quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

férias

Oi, turma...

Estou de férias...
volto a atualizar este blog em 04 de fevereiro/2009.

Um abraço e boas férias para voce!

Se curioso for, visite: http://perseus.nied.unicamp.br/time.

Feliz Natal

Haikai - Três poemas para vocÊ:

"Silêncio:
cigarras escutando
canto das rochas"Matsuo Bashô

"casca oca
a cigarra
cantou-se toda" Matsuo Bashô

"Mesmo um velho cavalo
é belo de manhã
sobre a neve" Matsuo Bashô

segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

120 anos da abolição

Núcleo de estudos negros da UNICAMP

120 anos da abolição: uma data desimportante?

Na terça-feira 16/12 às 19:00
na CEPIR o cuta-metragem "Coisas de Brasil" (2008), de Sílvia Cipriano.
O filme trata da temática "120 anos da Abolição".
Após a exibição do curta, haverá um debate sobre o tema principal do filme e, evidentemente, outros temas que permeiam a discussão dessa data tão contraditória e ao mesmo tempo tão importante.
Contamos com a presença de vocês para enriquecer essa relevante discussão.
Abraço a todas e a todos... ...
Anselma Sales.
Endereço da CEPIR: Rua 14 de dezembro, nº 10. Em frente ao SENAC.

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Elogio ao Brasil

O QUE UMA ESCRITORA HOLANDESA FALOU DO BRASIL

Os brasileiros acham que o mundo todo presta, menos o Brasil, realmente parece que é um vício falar mal do Brasil. Todo lugar tem seus pontos positivos e negativos, mas no exterior elesmaximizam os positivos, enquanto no Brasil se maximizam os negativos.
Aqui na Holanda, os resultados das eleições demoram horrores porque não há nada automatizado. Só existe uma companhia telefônica e pasmem! : Se você ligarreclamando do serviço, corre o risco de ter seu telefone temporariamente desconectado.
Nos Estados Unidos e na Europa, ninguém tem o hábito de enrolar o sanduíche em um guardanapo - ou de lavar as mãos antes de comer.
Nas padarias, feiras e açougues europeus, os atendentes recebem o dinheiro e com mesma mão suja entregam o pão ou a carne. Em Londres, existe um lugar famosíssimo que vende batatas fritas enroladas em folhas de jornal - e tem fila na porta.
Na Europa, não-fumante é minoria. Se pedir mesa de não-fumante, o garçom ri na sua cara, porque não existe. Fumam até em elevador.
Em Paris, os garçons são conhecidos por seu mau humor e grosseria e qualquer garçom de botequim no Brasil podia ir pra lá dar aulas de 'Como conquistar o Cliente'.
Você sabe como as grandes potências fazem para destruir um povo? > Impõem suas crenças e cultura. Se você parar para observar, em todo filme dos EUA a bandeira nacional aparece, e geralmente na horaem que estamos emotivos.
Vocês têm uma língua que, apesar de não se parecer quase nada com a língua portuguesa, é chamada de língua portuguesa, enquanto que as empresas de software a chamam de português brasileiro, porque não conseguem se comunicar com os seus usuários brasileiros através da língua Portuguesa.
Os brasileiros são vitimas de vários crimes contra a pátria,crenças, cultura, língua, etc...
Os brasileiros mais esclarecidos sabem que temos muitas razões para resgatar suas raízes culturais.
Os dados são da Antropos Consulting:
1. O Brasil é o país que tem tido maior sucesso no combate àAIDS e de outras doenças sexualmente transmissíveis, e vem sendo exemplo mundial.
2. O Brasil é o único país do hemisfério sul que estáparticipando do Projeto Genoma.
3. Numa pesquisa envolvendo 50 cidades de diversos países, acidade do Rio de Janeiro foi considerada a mais solidária.
4. Nas eleições de 2000, o sistema do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) estava informatizado em todas as regiões do Brasil, com resultados em menos de 24 horas depois do início das apurações. O modelo chamou a atenção de uma das maiores potências mundiais: os Estados Unidos, onde a apuração dos votos teve que ser refeitavárias vezes, atrasando o resultado e colocando em xeque acredibilidade do processo.
5.. Mesmo sendo um país em desenvolvimento, os internautasbrasileiros representam uma fatia de 40% do mercado na América Latina.
6. No Brasil, há 14 fábricas de veículos instaladas e outras 4 se instalando, enquanto alguns países vizinhos não possuem nenhuma.
7. Das crianças e adolescentes entre 7 a 14 anos, 97,3% estãoestudando.
8. O mercado de telefones celulares do Brasil é o segundo do mundo, com 650 mil novas habilitações a cada mês. Na telefonia fixa, o país ocupa a quinta posição em número delinhas instaladas.
10. Das empresas brasileiras, 6.890 possuem certificado dequalidade ISO-9000, maior número entre os países em desenvolvimento. NoMéxico, são apenas 300 empresas e 265 na Argentina.
11. O Brasil é o segundo maior mercado de jatos e helicópterosexecutivos.

Por que vocês têm esse vício de só falar mal do Brasil?

1. Por que não se orgulham em dizer que o mercado editorial delivros é maior do que o da Itália, com mais de 50 mil títulos novos a cada ano?
2. Que têm o mais moderno sistema bancário do planeta?
3. Que suas agências de publicidade ganham os melhores e maiores prêmios mundiais?
4. Por que não falam que são o país mais empreendedor do mundo eque mais de 70% dos brasileiros, pobres e ricos, dedicam considerável parte de seu tempo em trabalhos voluntários?
5. Por que não dizem que são hoje a terceira maior democracia domundo?
6. Que apesar de todas as mazelas, o Congresso está punindo seus próprios membros, o que raramente ocorre em outros países ditos civilizados?
7. Por que não se lembram que o povo brasileiro é um povo hospitaleiro, que se esforça para falar a língua dos turistas, gesticula e não mede esforços para atendê-los bem?

