terça-feira, 12 de abril de 2011

papel dos conselhos nas políticas públicas

Conselho Municipal de Saúde – Campinas
Integrando os segmentos para a construção de um bem comum
________________________________________

Gastão Wagner faz palestra na Unisal sobre o papel dos conselhos nas políticas públicas

Gastão Wgnaer, durante palestra na Unisal em que abordou o papel dos conselhos no controle social
“O Papel dos Conselhos nas Políticas Públicas” foi o tema da palestra proferida na manhã do último sábado, dia 28, no Centro Universitário Salesiano (Unisal) de Campinas, pelo médico e ex-secretário municipal de Saúde de Campinas, Gastão Wagner de Sousa Campos. Participaram, também, como debatedores, a professora do curso de Mestrado em Educação da Unisal de Americana, doutora Sueli Maria Passagno Caro, o professor e colaborador da Unisal Gabriel Lomba Santiago e a professora de Educação de Jovens e Adultos da Fundação Municipal para Educação Comunitária (Fumec), Noêmia de Carvalho Garrido.
Em sua fala, Gastão reforçou a importância da gestão compartilhada das instituições públicas pelos gestores, trabalhadores e usuários, assim como os avanços propiciados pelo caráter deliberativo dos conselhos municipais. No entender do ex-secretário, as instituições de controle social vão além do que se entende por centros de politização, “para se tornarem foro de reflexão social, espaços coletivos e terapêuticos onde a escola é contínua e onde os preconceitos podem ser derrubados”.
As barreiras impostas pelo neoliberalismo foram destacadas por Gastão como desafios a serem vencidos, principalmente, pela democratização de ações nas áreas de saúde e educação. “São campos onde o taylorismo, isto é, as padronizações que visam tão somente o rendimento da mão-de-obra, não funcionam, pois cada paciente, cada aluno, cada família, cada comunidade tem uma especificidade em que a mesma interferência não funciona. Daí a importância da criatividade e do diálogo entre todos os agentes envolvidos”, ressaltou.
O médico ainda lembrou que uma tarefa constante para os conselheiros que trabalham com políticas públicas é promover a “contaminação” de interesses que movem gestores, trabalhadores e usuários, uma vez que cada uma dessas partes defende sua própria facção. Gastão deu o exemplo do gestor que, além de ter que zelar pela sustentabilidade da organização, às vezes se depara com imprevistos que exigem decisões unilaterais. O trabalhador, por sua vez, conta com o corporativismo dos sindicatos e, por fim, no caso do usuário, suas demandas, em algumas situações, são pontuais, isoladas e exigem resolução imediata.
“Por isso é importante fortalecer a comunicação entre as partes para que ocorra essa contaminação de interesses. Mesmo porque – esclareceu Gastão – a cogestão reconhece esses três discursos e essas diferenças precisam ser colocadas na mesa de discussão”. Ao final, o palestrante respondeu perguntas dos debatedores, dos alunos de pós-graduação da Unisal e dos demais convidados.

Nenhum comentário: