vídeo com os alunos.
Neste momento, já havíamos realizados cerca de três horas de atividades com os alunos e estes manifestavam desgaste.
Vários deram sugestão sobre o inicio da história-roteiro, mas não se conseguiu avaliar atividades de meio e finalização.
Avaliação coletiva
Primeira tentativa de diálogo em forma de roda.
Houve no início um bom retorno, mas minutos após apresentou-se uma desconcentração, excesso de conversas paralelas e algumas levantava para desenvolver outras atividades.
Optou-se por desfazer a roda, arrumar as carteiras, e reiniciar a conversa em forma de sala de aula tradicional.
As crianças manifestaram que gostaram da formatação da atividade.
Que gostariam que se realizasse o mesmo no dia seguinte.
Apresentamos o projeto de gravação do vídeo na sexta-feira e como seria:
Sair do ambiente escolar, de ônibus. A alegria foi contagiante.
Questões de comportamento e atitude, no processo, foram avaliadas.
Um aluno perguntou, observando:
- “meus pais vão ver a bagunça da classe no vídeo?”
quando comentávamos sobre a indisciplina.
Material utilizado:
3 marotes, vários itens de figurino, um CD de música. Giz e lousa, Papéis e lápis.
Toda a atividade foi registrada em vídeo e em fotos.
Avaliação pessoal:
Metodologicamente construímos o conteúdo a partir do conhecimento e da cultura dos participantes, estimulados por elementos da arte (marotes e música). Os problemas sociais foram apresentados através da temática do meio ambiente.
Problemas da comunidade local foram pesquisados e visualizados pelas crianças e no processo estas apresentam várias possibilidades de equacionamento ou minimização dos mesmos.
Houve tempo de escrita, de pesquisa de palavras no dicionário (como se escreve?), de reflexão sobre o diálogo (o tempo do ouvir e o tempo do falar), do exercício da palavra geradora (Paulo Freire) como estímulo a visão crítica da realidade local. Com a expansão para o global, pois o tema meio ambiente é a preocupação sobre o planeta.
Os alunos experimentaram o ato de manipular a câmera de vídeo e o ato de gravar parte das atividades, durante o processo.
A atividade foi ótima, rica em elementos do processo ensino-aprendizagem. Atendeu-se praticamente todos os objetivos propostos. A interação entre a equipe de educadores foi ótima, a resposta das crianças extremamente criativa. Todas participaram do processo.
3 comentários:
A construção do conhecimento se dá em várias etapas. O "contar histórias" é uma fonte riquíssima de aprendizado. Apoio integral para essas iniciativas de educadores comprometidos com a educação.
Gostei do jeito como você descreveu as atividades da Oficina de vídeo. E o importante é percebemos a importância da tecnologia e mídias intermediando o processo de aprendizam!
oi, fabio.
é isto mesmo...
hoje, com as novas tecnologias, o registro destes "contar histórias" pode modificar os indicadores de qualidade da educação no Brasil
Odair
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