O Brasil é um país abençoado, de fato.
Isto é Brasil!!!

(recebi por email... não possuo a fonte das informações).

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

ótimo artigo de Marina Silva

A dor que nunca passa
Marina Silva, De Brasília (DF)
Nos anos 1970, quando abriam a BR-364 no Acre, ela cortou ao meio Seringal Bagaço, onde eu morava com minha família. À derrubada da mata seguiu-se uma epidemia violenta e incontrolável de sarampo e malária.
Era gente doente ou morrendo em quase todas as casas. Perdi um primo e meu tio Pedro Ney, que foi uma das pessoas mais importantes da minha infância. Morreu minha irmã de quase dois anos e, quinze dias depois, outra irmã, de seis meses. Seis meses depois, morreu minha mãe. Tudo era avassalador, assustador. Uma dor enorme, extrema, que nunca passou.
Para sair disso, tivemos que reconstruir, praticamente, o sentido inteiro do mundo. Aceitar o inaceitável, mas carregá-lo para sempre dentro de si. Ir em frente, enfrentar a dureza do cotidiano, sobreviver, cuidar dos outros.
Viver, enfim, e dar muito valor à vida e às pessoas. Em 1985, numa das maiores enchentes do rio Acre em Rio Branco, eu morava no bairro Cidade Nova, na periferia da cidade, numa pequena casa de onde tivemos que sair às pressas, levando o que foi possívelnuma canoa. O resto foi levado pelas águas, inclusive o único retrato que tínhamos de minha mãe.
Penso agora nisso tudo e acho que consigo entender o que sentem os catarinenses, mas ainda estou longe de alcançar o significado estarrecedor de uma perda tão total e instantânea como a que sofreram. Na escuridão, o morro descendo, destruindo tudo, a busca desesperada pelos filhos, a impotência. E, depois, descobrir-se só em meio ao caos: acabou a casa, foram-se as pessoas amadas, o lugar no mundo. Nãohá mais nada, só a vida física e a força do espírito.
Meus filhos andam pela casa com todo vigor, com toda a beleza da juventude, e sequer consigo imaginar o que seria, de uma hora paraoutra, vê-los engolidos pela terra, debaixo de toneladas de escombrosou mutilados para o resto da vida. É algo terrível demais até no plano da imaginação.
Fere a própria alma tão fundo que chega a serimpossível entender plenamente a profunda tristeza de quem enfrentaessa realidade.
Na Londres de 1624, os sinos da catedral de São Paulo, onde o poeta John Donne era o Deão, tocavam quase ininterruptamente anunciando as milhares de mortes causadas pela peste. Atingido por grave enfermidade(que chegou a ser confundida com a peste) Donne escreveu então um deseus textos mais conhecidos, a Meditação XVII:
"Nenhum homem é umailha, sozinho em si mesmo; cada homem é parte do continente, parte dotodo; se um seixo for levado pelo mar, a Europa fica menor, como sefosse um promontório, assim como se fosse uma parte de teus amigos oumesmo tua; a morte de qualquer homem me diminui, porque eu sou parteda humanidade; e por isso, nunca mandes indagar por quem os sinos dobram.
Eles dobram por ti."Hoje, no mundo, os sinos dobram por todos nós e para nos acordar. Grandes desastres podem virar acontecimentos corriqueiros. Não se podeafirmar peremptoriamente que a tragédia de Santa Catarina deriva, em linha direta, das mudanças climáticas identificadas no relatório doIPCC, o Painel Internacional de Mudanças Climáticas da ONU.
Mas em tudo se assemelha às previsões de possíveis impactos da mudança no clima do sul do Brasil, até o final do século 21.
A natureza, numa pedagogia sinistra, parece exemplificar o que significam esses fenômenos extremos que, em várias regiões do planeta, tenderão a provocar períodos de seca muito mais severos e outros com precipitações intensas.
As ações de mitigação necessárias e as adaptações para enfrentar essesefeitos e reduzir nossa vulnerabilidade diante deles ainda são precárias e estão atrasadas. Os países ricos, detentores de recursos, conhecimento e tecnologia, já avançam em medidas para se proteger. As piores conseqüências deverão recair sobre os países pobres e os emdesenvolvimento. A urgência é auto-explicável. Não é um cientista quem o diz e nem um livro. É a natureza, cujos avisos e alertas têm sido insanamente ignorados.O Brasil, que ontem lançou o seu Plano Nacional de MudançasClimáticas, não tem como deixar de fazer a sua parte, mesmo sem os meios disponíveis nos países ricos.
O acontecido em Santa Catarina é um sintoma e deve ser seguido de um esforço de grandes proporções, deinício imediato, para tentar evitar que se repita. É preciso que cada um de nós, autoridades públicas, empresas e cidadãos, pensemos nos mortos, nas famílias inteiras soterradas, nas vidas destroçadas debaixo do barro, antes de sermos tolerantes com ocupação em encostas, com destruição de matas ciliares, com o adensamento de áreas de risco, com mudanças de conveniência nas legislações.
Não há mais espaço para empurrar os problemas ambientais com a barriga, como tentam fazer alguns, e deixar para "o próximo" o ônus de medidas ditas antipáticas. A omissão que ceifa vidas humanastem que acabar, mesmo à custa de incompreensões.
Nos tempos atuais, há mais um componente na agenda ética: não sedeixar corromper diante das pressões para ignorar a proteção ambientale as medidas de precaução exigidas pela intensificação dos fenômenos naturais. Quem detém algum tipo de representação pública deve seconvencer de que é preciso mudar profunda, rápida e estruturalmente os usos e costumes, de modo a preparar o País para um futuro de sérios desafios ambientais.
Cada vez mais, não é só uma questão de errar, corrigir o erro e aprender com ele. Agora a palavra de ordem é prevenir o erro, para que não se repitam os olhares perdidos, os rostos esvaziados, o choro inconsolável, a desesperança e as mortes que vimos nesses últimos dias em Santa Catarina.

