O Auditório do IA recebe, às 19h30 do dia 09 de agosto, o show Transfigurações Brasileiras.
informações: www.iar.unicamp.br/ceprod
blog do Prof. Odair Marques da Silva (www.africaatual.com.br)
quarta-feira, 31 de agosto de 2011
terça-feira, 30 de agosto de 2011
Coral "Zíper na Boca" e Lançato de livro na Unicamp 01-set-2011
Na quinta-feira, 1 de setembro, o Coral Zíper na Boca estreia o concerto cênico “Queen Rhapsody”, com composições consagradas da Banda britânica Queen, especialmente arranjadas para coro, num espetáculo que une polifonia vocal à movimentação cênica. A apresentação do Zíper terá a regência da maestrina Vivian Nogueira e ocorrerá às 12:30 horas, na sala Multiuso do Espaço Cultural Casa do Lago, que fica à Rua Érico Veríssimo 1011. A direção cênica de “Queen Rhapsody” é assinada por Renan Vilela.
Ainda na quinta, às 17h30, na Sala Multiuso, será lançado o livro Semeando um Novo País – o terceiro setor e a responsabilidade socioambiental na construção de uma nova sociedade, de autoria de Milton Pereira. A publicação, que recebeu apoio do Grupo Gestor de Benefícios Sociais (GGBS), será distribuída aos participantes do evento, ocasião em que também será lançado o curso Gestão de Ong’s pela Escola de Extensão da Unicamp (Extecamp).
Mais informações pelo telefone 19-35217017 o e-mail casadolago@reitoria.unicamp.br
Ainda na quinta, às 17h30, na Sala Multiuso, será lançado o livro Semeando um Novo País – o terceiro setor e a responsabilidade socioambiental na construção de uma nova sociedade, de autoria de Milton Pereira. A publicação, que recebeu apoio do Grupo Gestor de Benefícios Sociais (GGBS), será distribuída aos participantes do evento, ocasião em que também será lançado o curso Gestão de Ong’s pela Escola de Extensão da Unicamp (Extecamp).
Mais informações pelo telefone 19-35217017 o e-mail casadolago@reitoria.unicamp.br
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Atividades para escolas,
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segunda-feira, 29 de agosto de 2011
Além da Adoção
Especialistas de várias áreas que oferecem suporte à prática legal da adoção estarão reunidos no seminário “Além da Adoção”, que acontece nesta segunda-feira (29), das 9h30 às 18 horas, no Teatro Eva Herz – avenida Paulista, 2073 (na Livraria Cultura do Conjunto Nacional), em São Paulo. O evento pretende discutir, principalmente, as iniciativas e políticas públicas voltadas para cerca de 20 mil crianças que se encontram num limbo existencial, à espera de uma adoção que dificilmente acontecerá, por conta de aspectos como cor, sexo, idade e presença de irmãos.
fonte:
http://www.unicamp.br/unicamp/divulgacao/2011/08/27/seminario-alem-da-adocao-discute-iniciativas-que-beneficiem-os-inadotaveis
fonte:
http://www.unicamp.br/unicamp/divulgacao/2011/08/27/seminario-alem-da-adocao-discute-iniciativas-que-beneficiem-os-inadotaveis
sexta-feira, 26 de agosto de 2011
Foruns Permanentes: Desafios do Magistério
Foruns Permanentes: Desafios do Magistério
Como era a Escola: Experiências de Preservação, Memória Escolar e Cultura Material
Dia 15/09, das 9h às 17h, no Auditório do Centro de Convenções da Unicamp
Realização: CIVILIS: Grupo de Estudos e Pesquisas em História da Educação, Cultura Escolar e Cidadania - FE/UNICAMP
Programação completa e INSCRIÇÕES ANTECIPADAS ONLINE:
http://foruns.bc.unicamp.br/magis/foruns_magis.php
Como era a Escola: Experiências de Preservação, Memória Escolar e Cultura Material
Dia 15/09, das 9h às 17h, no Auditório do Centro de Convenções da Unicamp
Realização: CIVILIS: Grupo de Estudos e Pesquisas em História da Educação, Cultura Escolar e Cidadania - FE/UNICAMP
Programação completa e INSCRIÇÕES ANTECIPADAS ONLINE:
http://foruns.bc.unicamp.br/magis/foruns_magis.php
terça-feira, 23 de agosto de 2011
Escolas: experiências democráticas contra vivências de violências
MESA REDONDA
Escolas: experiências democráticas contra vivências de violências
- Mariana Guimarâes Wrege: A experiência de Escolas Democráticas nacionais e internacionais
- Profa. Dra. Luciene Tognetta: Conceituando e refletindo sobre o fenômeno bullying: o que a escola precisa saber?
- Adriana Ramos: O ambiente sociomoral na escola: como intervir em situações de bullying?
Dia 25/08, às 14 horas, no Salão Nobre da FE.
Realiz.: Grupo de Estudos e Pesquisas em Educação Superior (GEPES)
www.fe.unicamp.br
fone: 3521.6565´
Site - http://www.fe.unicamp.br/gepes/
Escolas: experiências democráticas contra vivências de violências
- Mariana Guimarâes Wrege: A experiência de Escolas Democráticas nacionais e internacionais
- Profa. Dra. Luciene Tognetta: Conceituando e refletindo sobre o fenômeno bullying: o que a escola precisa saber?
- Adriana Ramos: O ambiente sociomoral na escola: como intervir em situações de bullying?
Dia 25/08, às 14 horas, no Salão Nobre da FE.
Realiz.: Grupo de Estudos e Pesquisas em Educação Superior (GEPES)
www.fe.unicamp.br
fone: 3521.6565´
Site - http://www.fe.unicamp.br/gepes/
segunda-feira, 22 de agosto de 2011
Os Geraldos sobe ao palco
O Grupo Os Geraldos sobe ao palco do Centro de Convivência Cultural Carlos Gomes, em Campinas, no dia 25 de agosto, às 20h30, para apresentar 'Hay Amor!', espetáculo que mistura teatro, dança, música e vídeo, com sensibilidade e humor, e evoca um desejo: que haja amor, sempre e por tudo.
O espetáculo é um dos sete que compõem a Mostra Tem Cena em Campinas, realizada na sala Luis Otávio Burnier, nos meses de agosto a outubro, com sessões a preços populares. Indicação: 14 anos. Preço: R$10 (inteira) e R$5 (meia). Os ingressos podem ser adquiridos na sede do grupo (Espaço Cultural 'Rosa dos Ventos'), localizado na Rua Edna de Barros Sanches 80, na Vila Santa Isabel, em Barão Geraldo.
Também estarão sendo vendidos na bilheteria do Centro de Convivência e em pontos comerciais locais. Outras informações: 19-3327-1605.
O espetáculo é um dos sete que compõem a Mostra Tem Cena em Campinas, realizada na sala Luis Otávio Burnier, nos meses de agosto a outubro, com sessões a preços populares. Indicação: 14 anos. Preço: R$10 (inteira) e R$5 (meia). Os ingressos podem ser adquiridos na sede do grupo (Espaço Cultural 'Rosa dos Ventos'), localizado na Rua Edna de Barros Sanches 80, na Vila Santa Isabel, em Barão Geraldo.
Também estarão sendo vendidos na bilheteria do Centro de Convivência e em pontos comerciais locais. Outras informações: 19-3327-1605.
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A Temática Indígena nas Escolas
O livro “A Temática Indígena nas Escolas – Subsídios para os Educadores” (Editora Contexto) será lançado no dia 23 de agosto, às 18h30, na Livraria Cultura do Shopping Center Iguatemi, em Campinas.
A publicação é de autoria de Pedro Paulo Funari (Unicamp) e Ana Piñon. No evento haverá o debate “A Temática Indígena nas Escolas – Desafios para Educadores e Estudiosos” com a participação dos autores e de Aline Vieira de Carvalho e Lourdes Domingues. Outra publicação, “Sexo e Violência – Realidades Antigas e Questões Contemporâneas” (Fapesp/Annablume), organizado por Pedro Paulo Funari, José Geraldo Costa Grillo (Unifesp) e Renata Senna Garrafonni (UFPR), também será lançado na ocasião.
Mais informações: 19-3521-5221 ou 3751-4033.
A publicação é de autoria de Pedro Paulo Funari (Unicamp) e Ana Piñon. No evento haverá o debate “A Temática Indígena nas Escolas – Desafios para Educadores e Estudiosos” com a participação dos autores e de Aline Vieira de Carvalho e Lourdes Domingues. Outra publicação, “Sexo e Violência – Realidades Antigas e Questões Contemporâneas” (Fapesp/Annablume), organizado por Pedro Paulo Funari, José Geraldo Costa Grillo (Unifesp) e Renata Senna Garrafonni (UFPR), também será lançado na ocasião.
Mais informações: 19-3521-5221 ou 3751-4033.
sexta-feira, 19 de agosto de 2011
Curso de mestrado em divulgação científica e cultural
Labjor recebe inscrições para curso de mestrado em divulgação científica e cultural - O Laboratório de Estudos Avançados em Jornalismo (Labjor) da Unicamp recebe, até 25 de agosto, as inscrições para um curso de mestrado em divulgação científica e cultural (MDCC).
O curso do Labjor faz parte de um programa de pós-graduação interdisciplinar vinculado ao Instituto de Estudos da Linguagem (IEL) e ao Núcleo de Desenvolvimento da Criatividade (Nudecri).
A divulgação da lista de inscrições (homologadas) sai no dia 12 de setembro e os aprovados em primeira fase serão conhecidos no dia 3 de outubro.
Para mais detalhes sobre o processo seletivo acesse o link. Outras informações podem ser obtidas pelos telefones 19-3521-2588/3521-2587.
O curso do Labjor faz parte de um programa de pós-graduação interdisciplinar vinculado ao Instituto de Estudos da Linguagem (IEL) e ao Núcleo de Desenvolvimento da Criatividade (Nudecri).
A divulgação da lista de inscrições (homologadas) sai no dia 12 de setembro e os aprovados em primeira fase serão conhecidos no dia 3 de outubro.
Para mais detalhes sobre o processo seletivo acesse o link. Outras informações podem ser obtidas pelos telefones 19-3521-2588/3521-2587.
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V Festival de Fotografia de Campinas
O lançamento do V Festival de Fotografia de Campinas “Hércules Florence” ocorre nesta sexta-feira (19), às 10 horas, no Museu de Arte Contemporânea de Campinas (MACC).
Pela Unicamp participam: Cássia Denise Gonçalves e Marli Marcondes, do Centro de Memória Unicamp, Antonio Scarpinetti e Everaldo Silva, da Assessoria de Comunicação e Imprensa (Ascom); Celso Palermo, do Instituto de Artes (IA) e, como fotógrafo convidado, Reinaldo Meneguim, do Revelando São Paulo, organizado pela Abaçai Cultura e Arte.
O MACC fica na Rua Benjamin Constant 1633, no Centro, ao lado da Prefeitura Municipal.
Pela Unicamp participam: Cássia Denise Gonçalves e Marli Marcondes, do Centro de Memória Unicamp, Antonio Scarpinetti e Everaldo Silva, da Assessoria de Comunicação e Imprensa (Ascom); Celso Palermo, do Instituto de Artes (IA) e, como fotógrafo convidado, Reinaldo Meneguim, do Revelando São Paulo, organizado pela Abaçai Cultura e Arte.
O MACC fica na Rua Benjamin Constant 1633, no Centro, ao lado da Prefeitura Municipal.
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Atividades para escolas,
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quinta-feira, 18 de agosto de 2011
minicurso com Jacqueline Penjon
IEL organiza minicurso com Jacqueline Penjon - Riso, festa, carnaval e outros imaginários contra as figuras da desigualdade.
Este é o tema central de um minicurso que o Instituto de Estudos da Linguagem (IEL) organiza nos dias 24 e 31 de agosto (e em 1º de setembro) com a professora Jacqueline Penjon (Universidade de Paris III).
Ele será ministrado na sala CL-10 do IEL, às 14h30.
As inscrições devem ser feitas na Secretaria de Extensão do IEL.
Outras informações: seee@iel.unicamp.br ou pelo telefone 19-3521-1520.
Este é o tema central de um minicurso que o Instituto de Estudos da Linguagem (IEL) organiza nos dias 24 e 31 de agosto (e em 1º de setembro) com a professora Jacqueline Penjon (Universidade de Paris III).
Ele será ministrado na sala CL-10 do IEL, às 14h30.
As inscrições devem ser feitas na Secretaria de Extensão do IEL.
Outras informações: seee@iel.unicamp.br ou pelo telefone 19-3521-1520.
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quarta-feira, 17 de agosto de 2011
Educação & Sociedade
- O Centro de Educação e Sociedade (Cedes) acaba de lançar a publicação de número 115 da revista Educação e Sociedade. Este número apresenta o dossiê “As políticas educacionais dos novos governos na América Latina”, que aporta elementos para entender o complexo cenário das políticas educacionais nesta região. Os artigos refletem as políticas que os diferentes governos estão implementando e procuram descrever e analisar, na particular conjuntura de cada um deles (Brasil, Uruguai, Argentina, Chile, Equador e Venezuela), as principais linhas de ação, identificando mudanças e permanências das políticas implementadas nas décadas de 1980 e 1990, num cenário de tensão entre a permanência e a mudança da lógica reformista hegemônica durante as últimas décadas.
Site do evento: www.cedes.unicamp.br. Outras informações: 19-3289-1598.
Site do evento: www.cedes.unicamp.br. Outras informações: 19-3289-1598.
terça-feira, 16 de agosto de 2011
Amazônia: Desafio Brasileiro do Século XXI
Encontram-se abertas as inscrições para o Fórum Permanente de Meio Ambiente e Sociedade, a se realizar na data de 06 de setembro de 2011, cujo tema é:
"Amazônia: Desafio Brasileiro do Século XXI"
As inscrições poderão ser feitas pelo site:
http://foruns.bc.unicamp.br/energia/foruns_energia.php
Atenciosamente,
Sônia Maria de Camargo Mazzariol
Assistente Técnico de Direção Coordenadoria Geral da Universidade
+ 55 19 3521 5039 Fóruns Permanentes http://foruns.bc.unicamp.br/energia/foruns_energia.php
Universidade Estadual de Campinas - SP - Brasil
"Amazônia: Desafio Brasileiro do Século XXI"
As inscrições poderão ser feitas pelo site:
http://foruns.bc.unicamp.br/energia/foruns_energia.php
Atenciosamente,
Sônia Maria de Camargo Mazzariol
Assistente Técnico de Direção Coordenadoria Geral da Universidade
+ 55 19 3521 5039 Fóruns Permanentes http://foruns.bc.unicamp.br/energia/foruns_energia.php
Universidade Estadual de Campinas - SP - Brasil
segunda-feira, 15 de agosto de 2011
O Gozo Intelectual: teoria e prática
A Editora da Unicamp e a Secretaria Municipal de Educação de Campinas lançam nesta segunda-feira (15), às 20 horas, no Centro de Convivência Cultural de Campinas, o livro “O Gozo Intelectual: teoria e prática sobre a inteligibilidade e a beleza”, de Jorge Wagensberg. O evento integra a programação do II Congresso Internacional de Pedagogia dos Sentidos. O Centro de Convivência fica na Praça Imprensa Fluminense s/n, no bairro do Cambuí. Mais informações: 19-3232-4168.
quinta-feira, 11 de agosto de 2011
EMPREENDEDORISMO E OS DESAFIOS EMPRESARIAIS
CURSO DE EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA
O EMPREENDEDORISMO E OS DESAFIOS EMPRESARIAIS
Objetivo
Em função dos elementos aceleradores de mercado, tais como: novas tecnologias, competitividade na cadeia de suprimentos global, requisitos críticos de qualidade, busca de excelência em produtos e serviços, novas legislações e o dinamismo do mercado, tornam os desafios empresariais uma constante na vida do empreendedor.
Este curso traz uma reflexão sobre o cenário mercadológico brasileiro e de forma prática, evidência o diagnóstico dinâmico que deve ser percebido pelo empreendedor, oferecendo elementos para atuar no seu plano de negócios, de tal forma à torna-lo competitivo.
Dentro dessa dinâmica empresarial, contextualiza-se o conceito dos 5 C’s: Caráter, Compromisso, Coragem, Convicção e Cortesia.
Participantes
mínimo: 20
máximo: 40 vagas
Perfil dos participantes
PMEs – pequenos e micro empresários, profissionais emergentes ao mundo dos negócios, administradores, professores, técnicos, tecnólogos, líderes e supervisores empresariais.
Agenda
Horário: Sábado, das 08h30 às 17:00.
Data: 10/09/2011
Local: FNB (Faculdade Nazarena do Brasil)
Informações: www.fnb.edu.br
Carga Horária
07 horas (manhã e tarde)
Informação importante:
Curso com direito a almoço (incluso) em restaurante de Barão Geraldo-Campinas.
* Será emitido Certificado de Conclusão
Investimento em formação
Valor: R$95,00 (Noventa e cinco Reais).
Pré-inscrições
As pré-inscrições já estão abertas. Envie seus dados, para coordenadoria de pós-graduação da FNB, através do email extensao@fnb.com.br contendo:
Nome, Endereço, Município, email, fone residencial e comercial, formação educacional e Instituição/Empresa a qual esta vinculada.
Obs: a chamada de matrícula se fará após a manifestação de interesse, em pré-inscrições, de 20 participantes.
Conteúdo Programático
TEMA DA MANHÃ: CAMINHOS E DESAFIOS DO EMPREENDEDOR
1. Cenário mercadológico global
2. Desafios no dinamismo do mercado
3. Diagnosticando a dinâmica dos negócios
4. Foco no Plano de Negócios competitivo
TEMA DA TARDE: CARACTERIZANDO EMPREENDEDOR x ADMINISTRADOR
1. O Administrador e o Empreendedor
2. Diferenciando idéias de oportunidades
3. Fontes de novas idéias
4. Planejamento Estratégico (10 erros)
Equipe docente
Prof. Nelson Elias Arruda Barbosa: Mestrando UNISAL-Administração, pós-graduado em Adm-Marketing PUCCAMP, Graduado em História – USP, Ex-coordenador de cursos de Pós-graduação – IPEP/Bento Quirino, docente na FAC-Anhanguera Educacional, atua nas áreas de Marketing, Planejamento Estratégico, Gestão de Negócios, Atuou como Gerente Nacional de Vendas da Nestlé. www.consultoreindependentes.com.
Prof. Baptista Bullentini: Pós-graduado em Gestão de Negócios com Foco na Qualidade – UNIP/Campinas, Atua nas áreas de Administração Executiva, Projetos, Processos e Pessoas. Graduado em Engenharia Eletro-eletrônica – FEI/SBC-SP, Docente Anhanguera Educacional e UNIP. Atuou profissionalmente na IBM como engenheiro, assumindo áreas como: Gerente de Engenharia, Gerente de Programas acadêmicos & Marketing Estratégico para Universidades.
O EMPREENDEDORISMO E OS DESAFIOS EMPRESARIAIS
Objetivo
Em função dos elementos aceleradores de mercado, tais como: novas tecnologias, competitividade na cadeia de suprimentos global, requisitos críticos de qualidade, busca de excelência em produtos e serviços, novas legislações e o dinamismo do mercado, tornam os desafios empresariais uma constante na vida do empreendedor.
Este curso traz uma reflexão sobre o cenário mercadológico brasileiro e de forma prática, evidência o diagnóstico dinâmico que deve ser percebido pelo empreendedor, oferecendo elementos para atuar no seu plano de negócios, de tal forma à torna-lo competitivo.
Dentro dessa dinâmica empresarial, contextualiza-se o conceito dos 5 C’s: Caráter, Compromisso, Coragem, Convicção e Cortesia.
Participantes
mínimo: 20
máximo: 40 vagas
Perfil dos participantes
PMEs – pequenos e micro empresários, profissionais emergentes ao mundo dos negócios, administradores, professores, técnicos, tecnólogos, líderes e supervisores empresariais.
Agenda
Horário: Sábado, das 08h30 às 17:00.
Data: 10/09/2011
Local: FNB (Faculdade Nazarena do Brasil)
Informações: www.fnb.edu.br
Carga Horária
07 horas (manhã e tarde)
Informação importante:
Curso com direito a almoço (incluso) em restaurante de Barão Geraldo-Campinas.
* Será emitido Certificado de Conclusão
Investimento em formação
Valor: R$95,00 (Noventa e cinco Reais).
Pré-inscrições
As pré-inscrições já estão abertas. Envie seus dados, para coordenadoria de pós-graduação da FNB, através do email extensao@fnb.com.br contendo:
Nome, Endereço, Município, email, fone residencial e comercial, formação educacional e Instituição/Empresa a qual esta vinculada.
Obs: a chamada de matrícula se fará após a manifestação de interesse, em pré-inscrições, de 20 participantes.
Conteúdo Programático
TEMA DA MANHÃ: CAMINHOS E DESAFIOS DO EMPREENDEDOR
1. Cenário mercadológico global
2. Desafios no dinamismo do mercado
3. Diagnosticando a dinâmica dos negócios
4. Foco no Plano de Negócios competitivo
TEMA DA TARDE: CARACTERIZANDO EMPREENDEDOR x ADMINISTRADOR
1. O Administrador e o Empreendedor
2. Diferenciando idéias de oportunidades
3. Fontes de novas idéias
4. Planejamento Estratégico (10 erros)
Equipe docente
Prof. Nelson Elias Arruda Barbosa: Mestrando UNISAL-Administração, pós-graduado em Adm-Marketing PUCCAMP, Graduado em História – USP, Ex-coordenador de cursos de Pós-graduação – IPEP/Bento Quirino, docente na FAC-Anhanguera Educacional, atua nas áreas de Marketing, Planejamento Estratégico, Gestão de Negócios, Atuou como Gerente Nacional de Vendas da Nestlé. www.consultoreindependentes.com.
Prof. Baptista Bullentini: Pós-graduado em Gestão de Negócios com Foco na Qualidade – UNIP/Campinas, Atua nas áreas de Administração Executiva, Projetos, Processos e Pessoas. Graduado em Engenharia Eletro-eletrônica – FEI/SBC-SP, Docente Anhanguera Educacional e UNIP. Atuou profissionalmente na IBM como engenheiro, assumindo áreas como: Gerente de Engenharia, Gerente de Programas acadêmicos & Marketing Estratégico para Universidades.
quarta-feira, 10 de agosto de 2011
curso a distância sobre tecnologias digitais
Faculdade de Educação oferece curso a distância sobre tecnologias digitais
Nadir Rodrigues
[9/8/2011] O Laboratório de Novas Tecnologias Aplicadas na Educação (Lantec), da Faculdade de Educação da Unicamp, abre, de 15 de agosto a 9 de setembro, pela internet, as inscrições para o curso de extensão: “Utilização de objetos de aprendizagem em sala de aula mediatizado pelas tecnologias digitais”.
O curso é direcionado a professores da 1ª à 9ª série do ensino fundamental e tem como justificativa a carência na divulgação de conhecimentos com relação à utilização de recursos digitais, denominada objetos de aprendizagem aplicados na educação. O objetivo é apresentar e discutir o uso desses objetos de aprendizagem, mediatizado pelas tecnologias digitais interativas, a serem adotados em práticas pedagógicas em sala de aula do ensino fundamental.
Com duração de 66 horas, o curso será gratuito e oferecido na modalidade a distância. A carga horária é dividida em 36 horas de atividades didático-pedagógicas, em ambiente educacional na internet, e 30 horas correspondentes ao trabalho pedagógico em sala de aula, que será o desenvolvimento de um projeto didático-pedagógico elaborado pelo professor na utilização dos conceitos adquiridos no programa de capacitação e sua aplicação em sala de aula.
Os participantes vão receber, no final do curso, certificado de participação. Este curso de extensão está inserido em um projeto do Lantec. aprovado pelo Programa Observatório da Educação, da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior – Capes. Mais informações sobre o programa, calendário e critérios de seleção estão disponível no endereço http://lantec.fae.unicamp.br/ed88.
Nadir Rodrigues
[9/8/2011] O Laboratório de Novas Tecnologias Aplicadas na Educação (Lantec), da Faculdade de Educação da Unicamp, abre, de 15 de agosto a 9 de setembro, pela internet, as inscrições para o curso de extensão: “Utilização de objetos de aprendizagem em sala de aula mediatizado pelas tecnologias digitais”.
O curso é direcionado a professores da 1ª à 9ª série do ensino fundamental e tem como justificativa a carência na divulgação de conhecimentos com relação à utilização de recursos digitais, denominada objetos de aprendizagem aplicados na educação. O objetivo é apresentar e discutir o uso desses objetos de aprendizagem, mediatizado pelas tecnologias digitais interativas, a serem adotados em práticas pedagógicas em sala de aula do ensino fundamental.
Com duração de 66 horas, o curso será gratuito e oferecido na modalidade a distância. A carga horária é dividida em 36 horas de atividades didático-pedagógicas, em ambiente educacional na internet, e 30 horas correspondentes ao trabalho pedagógico em sala de aula, que será o desenvolvimento de um projeto didático-pedagógico elaborado pelo professor na utilização dos conceitos adquiridos no programa de capacitação e sua aplicação em sala de aula.
Os participantes vão receber, no final do curso, certificado de participação. Este curso de extensão está inserido em um projeto do Lantec. aprovado pelo Programa Observatório da Educação, da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior – Capes. Mais informações sobre o programa, calendário e critérios de seleção estão disponível no endereço http://lantec.fae.unicamp.br/ed88.
terça-feira, 9 de agosto de 2011
Mini-curso: Riso, Festa, Carnaval e outros imaginários
Mini-curso: Riso, Festa, Carnaval e outros imaginários contra as figuras da desigualdade
Profa. Jacqueline Penjon (Paris III, Sorbonne Nouvelle, Crepal)
Local: Sala de Aula CL10 - IEL
Data: 17, 24 e 31 de agosto e 01 de setembro, 14:30 horas
Inscrições: na Secretaria de Extensão do IEL ou e-mail seee@iel.unicamp.br
De 17 de agosto a 01 de setembro de 2011, estará conosco Jacqueline Penjon, que é professora da Universidade de Paris III, Sorbonne Nouvelle, e dirige o CREPAL - Centre de Recherches de Pays Lusophones da mesma Universidade. Ela oferecerá um minicurso, cujos itens seguem abaixo.
Os encontros com os alunos acontecerão às quarta-feiras, 14.30h (sala 10 pós), na forma de um pequeno curso, com certificado a ser fornecido pela Secretaria de Extensão.
Haverá ainda um horário onde a referida professora conversará sobre as diferentes possibilidades de pesquisa na área de Literatura, na França e como tirar o melhor proveito aproveitar os fabulosos arquivos e bibliotecas daquele país.
Informações adicionais: http://www.iel.unicamp.br/destaques/arquivos/JPcurso.pdf
Profa. Jacqueline Penjon (Paris III, Sorbonne Nouvelle, Crepal)
Local: Sala de Aula CL10 - IEL
Data: 17, 24 e 31 de agosto e 01 de setembro, 14:30 horas
Inscrições: na Secretaria de Extensão do IEL ou e-mail seee@iel.unicamp.br
De 17 de agosto a 01 de setembro de 2011, estará conosco Jacqueline Penjon, que é professora da Universidade de Paris III, Sorbonne Nouvelle, e dirige o CREPAL - Centre de Recherches de Pays Lusophones da mesma Universidade. Ela oferecerá um minicurso, cujos itens seguem abaixo.
Os encontros com os alunos acontecerão às quarta-feiras, 14.30h (sala 10 pós), na forma de um pequeno curso, com certificado a ser fornecido pela Secretaria de Extensão.
Haverá ainda um horário onde a referida professora conversará sobre as diferentes possibilidades de pesquisa na área de Literatura, na França e como tirar o melhor proveito aproveitar os fabulosos arquivos e bibliotecas daquele país.
Informações adicionais: http://www.iel.unicamp.br/destaques/arquivos/JPcurso.pdf
segunda-feira, 8 de agosto de 2011
Somos combatentes da liberdade
Juliano Mer-Khamis (1958-2011), ator-diretor de teatro e cinema:
“Somos combatentes da liberdade”
5/4/2011, Entrevista a Maryam Monalisa Gharavi, The Electronic Intifada
http://electronicintifada.net/v2/article11897.shtml
Juliano Mer-Khamis, jan. 2007. (Foto Tess Scheflan/ActiveStills)
Imagem em http://southissouth.wordpress.com/2011/04/05/art-is-freedom-without-force-interview-with-the-late-juliano-mer-khamis/
O ator-diretor de teatro e cinema Juliano Mer-Khamis foi assassinado por um pistoleiro mascarado, dia 4/4/2011, na calçada do Teatro da Liberdade do qual foi co-fundador em 2006, na cidade de Jenin na Cisjordânia ocupada por Israel. Nascido em Nazareth em 1958, filho de Saliba Khamis, palestino, líder do Partido Comunista de Israel, e de Arna Mer, atriz israelense, Juliano descrevia-se, ele mesmo, como “100% palestino e 100% judeu.”
Juliano tentou empenhadamente exibir seu filme “As crianças de Arna” [orig. Arna's Children. O filme pode ser comprado em http://www.thefreedomtheatre.org/support-buy.php], que documenta a extraordinária transformação de sua mãe, de jovem judia de uma colônia israelense em 1948, até converter-se em animadora de um grupo de teatro para crianças no campo de refugiados palestinos de Jenin. Como o próprio Juliano conta na entrevista abaixo, que permanecia inédita, o filme alcançou pouca repercussão quando foi mostrado pela primeira vez. Em 2006, Juliano voltou aos EUA, infatigável como sempre, e encontrei-o pela primeira vez numa exibição do filme no Massachusetts Institute of Technology, MIT.
Apesar do público pequeno que acorreu à exibição aquela noite, era impossível não ver o impacto que o filme, raro, inesquecível, provocou. Depois da exibição, Juliano falou sobre o filme, a voz candente, apaixonada, descrevendo a devastação da ocupação e comentando as dificuldades que enfrentou para filmar a história de sua mãe.
As Crianças de Arna é um documentário, mas com marcações temporais que o aproximam da narração de ficção. Como em outras obras de arte centradas na perda da Palestina histórica, como em Returning to Haifa [Voltando a Haifa], de Ghassan Kanafani, Juliano construiu uma narrativa quase impossível de recriar ou imaginar de qualquer outro ponto de vista.
Numa das sequências, a narrativa aproxima uma cena que mostra Juliano ao lado do corpo da mãe envolto num lençol num hospital, e o ataque do exército de Israel, com tanques, contra o Teatro de Pedra [orig. The Stone Theatre], de Arna, em abril de 2002. O Teatro de Pedra foi parte do projeto cultural mais amplo de Arna – “Care and Learning”, fundado para atender crianças do campo de refugiados de Jenin, que conviviam com a violência de uma ocupação militar que os cercava por todos os lados, e dar às crianças um meio criativo para sobreviver ao trauma crônico. O Teatro de Pedra foi destruído pelos tanques israelenses, em ataque que o filme mostra, documentado. As datas históricas da destruição do Teatro de Pedra e a morte de Arna alinham-se quase miraculosamente. O filme mostra o cadáver de Arna e as ruínas do teatro que ela tanto amara como dois mortos por uma mesma causa.
Entrevistei Juliano[1] na estação ferroviária, em Boston, dia 4/4/2006, pouco antes de ele tomar um trem para Nova Iorque, para a exibição do filme – exatamente cinco anos antes de ele ser assassinado na calçada do Teatro da Liberdade, em Jenin, onde viveu e onde trabalhou.
O currículo de Juliano como ator é conhecido, e é hora de lembrar detalhes de sua biografia. Aí vai a história, contada por ele, de sua vida no campo de refugiados em Jenin e de sua relação complexa com Israel.
Quem o conheceu reconhecerá nessa entrevista o tom de Juliano: brutalmente franco, irônico, com olhos pouco complacentes sobre os abismos que ligam Israel e os palestinos. Discute sem meias palavras a engenharia social de Israel, o trabalho visionário de sua mãe em Jenin e sua trajetória, de soldado israelense até se converter em cineasta e militante. Tenho esperança de que essa entrevista possa somar-se, como mais um fragmento de discurso, ao trabalho militante de Juliano, ao seu filme e à luta dele, para compor mais um degrau rumo ao que o artista Paul Chan chamou de “liberdade sem força”. Aí, um fragmento da entrevista. A íntegra da entrevista pode ser lida em http://southissouth.wordpress.com/2011/04/05/art-is-freedom-without-force-interview-with-the-late-juliano-mer-khamis/) .
Maryam Monalist Gharavi: Por quanto tempo o filme As Crianças de Arna foi proibido em Israel?
Juliano Mer-Khamis: Não foi realmente proibido. Se alguém escrevesse sobre o filme, os jornais não publicavam. O filme foi apagado, silenciado. Houve dois programas de televisão sobre o filme, os dois cancelados no último momento. Não achamos distribuidor em Israel, nem cinemas que exibissem o filme. Em alguns momentos, críticos e jornalistas usaram o filme para dar vazão às próprias frustrações, impostas pela censura e por um certo discurso que o governo de Israel impõe à imprensa. São regras conhecidas, sobre o que se pode e o que não se pode publicar, palavras que não se pode usar, perguntas que não se pode nem perguntar nem responder e o modo permitido de perguntar certas coisas. Se você fala com um palestino e com um militar israelense, é preciso mudar as expressões, as palavras. Com esses cuidados, acho que alguns arranjaram coragem para escrever sobre o filme. Assim, aos poucos, o filme foi ‘autorizado’ e acabou por ser exibido em todo o país.