Marina Silva é professora secundária de História, senadora pelo PT doAcre e ex-ministra do Meio Ambiente.

domingo, 7 de dezembro de 2008

MENSAGEM do MEP

CARTA DE SÃO PAULO
MEP – Movimento Evangélico Progressista

Nós mepeanos reunidos no dia 22 de novembro de 2008, na Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo, no Plenário Dom Pedro I, na semana que é comemorado o dia da consciência negra, reefatizamos as Finalidades do MEP, expressas em seu estatuto, a saber:
Mobilizar membros de igrejas evangélicas para defender os princípios do Evangelho na política e zelar para que sejam respeitados;
Pronunciar-se e posicionar-se em nome de seus membros sobre fatos relevantes da vida nacional, exercendo deste modo ação pastoral, reflexão teológica, diaconia e ministério profético, denunciando iniqüidades sociais, violações aos direitos humanos e ao meio ambiente;
Contribuir ativamente para viabilizar as demandas sociais de que o país necessita;
Contribuir para a formação integral de seus membros e, por instrumentalidade destes, das organizações de que façam parte, visando sua conscientização e capacitação para o exercício da plena cidadania e da missão integral da Igreja;
Busca da unidade da igreja da família evangélica e cristã juntamente com outras organizações em torno desses ideais;
Articular e organizar em nível nacional, um movimento de conscientização e ação visando a participação plena dos evangélicos na vida política do país.

Portanto, considerando suas finalidades expressas na participação social e política , definimos como metas: a ampliação do diálogo com igrejas e entidades evangélicas, movimentos sociais, partidos políticos, sindicatos, centrais sindicais, parlamentos e governos.

Reconhecendo o avanço do governo Lula na diminuição dos problemas sociais brasileiros e visando a ampliação da justiça social, o MEP decide por campanhas diversas elaboradas pelo próprio movimento e, ou em parceria com movimentos sociais e outras entidades. Entre os temas necessários em sua reflexão e ação o MEP entende que muitos têm caráter de urgência entre eles: reforma política (proposta a ser discutida no próximo encontro), ampliação da reforma agrária, incentivo ao cooperativismo, a favor da reforma tributária, fortalecimento da defensoria pública, igualdade racial, mais moradia, defesa do ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente) e do Estatuto do Idoso, contra a violência doméstica, a favor da jornada de trabalho em 40 horas semanais, re-estatização da Petrobrás – com o fim de concessões para exploração das jazidas brasileiras de petróleo e gás por multinacionais, revisão da política carcerária, mais investimentos em educação e saúde.

Com o objetivo de atualizar seu rol de filiados e simpatizantes decidiu-se pelo recadastramento dos membros filiados ao MEP (mepcadastramento@gmail.com), e a disponibilização da listagem dos filiados na Home Page do Movimento. Definiu-se também pela prática da política de finanças definida no estatuto do Movimento.A complexa conjuntura nacional e internacional apresenta-nos uma série de fatos aos quais precisamos manter-nos atentos, entre estes: a vitória do primeiro presidente negro da história dos EUA, as incertezas relacionadas à crise financeira internacional, a vitória de candidatos progressistas ou esquerdistas em países da América Latina, as novas formas da violência internacional como os "novos piratas" que atuam na costa africana, o roubo de patentes de paises pobres por paises ricos, a neurose em massa do terrorismo, o tsunami das informações em nossos microcomputadores, as tragédias do aquecimento global. Tudo isto, remete o cristão a uma distinta postura perante o mundo. O Profeta Amós 8,11 diz: "Eis que vêm os dias, diz o Senhor Deus, em que enviarei fome sobre a terra; não fome de pão, nem sede de água, mas de ouvir as palavras do Senhor." As indagações pertinentes e motivadoras, entre outras são: Que sociedade desejamos construir? Quais são os líderes que apresentamos a comunidade? Qual nosso papel (igreja e indivíduo) nesta sociedade? Estas questões, entre outras que percorrem nossas inquietações, não querem se calar.

É neste redemoinho que a voz profética do MEP deve-se expressar.
Conclamamos os mepeanos a que se envolvam e participem das ações do MEP em todo o país, seguindo sempre o lema do Movimento inspirado no mesmo Profeta Amós: “Até que corra a justiça como um riacho perene” (capítulo 5, versículo 24). Aproveitamos para manifestar a nossa solidariedade às vítimas das enchentes nos Estados de Santa Catarina e Rio de Janeiro.

quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

60 anos dos direitos humanos

SESSÃO COMEMORATIVA AOS60 ANOS DA DECLARAÇÃO UNIVERSALDOS DIREITOS HUMANOS
Data: 10 de dezembro de 2008 - Quarta-feira
Horário: 19:30 horas
Local: Sindicato dos MetalúrgicosRua Dr. Quirino, 560
Informações: 3236-9761
Programação:
19h30 - Abertura e composição da mesa (Câmara Municipal de Campinas)
20h00 - Exposição dos 60 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos(Dr. Torres)20h20 - Exposição: Direito à Memória e a verdade
20h40 - Exibição do documentário "Em nome da Segurança Nacional"
21h20 - Entrega da Medalha Cônego Milton Santana de Direitos Humanos ao cineasta Renato Tapajós
21h30 - Encerramento

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

movto "TODOS PELA EDUCAÇÃO"

Movimento de diversos setores da sociedade que tem por objetivo efetivar o direito a educação de qualidade para todos e estabeleceu 5 metas que o Brasil deve alcançar até 2022.

Este site possui muitos dados, informações e indicadores para pesquisa sobre educação no Brasil:
http://www.todospelaeducacao.org.br/

As cinco metas do movimentos:
Meta 1 – toda criança e jovem de 4 a 17 anos na escola
Meta 2 – toda criança plenamente alfabetizada até os 8 anos
Meta 3 – todo aluno com aprendizado adequado à sua série
Meta 4 – todo jovem com Ensino Médio concluído até os 19 anos
Meta 5 – investimento em Educação ampliado e bem gerido

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Cotas novas noticias - polêmicas

20/11/08
‘Aprovação de cotas tem valor simbólico para movimento negro’, diz ativista.
Segundo integrante da Educafro, ensino superior é ‘ilha de exclusão’.
Reserva de vagas nas federais passou na Câmara e segue para o Senado.

A aprovação na Câmara do projeto que reserva metade das vagas nas universidades federais para estudantes egressos da rede pública, nesta quinta-feira (20/11/08), foi tida como “um ganho político” por Douglas Belchior, um dos coordenadores da ONG Educafro, rede de cursinhos comunitários para jovens afrodescendentes e carentes.

Os Excluídos e A Cidade

A editora UNICAMP, a EDUSP e a Academia Campinense de Letras
convidam
lançamento dos livros
Os Excluídos e A Cidade
Autor: prof. dr. José Roberto do Amaral Lapa
dia 3/12 - 19hs
rua marechal deodoro, 525 -
fone 3231.2854

sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Lançamento de livro - Maria Adélia

A LIVRARIA CULTURA e as Edições TERRITORIAL
convidam para os lançamentos e noite de autógrafos dos livros:

A METRÓPOLE E O FUTURO. Refletindo sobre Campinas?,
coletânea de artigos organizada por Maria Adélia de Souza, Professora Titular da USP, que se realizará no dia 03 de dezembro de 2008

Local: LIVRARIA CULTURA
Shopping Center Iguatemi: Av. Iguatemi, 777, térreo
Vila Brandina - Campinas (SP).

Hora: Dezenove horas.

Nos eventos serão realizadas palestras pelos autores e co-autores dos livros seguidas de sessão de autógrafos.

Aos presentes será oferecido um vinho.

NÓS NOS SENTIREMOS HONRADOS COM A SUA PRESENÇA.

terça-feira, 25 de novembro de 2008

mapa de injustiça ambiental e saúde

MAPA DE CONFLITOS ENVOLVENDO INJUSTIÇA AMBIENTAL

O objetivo deste formulário é recolher denúncias variadas, envolvendo injustiçasambientais e riscos para a saúde, se possível antes mesmo que o problemase torne uma ameaça real para as populações envolvidas. Além de disponibilizaressa informação para o Ministério e para as pessoas que têm o dever institucionalde evitar que o problema se agrave, estaremos igualmente socializandoa questão entre as entidades da sociedade civil, possibilitando o monitoramentoe a cobrança das ações governamentais a respeito.
Esses dados serãotambém utilizados para a organização das conferências locais e para a preparaçãoda Conferência Nacional de Saúde e Meio Ambiente, prevista para outubrode 2009.O formulário tem por título Denúncias sobre injustiça ambiental e saúde no Brasil,e o link para ele é http://formsus.datasus.gov.br/site/formulario.php?id_aplicacao=2220
Visite o nosso sítio: http://www.justicaambiental.org.br/
Caso deseje maiores informações escreva para rbja@fase.org.br

60 anos da Declaração dos Direitos Humanos

O CEDECAMP - Centro de Defesa de Direitos de Crianças e Adolescentes de Campinas, tem o prazer de convidar todas/os para sua atividade de formação: “60 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos e a Convenção Internacional dos Direitos das Crianças.
Dia 29 de novembro de 2008
a partir da 8:30h na Casa de Santana
Rua Barão de Jaguara, 295
Centro Campinas.
inscrições podem ser feitas pelo e-mail: cedecamp@gmail.com.

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Livro gratuito "As desigualdades raciais no Brasil"

Ipea lança livro "Desigualdades raciais", com download gratuito.

O livro traz análises inéditas sobre a política de cotas brasileira e sobre os números dos censos e Pnads desde 1890 que confirmam que a população brasileira volta em 2007 a ser de maioria negra como fora no primeiro registro oficial confiável, de 1890.

O mais novo lançamento do Ipea está disponível na íntegra gratuitamente no sítio eletrônico do Ipea

(http://www.ipea.gov.br/).

Basta clicar sobre a reprodução da capa e, na página da sinopse, clicar em "acesse o documento".