MMG: Arna fez discurso pungente ao receber o Right Livelihood Award, do Parlamento da Suécia. Disse que, assim como Rosh Pina [a colônia israelense onde ela vivia durante a Nakba (a Catástrofe) dos palestinos, em 1948] cresceu e desenvolveu-se, a vila árabe vizinha, al-Jauna, foi “varrida da face da terra” e os palestinos que ali viviam foram feitos refugiados, como 700 mil outros, “por assalto, roubo de terras e deslocamento forçado”. Na sua opinião, o que impede que outros israelenses vejam o que sua mãe viu?
JMK: Boa pergunta. Posso lhe dar um quadro, no qual analiso esse processo histórico, pelo qual Israel conseguiu confiscar terras, expulsar populações inteiras e colonizar grandes áreas da Palestina, e não ver o que minha mãe viu nem enveredar pelo caminho pelo qual ela enveredou. Há muitas razões, mas a principal é que você tem de entender que, desde que o movimento sionista foi criado, o próprio sionismo manipulou a história dos judeus, sobretudo o período do Holocausto, e mobilizou recursos e força, até criar algumas das mais bem sucedidas colônias na Palestina. Daí em diante, a teoria da vitimização, ou uma política de vitimização dos judeus, que os israelenses usaram e usam, e os muitos meios que mobilizaram, reescreveram a história, desde os pogroms – as políticas dos czares russos – até a divulgação de alertas antissuicídio que chegavam a Israel. De lá até hoje, o que se vê são sempre políticas do medo, a mentalidade de ghetto, políticas que afastam o israelense médio da realidade. Assustadas, vitimizadas, as pessoas conseguem justificar qualquer crime que cometam e vejam ser cometido, e vivem confortavelmente sem responsabilizar-se, sem se culpar pelos próprios crimes ou pela cumplicidade. A maioria dos israelenses vive assim. Se você convence-se de que é a vítima, é fácil desumanizar e demonizar todos que não sejam ‘você mesmo’. Acho que isso explica o sucesso inicial da propaganda sionista em Israel.
MMG: No filme, na cena ao lado do corpo de sua mãe, no necrotério, você comenta, meio sem conseguir falar, que só o kibbutz aceitaria enterrar sua mãe. O que aconteceu depois que ela morreu?
JMK: Minha mãe não podia ser enterrada em Israel, porque ela exigiu que não se fizesse nenhum tipo de enterro religioso. Israel não é uma democracia: Israel é uma teocracia. A religião não é separada do Estado e todas as questões da vida privada – casamentos, enterros, a comida, tudo – são controladas por autoridades religiosas. Então, é impossível, em Israel, enterro não religioso. O único modo de enterrar quem não queira funeral religioso é comprar uma sepultura em alguns dos kibbutzim que se dizem laicos, mas esses não queriam nos vender a sepultura, por causa da militância política de minha mãe. Não fosse pela questão religiosa, era pela questão política, mas o resultado era o mesmo. Então, até que se resolvesse alguma coisa, tivemos de levar o caixão de volta para casa. E lá ficou, na minha casa, por três dias. E não havia onde enterrá-la. Então, convoquei a imprensa e anunciei que minha mãe seria enterrada no jardim da minha casa. Foi um escândalo, apareceu a polícia, televisões, jornalistas, ameaçaram-me, muitas ameaças. A casa foi cercada por uma multidão. Até que, afinal, recebi um telefonema de amigos, do kibbutz Ramot Menashe, gente do lado esquerdo do mapa, argentinos de origem. Bons sionistas, talvez já mais pós-sionistas. Eles me deram sete palmos de terra e autorizaram a enterrar minha mãe.
O mais engraçado foi que, enquanto procurávamos lugar para enterrar minha mãe, discutia-se, em Jenin, se não seria o caso de enterrá-la ali, no cemitério dos mártires. Contaram-me que um líder do Fatah andava dizendo, como piada: “Ora, pessoal, é uma honra ter Arna aqui, uma grande honra. O único problema é que, daqui a 50 anos, se aparecer um arqueólogo judeu e desenterrar ossos judeus aqui, vão confiscar a terra de Jenin” [risos]. É assim que fazem. Vivem escavando. Se encontram ossos que dizem ser ossos de judeus, mesmo que sejam ossos de cachorro, eles confiscam a terra. Israel é onde acontecem essas coisas. Em todos os terrenos confiscados, algum osso de judeu foi desenterrado. Assim eles legitimam a posse da terra: desenterrando ossos.
MMG: O jornal Haaretz divulgou recentemente uma pesquisa, segundo a qual 68% dos israelenses entrevistados diziam que não morariam no mesmo prédio em que morassem árabes.
JMK: Tenho aqui, a pesquisa.
MMG: Então? Se não querem morar na casa ao lado, por que quereriam ser enterrados ao lado de árabes?
JMK: É. Faz sentido. E quase 50% dos israelenses pensam que os árabes que vivem em Israel são a grande ameaça demográfica e de segurança. Se pensam isso dos vizinhos de porta, imagine que tipo de democracia existe em Israel.
MMG: Para mim, uma das cenas mais importantes do filme é a que mostra a destruição da casa de Alaa e, depois, a destruição também da casa de Ashraf [dois dos adolescentes que fazem teatro com o grupo de Arna, cuja história é mostrada no filme], em Jenin. E Arna, dizendo aos meninos que eles deixem sair a ira, a zanga, que batam nela, se quiserem. Somos envolvidos pela mesma tensão. No público, havia gente que ria e chorava ao mesmo tempo.
JMK: Arna tinha formação em psicodrama. Conseguia resultados surpreendentes, com essas técnicas.
MMG: Como você responderia aos pró-sionistas que assistem ao seu filme e dizem que, apesar de sua mãe ter “reabilitado a mente árabe”, alguns dos meninos atores que se veem no filme converteram-se em “terroristas” (o que o filme também mostra)?
JMK: Essa questão é doentia. Não a sua pergunta, mas a atitude dos sionistas que supõem que o problema é a violência que as crianças praticam, não a violência da ocupação. É como inverter a pirâmide. O que me interessa é desinverter a pirâmide, com propaganda, é claro.
Nós não trabalhamos para ‘curar’ a violência das crianças em Jenin. As crianças em Jenin não estão doentes. Tentamos encontrar meios mais produtivos, para ajudá-las, E meios mais produtivos não implicam não resistir à violência.
O que o nosso teatro tenta fazer não é se por como substituto ou alternativa à resistência palestina que luta pela libertação. É exatamente o contrário. É importante que isso fique bem claro.
Sei que essa posição não nos ajuda a conseguir financiamento, mas não somos ‘bons judeus’ querendo ajudar ‘árabes’. Tampouco somos palestinos caridosos, que trazem sopa para os pobres. Nós somos da resistência. Estamos alinhados, absoluta e completamente alinhados com a resistência, com o movimento de libertação dos palestinos. A luta pela libertação dos palestinos é a nossa luta de libertação. Todos os que têm qualquer ligação com o nosso projeto sentem-se pessoalmente sob ocupação, sentem que sua vida está sob ocupação pelo movimento sionista, pelo regime militar de Israel, pelas políticas de Israel. Não importa se moramos em Jenin, em Haifa ou Tel Aviv. Ninguém que trabalha conosco trabalha para ‘curar’ alguém. Não somos ‘curadores’. Não somos bons judeus, nem somos bons árabes, nem somos bons cristãos. Nós somos combatentes da liberdade da Palestina.
MMG: O filme foi proibido em muitas cidades?
JMK: Foi. A exibição foi proibida. O filme foi vendido para várias exibidoras, mas não foi exibido em muitas cidades em Israel. Não sei, é minha opinião, mas acho que quem puder criar dificuldades, boicotar a exibição, boicoitará. Por isso estamos trabalhando tanto na divulgação, tentando divulgar o filme nós mesmos.
Mas, voltando à questão de nosso teatro estar alinhado à Intifada, para deixar bem claro: acreditamos que, hoje, a luta tem de ser cultural, moral. Isso é importante. Não ensinamos os meninos e meninas a usar armas, a atirar, a fabricar bombas. O que fazemos é expô-los ao discurso da libertação, ao discurso da liberdade. Para expô-los a esse discurso, nós os expomos à arte, à música, à dança, à cultura. Nós o expomos a eles mesmos, a uma parte deles que eles não encontram se não forem ensinados a procurar. Entendemos que, assim, lhes damos uma chance de serem mais felizes, de serem gente melhor. Espero que alguns, alguns dos nossos amigos em Jenin, continuarão a luta pela resistência contra a ocupação israelense e continuarão a fazê-lo também nesse projeto e nesse teatro.