Lutero Negro

O Lutero Negro
A primeira tentativa de estabelecer uma igreja protestante no Brasil foi em 1555, que pretendia dar refúgio aos protestantes calvinistas franceses, perseguidos pela inquisição européia.
A segunda tentativa foi em 1630, quando os Holandeses tomaram Recife, Olinda e parte do Nordeste, registrando uma presença do protestantismo.
Após a expulsão dos holandeses, em 1654, o Brasil fechou as suas portas aos protestantes por mais de 150 anos. Com a chegada da família real e um “jeitinho português” abriu-se uma brecha no monopólio católico, permitindo a presença de outra religião que não fosse a católica: os protestantes estrangeiros não podiam pregar nem abrir uma igreja com formato de templo, mais podia se reunir e cultuar, também podia comercializar a bíblia e até distribui-la.
Foi através dessa brecha que um negro, alfaiate, letrado, chamado Agostinho Jose Pereira, conheceu a bíblia e descobriu outra forma de cristianismo. Agostinho teve contato com protestantes estrangeiros que passaram pelo Recife. Por revelação divina, em sonho, torna-se protestante.
Em 1841, Agostinho Jose Pereira surge pregando pelas ruas de Recife. Nasce a primeira igreja protestante brasileira, a Igreja do Divino Mestre, com seus mais de 300 seguidores, negros e negras, todos livres e libertos.
Agostinho os ensina a ler e escrever, em uma época que os proprietários de terras eram analfabetos. No Brasil de 1841, fora das colônias estrangeiras, não havia protestantismo algum.
O Negro Agostinho foi o primeiro pregador brasileiro e fundou a Igreja do Divino Mestre, primeira igreja protestante do Brasil. Só depois em 1858 o reverendo Roberto Kalley fundou a Igreja Fluminense, episodio considerado pela historia oficial data de fundação da primeira igreja protestante do Brasil, depois vieram outras Igrejas como a presbiteriana (1859), a batista (1871), a anglicana (1889).
A Igreja do Divino Mestre, era mística e teologicamente negra. A Igreja fundada por Agostinho fala de libertação bíblica, esperança de uma vida livre da escravidão, o povo negro como a primeira criação humana de Deus, e um Cristo não branco.
As idéias de Agostinho eram avançadas e perigosa para a época onde a igreja católica era a religião oficial do Estado, e não admitia nenhuma outra crença a não ser a igreja de Roma. Agostinho ao ler a Bíblia e pregar uma outra forma de cristianismo, que era proibido, criticava o catolicismo com suas estátuas e santos intermediários, ele tornou-se alvo de perseguição da Igreja Católica, mais não foi só a igreja que se sentiu ameaçada com as pregações de Agostinho, as autoridades e a Imprensa de Recife se alvoroçaram com as idéias do Pastor Negro que falava da libertação dos escravos, citava a revolução do Haiti e insurreição escrava nos modos dos negros mulçumanos na Bahia, acontecimentos que deixava os escravistas brasileiros em arrepios.
Ele era mais que subversivo, era negro em plena escravidão negra, era protestante em um Estado católico, e pregava a libertação dos negros em uma sociedade que sufocava qualquer movimento que ousasse tal feito.
O negro Agostinho era um perigo para o Brasil da época.
A historia de Agostinho deixa muita perguntas sem resposta, pouco sabemos da sua vida, de onde veio, pra onde foi. O que sabemos é que ele era um negro letrado, e que fundou a primeira igreja protestante brasileira, essa igreja era negra. Sabemos também que na sua trajetória política conheceu Sabino o líder da revolta baiana conhecida como a sabinada, também participou da confederação do Equador.
Um fato marcante na vida de Agostinho foi a sua prisão em 1846, graças a esse acontecimento foi registrado um pouco da sua vida documentado na imprensa de Recife e em inquérito policial, que hoje são fontes de pesquisas resgatando o legado desse grande homem.
A imprensa discutia até onde ele era um rebelde, um fanático religioso, foi acusado de vigarista e enganador da boa fé de negros e pobres. Agostinho tinha 47 anos de idade quando foi preso.
O chefe de policia da província suspeitava que a “seita” liderada por Agostinho tinha o objetivo de preparar uma insurreição de escravos.
A policia cercou a casa onde a Igreja do Divino Mestre se reunia, prenderam Agostinho e seus fiéis. Com a prisão de Agostinho a sua igreja se expandiu pela cidade, e a perseguição policial se estende aos seus membros.
No bairro de Boa Vista, a policia entra na casa de um de seus lideres, o interroga e confisca a sua bíblia. A policia invade a casa de Agostinho e apreende textos intitulados como o ABC, textos esses que criaram um grande alvoroço por conter citações da revolução dos escravos do Haiti.
A perseguições prosseguiram aos membros da Igreja do Divino Mestre que registrara 16 pessoas detidas.
O seu advogado de defesa foi Borges da Fonseca, um liberal de Pernambuco.Não sabemos o que aconteceu com o pastor negro Agostinho Jose Pereira depois da sua prisão.
Um jornal da época noticiara que Agostinho fora solto pelo hábeas corpos do advogado Borges da Fonseca e que quando passava nas ruas acompanhado pelos seus discípulos a multidão gritava e assoviava.
Ao passar por Pernambuco em 1852 o naturalista inglês Charles B. Mansfield referiu-se ao Divino Mestre como um “Lutero Negro”, que não sabia onde ele estava, mas tinha ouvido que tinha sido condenado a 3 anos de prisão ou fora deportado, não sabia o certo.
O Lutero Negro, assim como se referiu o inglês Mansfield, deixou um legado para a igreja e sociedade brasileira.
Para o Movimento Negro Evangélico deixou uma bela herança histórica: “a primeira Igreja Protestante do Brasil foi negra”.

Hernani Francisco da Silva São Paulo 11 de setembro 2008
Citações e Referências:Léonard, Émile-G.
O protestantismo brasileiro: estudo de eclesiologia e história social.
2ª ed. Rio de Janeiro: JUERP e ASTE, 1981.
Marcus JM de Carvalho -
Rumores e rebeliões: estratégias de resistência escrava no Recife, 1817-1848 - 49
- Tempo - Revista do Departamento de Historia da UFF -
Nº 6 Vol. 3 - Dez. 1998.
Marcus JM de Carvalho
“FÁCIL É SEREM SUJEITOS, DE QUEM JÁ FORAMSENHORES”:
O ABC DO DIVINO MESTRE
Afro-Ásia, número 031
Universidade Federal da Bahia, Brasil pp. 327-334, 2004.