MMG: O diretor israelense Yehuda "Judd" Ne'eman diz que hoje filma “no matadouro da guerra moderna”. Diz que se desiludiu do poder da arte ante o horror da guerra, mas diz ele, literalmente: “Quando a situação em Israel deteriora-se em termos políticos, quando meu próprio corpo deteriora-se, só resta acreditar na arte”. Você concorda? Que semelhanças e diferenças você vê entre o seu trabalho, sua missão política e as convergências e divergências que haja entre missão política e missão artística?
JMK: Os mesmos pressupostos valem também para mim. No nosso caso, a arte se combinou, e gera e mobiliza outros aspectos da resistência. A mim, só a resistência interessa. Não faço arte pela arte. Não acredito em arte pela arte. Acho que a arte gera, mobiliza, mistura e combina e inventa um discurso universal de liberdade, de libertação. Só assim a arte me interessa. Por outro lado, a arte tem uma força terapêutica, e dizer “força terapêutica” não implica dizer “poder curativo”. Essa diferença é crucial – não vemos a violência que a ocupação ‘ensina’ aos mais jovens como uma doença. A arte não ensina ninguém a ser bom, bom cidadão, bom judeu, bom cristão. A arte aponta um caminho pelo qual esses jovens têm uma chance de aprender a usar as próprias potências a favor deles. Não contra eles mesmos.
MMG: Você serviu ao exército de Israel, mas abandonou o serviço militar quando recebeu ordens de impedir que parentes palestinos do seu pai passassem por um ponto de controle militar israelense. Que importância teve esse evento, na sua vida política ou, mesmo, na sua formação como artista?
JMK: Foi a palha que quebrou as costas do camelo. Mas a coisa já começou desde que vesti o uniforme. A fantasia não servia, entende? Eu não me via vestido em uniforme militar. Explodi um dia, naquele turno de serviço, naquele ponto de controle. Mas era coisa que já me acompanhava há muito tempo.
MMG: Por quanto tempo você esteve no exército?
JMK: Um ano e meio. Servi numa unidade especializada das forças especiais [uma brigada de infantaria, de paraquedistas]. Não lamento, verdade seja dita. Antes de tudo, do ponto de vista pragmático, o que aprendi lá salvou minha vida várias vezes, no teatro e nas filmagens. Conheço muito bem o exército de Israel, falo hebraico, conheço o idioma, sei como conviver com eles. Foi uma espécie de treinamento de combate para a vida. Por outro lado, vi o avesso, o lado de dentro da propaganda israelense, as menores células da sociedade de Israel, de onde sai o adubo que alimenta o exército. O exército de Israel é a essência da vida em Israel, onde se produz o discurso social israelense, é a base da sociedade israelense. Só lá se vê o fundamento da sociedade israelense. Quando se vê o exército de Israel por dentro, entende-se a dinâmica que mantém vivo o Estado de Israel. Conhecido esse núcleo duro de Israel, pode-se fazer oposição, pode-se reinventar o que não existe em Israel, a partir do que existe.
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[1] A íntegra da entrevista pode ser lida em http://southissouth.wordpress.com/2011/04/05/art-is-freedom-without-force-interview-with-the-late-juliano-mer-khamis/
“Somos combatentes da liberdade”
5/4/2011, Entrevista a Maryam Monalisa Gharavi, The Electronic Intifada
http://electronicintifada.net/v2/article11897.shtml
Juliano Mer-Khamis, jan. 2007. (Foto Tess Scheflan/ActiveStills)
Imagem em http://southissouth.wordpress.com/2011/04/05/art-is-freedom-without-force-interview-with-the-late-juliano-mer-khamis/
O ator-diretor de teatro e cinema Juliano Mer-Khamis foi assassinado por um pistoleiro mascarado, dia 4/4/2011, na calçada do Teatro da Liberdade do qual foi co-fundador em 2006, na cidade de Jenin na Cisjordânia ocupada por Israel. Nascido em Nazareth em 1958, filho de Saliba Khamis, palestino, líder do Partido Comunista de Israel, e de Arna Mer, atriz israelense, Juliano descrevia-se, ele mesmo, como “100% palestino e 100% judeu.”
Juliano tentou empenhadamente exibir seu filme “As crianças de Arna” [orig. Arna's Children. O filme pode ser comprado em http://www.thefreedomtheatre.org/support-buy.php], que documenta a extraordinária transformação de sua mãe, de jovem judia de uma colônia israelense em 1948, até converter-se em animadora de um grupo de teatro para crianças no campo de refugiados palestinos de Jenin. Como o próprio Juliano conta na entrevista abaixo, que permanecia inédita, o filme alcançou pouca repercussão quando foi mostrado pela primeira vez. Em 2006, Juliano voltou aos EUA, infatigável como sempre, e encontrei-o pela primeira vez numa exibição do filme no Massachusetts Institute of Technology, MIT.
Apesar do público pequeno que acorreu à exibição aquela noite, era impossível não ver o impacto que o filme, raro, inesquecível, provocou. Depois da exibição, Juliano falou sobre o filme, a voz candente, apaixonada, descrevendo a devastação da ocupação e comentando as dificuldades que enfrentou para filmar a história de sua mãe.
As Crianças de Arna é um documentário, mas com marcações temporais que o aproximam da narração de ficção. Como em outras obras de arte centradas na perda da Palestina histórica, como em Returning to Haifa [Voltando a Haifa], de Ghassan Kanafani, Juliano construiu uma narrativa quase impossível de recriar ou imaginar de qualquer outro ponto de vista.
Numa das sequências, a narrativa aproxima uma cena que mostra Juliano ao lado do corpo da mãe envolto num lençol num hospital, e o ataque do exército de Israel, com tanques, contra o Teatro de Pedra [orig. The Stone Theatre], de Arna, em abril de 2002. O Teatro de Pedra foi parte do projeto cultural mais amplo de Arna – “Care and Learning”, fundado para atender crianças do campo de refugiados de Jenin, que conviviam com a violência de uma ocupação militar que os cercava por todos os lados, e dar às crianças um meio criativo para sobreviver ao trauma crônico. O Teatro de Pedra foi destruído pelos tanques israelenses, em ataque que o filme mostra, documentado. As datas históricas da destruição do Teatro de Pedra e a morte de Arna alinham-se quase miraculosamente. O filme mostra o cadáver de Arna e as ruínas do teatro que ela tanto amara como dois mortos por uma mesma causa.
Entrevistei Juliano[1] na estação ferroviária, em Boston, dia 4/4/2006, pouco antes de ele tomar um trem para Nova Iorque, para a exibição do filme – exatamente cinco anos antes de ele ser assassinado na calçada do Teatro da Liberdade, em Jenin, onde viveu e onde trabalhou.
O currículo de Juliano como ator é conhecido, e é hora de lembrar detalhes de sua biografia. Aí vai a história, contada por ele, de sua vida no campo de refugiados em Jenin e de sua relação complexa com Israel.
Quem o conheceu reconhecerá nessa entrevista o tom de Juliano: brutalmente franco, irônico, com olhos pouco complacentes sobre os abismos que ligam Israel e os palestinos. Discute sem meias palavras a engenharia social de Israel, o trabalho visionário de sua mãe em Jenin e sua trajetória, de soldado israelense até se converter em cineasta e militante. Tenho esperança de que essa entrevista possa somar-se, como mais um fragmento de discurso, ao trabalho militante de Juliano, ao seu filme e à luta dele, para compor mais um degrau rumo ao que o artista Paul Chan chamou de “liberdade sem força”. Aí, um fragmento da entrevista. A íntegra da entrevista pode ser lida em http://southissouth.wordpress.com/2011/04/05/art-is-freedom-without-force-interview-with-the-late-juliano-mer-khamis/) .
Maryam Monalist Gharavi: Por quanto tempo o filme As Crianças de Arna foi proibido em Israel?
Juliano Mer-Khamis: Não foi realmente proibido. Se alguém escrevesse sobre o filme, os jornais não publicavam. O filme foi apagado, silenciado. Houve dois programas de televisão sobre o filme, os dois cancelados no último momento. Não achamos distribuidor em Israel, nem cinemas que exibissem o filme. Em alguns momentos, críticos e jornalistas usaram o filme para dar vazão às próprias frustrações, impostas pela censura e por um certo discurso que o governo de Israel impõe à imprensa. São regras conhecidas, sobre o que se pode e o que não se pode publicar, palavras que não se pode usar, perguntas que não se pode nem perguntar nem responder e o modo permitido de perguntar certas coisas. Se você fala com um palestino e com um militar israelense, é preciso mudar as expressões, as palavras. Com esses cuidados, acho que alguns arranjaram coragem para escrever sobre o filme. Assim, aos poucos, o filme foi ‘autorizado’ e acabou por ser exibido em todo o país.