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

poema ao educador

Caro Educador
Escola é...
O lugar onde se faz amigos.
Não se trata só de prédios, salas,
quadros, programas, horários,
conceitos...
Escola é sobretudo gente.
Gente que traballha, que estuda, que se alegra,
se conhece, se estima (Paulo Freire).
Escola é professor e professora que:
Ousa ensinar apesar das dificuldades,
desvenda novos caminhos, quebra
barreiras e quando parece impossível,
sorri, estende as mãos e
continua a jornada.

Faz tudo com ternura, amor e dedicação.
às vezes, perde a paciência, mas logo retoma sua serenidade.
Professor, educador, mediador,
seja qual for o nome que lhe é atribuido,
você será sempre o mestre que conduz o aprendiz
na busca de novos horizontes.
Marisa Gubani Capelassi
Professora da rede municipal de Hortolândia/SP.
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segunda-feira, 17 de novembro de 2008

a cidade como espaço educativo

Políticas Públicas: a cidade como espaço educativo
01/12/2008
inscrições: http://www.nepp.unicamp.br/
conferencistas: Moacir Gadotti, Maria da Glória Gohn, Gilberto Dimenstein,
entre outros

Infância e juventude

Seminário do Nepp
O Núcleo de Estudos de Políticas Públicas (Nepp)
realiza no dia 24 de novembro, às 9 horas, no auditório 3 do Centro de Convenções,
Seminário "Perspectivas das Políticas Públicas para a Infância e Juventude
depois de 18 anos de ECA: o Direito à Convivência Familiar e Comunitária".
Inscrições e informações. http://www.nepp.unicamp.br/
Mais detatalhes podem ser obtidos pelo telefone 19-3521-2495.

afrotech e educafro

experiências sociais inovadoras de inclusão social

Em mesa redonda, ocorrida semana passada.
GGBS mostra a experiência social do projeto Educafro e AFROTECH.
Os Projetos são voltados para a inserção de jovens de origem negra no mundo do trabalho e na Universidade.
www.gr.unicamp.br/ggbs

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Ceprocamp abre 150 vagas para professores

A partir das 14h desta quinta-feira, dia 13 de novembro, até às 18h do dia 18,
estarão abertas as inscrições para os interessados em lecionar
no Centro de Educação Profissional de Campinas "Prefeito Antonio da Costa Santos" (Ceprocamp) –
ligado à Fundação Municipal de Educação Comunitária (Fumec).
São cerca de 150 vagas e as inscrições, que são gratuitas,
serão feitas exclusivamente pela internet

AS vagas são para professores dos cursos profissionalizantes ou para disciplinas dos cursos técnicos, pré-vestibular e de atualização nas seguintes áreas:
Administração/Gestão; Saúde Ocupacional; Hospitalidade e Hotelaria;
Desenvolvimento Social; Informática; Serviços Domiciliares; Construção Civil; Ambiental/Saneamento;
Cursos Pré-Vestibulares e Preparação para Concursos;
Cidadania – Ética – Emprego;
Apoio e Estímulo à Elevação da Escolaridade (português e matemática).

outras informações em: http://www.campinas.sp.gov.br/

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

A língua, fonte de vida ou veneno mortífero?

Aos leitores do blog.
Em uma reunião da equipe do projeto TIME na EMEF do Jd. Adelaide/Hortolândia, conversamos sobre o Dia da consciência Negra, sobre o preconceito e sua relação com a palavra
dita e escrita. Abaixo uma reflexão com referências bíblicas, no eixo da palavra dita = a lingua como uma metáfora das expressões do cotidiano em sala de aula, na escola e na vida.
Odair.

A língua, fonte de vida ou veneno mortífero?
Publicado em 12/11/08 às 13:40
Por: Rev. Hernandes Dias Lopes

A língua pode ser uma fonte de vida ou um veneno mortífero. Pode dar vida ou matar (Pv 18.21). Tiago diz que se alguém não tropeça no falar é perfeito varão (Tg 3.2).
Até o tolo quando se cala é tido por sábio e no muito falar não falta transgressão.
O homem tem conseguido domar toda espécie de feras, de aves, de répteis e de seres marinhos, mas a língua nenhum dos homens é capaz de domar.
A língua é mal incontido, carregado de veneno mortífero (Tg 3.7,8).
Tiago fala sobre quatro coisas que a língua é capaz de fazer.
1. A língua é capaz de dirigir (Tg 3.3,4) – Tiago compara a língua ao freio do cavalo e ao leme do navio. Tanto o freio como o leme são instrumentos usados para controlar e dirigir. O freio controla e dirige o cavalo e o leme controla e dirige o navio. Um cavalo indócil pode usar sua força para o mal e tornar-se uma ameaça, mas se domado e controlado pelo freio usará sua força para o bem. Um cavalo governado pelo freio torna-se um animal dócil e útil ao seu proprietário.
Um navio sem leme seria um veículo de morte e não de vida. Sem a direção do leme, um navio arrebentar-se-ia nos rochedos e provocaria grandes desastres, com muitos prejuízos.
Tiago diz que a língua, um pequeno órgão tem o mesmo poder do freio e do leme. Ela pode governar e dirigir nossa vida para o bem ou para o mal (Tg 3.5).
Com ela podemos nos livrar de terríveis acidentes ou podemos provocar imensos desastres.