MMG: Arna fez discurso pungente ao receber o Right Livelihood Award, do Parlamento da Suécia. Disse que, assim como Rosh Pina [a colônia israelense onde ela vivia durante a Nakba (a Catástrofe) dos palestinos, em 1948] cresceu e desenvolveu-se, a vila árabe vizinha, al-Jauna, foi “varrida da face da terra” e os palestinos que ali viviam foram feitos refugiados, como 700 mil outros, “por assalto, roubo de terras e deslocamento forçado”. Na sua opinião, o que impede que outros israelenses vejam o que sua mãe viu?
JMK: Boa pergunta. Posso lhe dar um quadro, no qual analiso esse processo histórico, pelo qual Israel conseguiu confiscar terras, expulsar populações inteiras e colonizar grandes áreas da Palestina, e não ver o que minha mãe viu nem enveredar pelo caminho pelo qual ela enveredou. Há muitas razões, mas a principal é que você tem de entender que, desde que o movimento sionista foi criado, o próprio sionismo manipulou a história dos judeus, sobretudo o período do Holocausto, e mobilizou recursos e força, até criar algumas das mais bem sucedidas colônias na Palestina. Daí em diante, a teoria da vitimização, ou uma política de vitimização dos judeus, que os israelenses usaram e usam, e os muitos meios que mobilizaram, reescreveram a história, desde os pogroms – as políticas dos czares russos – até a divulgação de alertas antissuicídio que chegavam a Israel. De lá até hoje, o que se vê são sempre políticas do medo, a mentalidade de ghetto, políticas que afastam o israelense médio da realidade. Assustadas, vitimizadas, as pessoas conseguem justificar qualquer crime que cometam e vejam ser cometido, e vivem confortavelmente sem responsabilizar-se, sem se culpar pelos próprios crimes ou pela cumplicidade. A maioria dos israelenses vive assim. Se você convence-se de que é a vítima, é fácil desumanizar e demonizar todos que não sejam ‘você mesmo’. Acho que isso explica o sucesso inicial da propaganda sionista em Israel.
MMG: No filme, na cena ao lado do corpo de sua mãe, no necrotério, você comenta, meio sem conseguir falar, que só o kibbutz aceitaria enterrar sua mãe. O que aconteceu depois que ela morreu?
JMK: Minha mãe não podia ser enterrada em Israel, porque ela exigiu que não se fizesse nenhum tipo de enterro religioso. Israel não é uma democracia: Israel é uma teocracia. A religião não é separada do Estado e todas as questões da vida privada – casamentos, enterros, a comida, tudo – são controladas por autoridades religiosas. Então, é impossível, em Israel, enterro não religioso. O único modo de enterrar quem não queira funeral religioso é comprar uma sepultura em alguns dos kibbutzim que se dizem laicos, mas esses não queriam nos vender a sepultura, por causa da militância política de minha mãe. Não fosse pela questão religiosa, era pela questão política, mas o resultado era o mesmo. Então, até que se resolvesse alguma coisa, tivemos de levar o caixão de volta para casa. E lá ficou, na minha casa, por três dias. E não havia onde enterrá-la. Então, convoquei a imprensa e anunciei que minha mãe seria enterrada no jardim da minha casa. Foi um escândalo, apareceu a polícia, televisões, jornalistas, ameaçaram-me, muitas ameaças. A casa foi cercada por uma multidão. Até que, afinal, recebi um telefonema de amigos, do kibbutz Ramot Menashe, gente do lado esquerdo do mapa, argentinos de origem. Bons sionistas, talvez já mais pós-sionistas. Eles me deram sete palmos de terra e autorizaram a enterrar minha mãe.
O mais engraçado foi que, enquanto procurávamos lugar para enterrar minha mãe, discutia-se, em Jenin, se não seria o caso de enterrá-la ali, no cemitério dos mártires. Contaram-me que um líder do Fatah andava dizendo, como piada: “Ora, pessoal, é uma honra ter Arna aqui, uma grande honra. O único problema é que, daqui a 50 anos, se aparecer um arqueólogo judeu e desenterrar ossos judeus aqui, vão confiscar a terra de Jenin” [risos]. É assim que fazem. Vivem escavando. Se encontram ossos que dizem ser ossos de judeus, mesmo que sejam ossos de cachorro, eles confiscam a terra. Israel é onde acontecem essas coisas. Em todos os terrenos confiscados, algum osso de judeu foi desenterrado. Assim eles legitimam a posse da terra: desenterrando ossos.
MMG: O jornal Haaretz divulgou recentemente uma pesquisa, segundo a qual 68% dos israelenses entrevistados diziam que não morariam no mesmo prédio em que morassem árabes.
JMK: Tenho aqui, a pesquisa.
MMG: Então? Se não querem morar na casa ao lado, por que quereriam ser enterrados ao lado de árabes?
JMK: É. Faz sentido. E quase 50% dos israelenses pensam que os árabes que vivem em Israel são a grande ameaça demográfica e de segurança. Se pensam isso dos vizinhos de porta, imagine que tipo de democracia existe em Israel.
MMG: Para mim, uma das cenas mais importantes do filme é a que mostra a destruição da casa de Alaa e, depois, a destruição também da casa de Ashraf [dois dos adolescentes que fazem teatro com o grupo de Arna, cuja história é mostrada no filme], em Jenin. E Arna, dizendo aos meninos que eles deixem sair a ira, a zanga, que batam nela, se quiserem. Somos envolvidos pela mesma tensão. No público, havia gente que ria e chorava ao mesmo tempo.
JMK: Arna tinha formação em psicodrama. Conseguia resultados surpreendentes, com essas técnicas.
MMG: Como você responderia aos pró-sionistas que assistem ao seu filme e dizem que, apesar de sua mãe ter “reabilitado a mente árabe”, alguns dos meninos atores que se veem no filme converteram-se em “terroristas” (o que o filme também mostra)?
JMK: Essa questão é doentia. Não a sua pergunta, mas a atitude dos sionistas que supõem que o problema é a violência que as crianças praticam, não a violência da ocupação. É como inverter a pirâmide. O que me interessa é desinverter a pirâmide, com propaganda, é claro.
Nós não trabalhamos para ‘curar’ a violência das crianças em Jenin. As crianças em Jenin não estão doentes. Tentamos encontrar meios mais produtivos, para ajudá-las, E meios mais produtivos não implicam não resistir à violência.
O que o nosso teatro tenta fazer não é se por como substituto ou alternativa à resistência palestina que luta pela libertação. É exatamente o contrário. É importante que isso fique bem claro.
Sei que essa posição não nos ajuda a conseguir financiamento, mas não somos ‘bons judeus’ querendo ajudar ‘árabes’. Tampouco somos palestinos caridosos, que trazem sopa para os pobres. Nós somos da resistência. Estamos alinhados, absoluta e completamente alinhados com a resistência, com o movimento de libertação dos palestinos. A luta pela libertação dos palestinos é a nossa luta de libertação. Todos os que têm qualquer ligação com o nosso projeto sentem-se pessoalmente sob ocupação, sentem que sua vida está sob ocupação pelo movimento sionista, pelo regime militar de Israel, pelas políticas de Israel. Não importa se moramos em Jenin, em Haifa ou Tel Aviv. Ninguém que trabalha conosco trabalha para ‘curar’ alguém. Não somos ‘curadores’. Não somos bons judeus, nem somos bons árabes, nem somos bons cristãos. Nós somos combatentes da liberdade da Palestina.
MMG: O filme foi proibido em muitas cidades?
JMK: Foi. A exibição foi proibida. O filme foi vendido para várias exibidoras, mas não foi exibido em muitas cidades em Israel. Não sei, é minha opinião, mas acho que quem puder criar dificuldades, boicotar a exibição, boicoitará. Por isso estamos trabalhando tanto na divulgação, tentando divulgar o filme nós mesmos.
Mas, voltando à questão de nosso teatro estar alinhado à Intifada, para deixar bem claro: acreditamos que, hoje, a luta tem de ser cultural, moral. Isso é importante. Não ensinamos os meninos e meninas a usar armas, a atirar, a fabricar bombas. O que fazemos é expô-los ao discurso da libertação, ao discurso da liberdade. Para expô-los a esse discurso, nós os expomos à arte, à música, à dança, à cultura. Nós o expomos a eles mesmos, a uma parte deles que eles não encontram se não forem ensinados a procurar. Entendemos que, assim, lhes damos uma chance de serem mais felizes, de serem gente melhor. Espero que alguns, alguns dos nossos amigos em Jenin, continuarão a luta pela resistência contra a ocupação israelense e continuarão a fazê-lo também nesse projeto e nesse teatro.
MMG: O diretor israelense Yehuda "Judd" Ne'eman diz que hoje filma “no matadouro da guerra moderna”. Diz que se desiludiu do poder da arte ante o horror da guerra, mas diz ele, literalmente: “Quando a situação em Israel deteriora-se em termos políticos, quando meu próprio corpo deteriora-se, só resta acreditar na arte”. Você concorda? Que semelhanças e diferenças você vê entre o seu trabalho, sua missão política e as convergências e divergências que haja entre missão política e missão artística?
JMK: Os mesmos pressupostos valem também para mim. No nosso caso, a arte se combinou, e gera e mobiliza outros aspectos da resistência. A mim, só a resistência interessa. Não faço arte pela arte. Não acredito em arte pela arte. Acho que a arte gera, mobiliza, mistura e combina e inventa um discurso universal de liberdade, de libertação. Só assim a arte me interessa. Por outro lado, a arte tem uma força terapêutica, e dizer “força terapêutica” não implica dizer “poder curativo”. Essa diferença é crucial – não vemos a violência que a ocupação ‘ensina’ aos mais jovens como uma doença. A arte não ensina ninguém a ser bom, bom cidadão, bom judeu, bom cristão. A arte aponta um caminho pelo qual esses jovens têm uma chance de aprender a usar as próprias potências a favor deles. Não contra eles mesmos.
MMG: Você serviu ao exército de Israel, mas abandonou o serviço militar quando recebeu ordens de impedir que parentes palestinos do seu pai passassem por um ponto de controle militar israelense. Que importância teve esse evento, na sua vida política ou, mesmo, na sua formação como artista?
JMK: Foi a palha que quebrou as costas do camelo. Mas a coisa já começou desde que vesti o uniforme. A fantasia não servia, entende? Eu não me via vestido em uniforme militar. Explodi um dia, naquele turno de serviço, naquele ponto de controle. Mas era coisa que já me acompanhava há muito tempo.
MMG: Por quanto tempo você esteve no exército?
JMK: Um ano e meio. Servi numa unidade especializada das forças especiais [uma brigada de infantaria, de paraquedistas]. Não lamento, verdade seja dita. Antes de tudo, do ponto de vista pragmático, o que aprendi lá salvou minha vida várias vezes, no teatro e nas filmagens. Conheço muito bem o exército de Israel, falo hebraico, conheço o idioma, sei como conviver com eles. Foi uma espécie de treinamento de combate para a vida. Por outro lado, vi o avesso, o lado de dentro da propaganda israelense, as menores células da sociedade de Israel, de onde sai o adubo que alimenta o exército. O exército de Israel é a essência da vida em Israel, onde se produz o discurso social israelense, é a base da sociedade israelense. Só lá se vê o fundamento da sociedade israelense. Quando se vê o exército de Israel por dentro, entende-se a dinâmica que mantém vivo o Estado de Israel. Conhecido esse núcleo duro de Israel, pode-se fazer oposição, pode-se reinventar o que não existe em Israel, a partir do que existe.
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[1] A íntegra da entrevista pode ser lida em http://southissouth.wordpress.com/2011/04/05/art-is-freedom-without-force-interview-with-the-late-juliano-mer-khamis/
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quinta-feira, 4 de agosto de 2011
Domingo no Lago - Agosto/2011
– Para a sua terceira edição, dia 7 de agosto.
A Casa do Lago programou duas exibições da Troupe Per Tutti. O grupo apresentará o espetáculo circense “Circo Per Tuti” e encenará a peça teatral “Por um bueiro mais limpo”, a partir das 10h30. Outra atração do Domingo no Lago será o Canja Instrumental, às 11h30. O grupo de jazz é formado por estudantes do Departamento de Música do Instituto de Artes (IA) e do Departamento de Antropologia do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas (IFCH).
Para outras informações, ligue: 19-3521-7017.
A Casa do Lago programou duas exibições da Troupe Per Tutti. O grupo apresentará o espetáculo circense “Circo Per Tuti” e encenará a peça teatral “Por um bueiro mais limpo”, a partir das 10h30. Outra atração do Domingo no Lago será o Canja Instrumental, às 11h30. O grupo de jazz é formado por estudantes do Departamento de Música do Instituto de Artes (IA) e do Departamento de Antropologia do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas (IFCH).
Para outras informações, ligue: 19-3521-7017.
terça-feira, 2 de agosto de 2011
As raízes bíblicas da empresa espanhola no novo mundo
Docente da Universidade do Texas realiza minicurso e conferência no IFCH
Da Redação
[1/8/2011] “As raízes bíblicas da empresa espanhola no novo mundo” será o tema do minicurso oferecido pelo professor Jorge Cañizares-Esguerra, do Departamento de História da Universidade do Texas, em Austin (EUA).
O evento acontece nos dias 2, 4, 9 e 11 de agosto, às 14h, na sala da Congregação do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas (IFCH) da Unicamp. A participação é livre e as inscrições podem ser feitas no primeiro dia de curso.
Cañizares-Esguerra tem trabalho reconhecido em história moderna, com ênfase em história da ciência e cultura visual nos processos de conquista da América. No dia 03/08, às 10h, no mesmo local, o pesquisador apresentará uma conferência sobre o mesmo tema.
Entre as obras principais de Cañizares-Esguerra estão “Como escribir la historia del Nuevo Mundo: Historiografías, epistemologías e identidades en el mundo atlântico”; “Puritan Conquistadors. Iberianizing the Atlantic , 1550-1700” e “The Atlantic in Global History, 1500-2000” (co-organizador).
fonte: http://www.unicamp.br/unicamp/divulgacao/2011/08/01/professor-da-universidade-de-texas-realiza-minicurso-e-conferencia-no-ifch
Da Redação
[1/8/2011] “As raízes bíblicas da empresa espanhola no novo mundo” será o tema do minicurso oferecido pelo professor Jorge Cañizares-Esguerra, do Departamento de História da Universidade do Texas, em Austin (EUA).
O evento acontece nos dias 2, 4, 9 e 11 de agosto, às 14h, na sala da Congregação do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas (IFCH) da Unicamp. A participação é livre e as inscrições podem ser feitas no primeiro dia de curso.
Cañizares-Esguerra tem trabalho reconhecido em história moderna, com ênfase em história da ciência e cultura visual nos processos de conquista da América. No dia 03/08, às 10h, no mesmo local, o pesquisador apresentará uma conferência sobre o mesmo tema.
Entre as obras principais de Cañizares-Esguerra estão “Como escribir la historia del Nuevo Mundo: Historiografías, epistemologías e identidades en el mundo atlântico”; “Puritan Conquistadors. Iberianizing the Atlantic , 1550-1700” e “The Atlantic in Global History, 1500-2000” (co-organizador).
fonte: http://www.unicamp.br/unicamp/divulgacao/2011/08/01/professor-da-universidade-de-texas-realiza-minicurso-e-conferencia-no-ifch
segunda-feira, 1 de agosto de 2011
Wittgenstein e Epistemologia
28 a 30/9 - VII Colóquio Nacional e IV Colóquio Internacional Wittgenstein
28/09/2011 à 30/09/2011
VII Colóquio Nacional e IV Colóquio Internacional Wittgenstein: Wittgenstein e Epistemologia
O Instituto de Filosofia e Ciências Humanas da Unicamp sediará nos dias 28-30/09/2011 o VII Colóquio Nacional e IV Colóquio Internacional Wittgenstein, sobre o tema "Wittgenstein e Epistemologia".
Conferências serão proferidas pelos professores António Marques (Univ. Nova de Lisboa), Mauro Engelmann (UFMG), João Carlos Salles (UFBA) e Arley Ramos Moreno (Unicamp).
Propostas de comunicação podem ser encaminhadas a partir de 04/04/2001.
Para mais informações visite o site:
http://www.ifch.unicamp.br/coloquio_wittgenstein/
28/09/2011 à 30/09/2011
VII Colóquio Nacional e IV Colóquio Internacional Wittgenstein: Wittgenstein e Epistemologia
O Instituto de Filosofia e Ciências Humanas da Unicamp sediará nos dias 28-30/09/2011 o VII Colóquio Nacional e IV Colóquio Internacional Wittgenstein, sobre o tema "Wittgenstein e Epistemologia".
Conferências serão proferidas pelos professores António Marques (Univ. Nova de Lisboa), Mauro Engelmann (UFMG), João Carlos Salles (UFBA) e Arley Ramos Moreno (Unicamp).
Propostas de comunicação podem ser encaminhadas a partir de 04/04/2001.
Para mais informações visite o site:
http://www.ifch.unicamp.br/coloquio_wittgenstein/
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