2. A língua é capaz de destruir (Tg 3.5b-8) –
Tiago compara a língua ao fogo e ao veneno. Ambos são destruidores. Uma pequena fagulha coloca em chamas toda uma selva. Uma pequena dose de veneno pode matar uma pessoa rapidamente. Tiago diz que a língua é fogo; é mundo de iniqüidade.
Ela não só põe em chamas toda a carreira da existência humana, como também é posta ela mesma em chamas pelo inferno (Tg 3.6). A língua é mal incontido, carregado de veneno mortífero (Tg 3.8).
Assim como um incêndio, muitas vezes, se torna incontrolável, Tiago também diz que a língua é indomável (Tg 3.9). A maledicência destrói e mata. A boataria espalha-se como um rastilho de pólvora e destrói como um incêndio que se espalha numa floresta.

3. A língua é capaz de deleitar e alimentar (Tg 3.9-12) – Tiago prossegue em seu argumento dizendo que a língua é comparada a uma fonte (Tg 3.11) e a uma árvore frutífera (Tg 3.12).
A fonte pode nos saciar e a árvore pode produzir frutos saborosos que nos alimentam. Nossa língua pode ser medicina. Nossas palavras podem ser boas para a edificação.
Com a nossa língua podemos trazer refrigério e restauração para as pessoas.

4. A língua é capaz de praticar profundas contradições (Tg 3.9-12) – Tiago faz uma afirmação e depois revela uma incoerência. A afirmação demonstra o aspecto contraditório da língua:
Com ela, bendizemos ao Senhor e Pai; também, com ela, amaldiçoamos os homens, feitos à semelhança de Deus (Tg 3.9).
Diz Tiago que de uma só boca procede bênção e maldição (Tg 3.10). Tiago, porém, argumenta que essa incoerência é uma prática inconveniente: “Meus irmãos, não é conveniente que estas cousas sejam assim” (Tg 3.10b). Tiago fecha a questão mostrando a impossibilidade de usarmos nossa língua para duas práticas tão contraditórias:
“Acaso, pode a fonte jorrar do mesmo lugar o que é doce e o que é amargoso? Acaso, meus irmãos, pode a figueira produzir azeitonas ou a videira, figos? Tampouco fonte de água salgada pode dar água doce” (Tg 3.11,12).
Nossa língua é fonte de água doce ou salgada; é medicina ou veneno; é veículo para a glorificação de Deus ou ferramenta para amaldiçoar as pessoas. Não pode ser as duas coisas ao mesmo tempo.
Que Deus nos ajude a fazer a escolha certa!
http://www.lideranca.org/

terça-feira, 11 de novembro de 2008

O negro e a cultura

A Casa do Lago - UNICAMP
programação especial para a celebração do Dia da Consciência Negra
comemorado no dia 20 de novembro.
quarta-feira, dia 19 de novembro , às 18 horas, com a abertura oficial do evento.
Quatro artistas estarão expondo seus ensaios fotográficos: Avelino Bezerra, Élcio Paraíso, Everaldo Silva e Fernando de Tacca, seguida da apresentação dos curtas "Tradição e História do Quilombo Galvão", "A Voz da Mulher Quilombola" e "A Multiplicação de Maria".

Mesmo dia, às 20 horas, haverá apresentação da Corporação Musical Campineira dos Homens de Cor que neste ano comemora seus 75 anos de muita música.

Na semana seguinte, a partir do dia 24 será exibido o ciclo de filmes "O movimento é Black! Por dentro do Cinema negro - Blaxploitation, cinema brasileiro".
Outras informações: 19-3521-7017.

domingo, 9 de novembro de 2008

II Sem. Produção do conhecimento em Educação

II Seminário sobre a produção do conhecimento em Educação:
Compromissos da Pesquisa
Data: 17, 18 e 19 de novembro de 2008Horário:
13h30 (17/11); 14h (18/11); e 8h30 (19/11).
Local: Sala 800 e Salas 301, 302 e 312Campus I
Inscrições gratuitas: vagas limitadas
A PUC-Campinas realiza, nos dias 17, 18 e 19 de novembro de 2008,
para alunos do programa de Pós-Graduação em Educação, docentes,
alunos da Graduação que desenvolvem algum projeto de Iniciação Científica
e demais interessados da Universidade
e público externo.

O V Colóquio Internacional Michel Foucault

O V Colóquio Internacional Michel Foucault
“Por uma vida não-fascista”
10 a 13 de novembro, no Instituto de Filosofia e Ciências Humanas (IFCH).
Organizado pela professora Luzia Margareth Rago,
aberto às 14 horas, no auditório 1 do IFCH.
As inscrições podem ser feitas na secretaria de eventos do IFCH.
Confira site do evento. http://www.coloquiofoucault2008.mpbnet.com.br/
Outras informações pelo e-mail seceven@unicamp.br ou telefone 19-3521-1601.

Histórias vividas contadas em verso

"Histórias vividas contadas em verso"
(abaixo um dos poemas do livreto publicado em 10/2008)
org: Marisa G. Capelassipublicado pelo projeto INTERAJA -
Brasil Alfabetizado - Hortolândia/SP

Poema (história de vida)

Nasci em Alagoas,
No riacho do Cipó.
A familia muito pobre
Sofria que dava dó
Não tive infância nem estudo,
Mas aprendi a trabalhar.
A educação que levei pra vida,
Foi a recebida no lar.
Sou pobre mas sou feliz,
Não posso lamentar.
Agradeço pela vida e a saúde,
Tenho coragem pra trabalhar.
Aprendi a ler e a escrever,
Tenho vontade de estudar.
Comecei uma caminhada,
E não posso mais parar.
Autora: Leonilda Ferreira da Silva
Alfabetizadora: Edna de Oliveira Gerardo

Simpósio de educação ambiental de Suzano

I Simpósio de educação ambiental de Suzano

Organização: secretaria municipal de Educação

www.simpeas.com.br

26/27/28 de novembro 2008

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

sobre a virgula

A Vírgula: O que vocês acham da vírgula, ela é realmente importante?
Vejam: Muito legal a campanha dos 100 anos da ABI (Associação Brasileira de Imprensa).
Vírgula pode ser uma pausa... ou não:
Não, espere. Não espere.
Ela pode sumir com seu dinheiro:23,4 ou .2,34.
Pode ser autoritária:
Aceito, obrigado. Aceito obrigado.
Pode criar heróis...
Isso só, ele resolve. Isso só ele resolve.
E vilões....
Esse, juiz, é corrupto. Esse juiz é corrupto.
Ela pode ser a solução:
Vamos perder, nada foi resolvido. Vamos perder nada, foi resolvido.
A vírgula muda uma opinião:
Não queremos saber. Não, queremos saber.
Uma vírgula muda tudo.
ABI: 100 anos lutando para que ninguém mude uma vírgula da sua informação.
Brincando:
SE O HOMEM SOUBESSE O VALOR QUE TEM A MULHER ANDARIA DE QUATRO À SUA PROCURA.
Se você for "mulher", certamente colocou a vírgula depois de MULHER.
Se você for " homem", colocou a vírgula depois de TEM.

terça-feira, 4 de novembro de 2008

Museu exploratório de ciências

Museu exploratório de ciências

http://www.mc.unicamp.br/


O Museu Exploratório de Ciências tem como missão promover a disseminação da cultura científica, sendo um espaço que valorize a convivência, o lazer e a inclusão social.

sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Violência na sociedade: interface com as políticas públicas

INFORMAÇÕES GERAIS
Local: Centro de Convenções da UNICAMP
Data: 12 de novembro de 2008
Horário: das 9h00 às 17h00
Informações adicionais: guanabara@reitoria.unicamp.br
INSCRIÇÕES GRATUITAS: http://www.cori.unicamp.br/foruns/extensao/foruns_extensao.php

SOBRE O EVENTO
A violência manifesta-se de várias formas e em diferentes contextos. As estatísticas sobre o assunto fundamentam a existência do fenômeno e indicam a necessidade de ações profissionais planejadas, especialmente para a sua prevenção. Para que isso se concretize é necessária a devida atenção das autoridades que discutem o assunto, dos diferentes segmentos da sociedade e em especial dos profissionais que no cotidiano atuam com a problemática. A violência envolve aspectos de dimensão social, emocional, jurídica e profissional. Nesta linha de reflexão, o trabalho interdisciplinar pressupõe a complementação de saberes e a interface com as políticas públicas são de fundamental importância na prevenção e no combate ao fenômeno. O trabalho e o envolvimento dos profissionais das diferentes categorias, em especial do assistente social na ação e na reflexão, são importantes para estratégias de prevenção e na garantia de direitos e cidadania.

quinta-feira, 30 de outubro de 2008

A Experiência social dos projetos EDUCAFRO e AFROTECH

Mesa redonda
A Experiência social dos projetos EDUCAFRO e AFROTECH
Aníbio Ferreira da Silva Jr
EDUCAFRO, Coordenador do Núcleo Vida Nova, Campinas/SP
Aparecida Miranda
EDUCAFRO, Assistente Social/HC-UNICAMP, educadora de cidadania do Núcleo Vida Nova.
Douglas Belchior
Professor de história, membro da Coordenação Nacional da Educafro
Cynthia Thomas
Representante do AFROTECH / Travel Procurement / IBM
dia 12/11/08
14:00 horas
Local: Auditório da AFPU - UNICAMP (Agência de Formação dos Profissionais da UNICAMP)
Organização: GGBS (Grupo Gestor de Benefícios Sociais)
inscrições:www.gr.unicamp.br/ggbs (sem custo)

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

a ciça detonou....

se alguém quiser, puder contribuir..
.pode entrar na conversa ok ;-)
Quanto ao contato com o seu Blog...vi que vc, como outros professores que estão participando da Oficina, está curtindo mesmo usar a ferramenta e está buscando diálogos via este novo espaço seu na Web...
é legal!!! ver isso.
Quanto aos post...
são impressões minhas a partir do contato com alguns informações postadas no seu Blog
(ou seja, são opiniões de alguem que também está tentando se adaptar ao "tempo" e formado da linguagem um blog, ok.)...
o que quero dizer é que... meus comentários abaixo são também dúvidas minhas em relação ao uso do Blog em geral...É engraçado pois são dúvidas que não surgiram enquanto eu só era "leitora de Blog" ...estão surgindo agora enquanto estou tentando exercer o papel de "editor de um Blog"...

Bom vamos lá: ao ler seus post Tempo que foge!,Carta de Nita Freire fiquei com algumas dúvidas1) tamanho/frequencia dos posts: tenho percebido que o "tempo" de edição (e o tamanho) da informação em um post é variado mas parece ter um certo "padrão" que foi se constituindo no uso de Blogs. Ou seja...para se conseguir manter um Blog atualizado é necessário postar informações com uma dada frequência...porque serão os seus "leitores" vão desistir de procurar estabelecer diálogos com vc via esta ferramenta. Além do tempo, o "tamanho" da informação também parece ser diferente nos vários Blogs, mas parece que tendem a ser objetivos , sintéticos e integrados com outras info na web...será que é isso mesmo?2) reprodução de info que está na Web em nosso Blog: quanto vemos algo na web que nos interessa, que desejamos compartilhar em nosso Blog( área/Web) indicando a leitura para outras pessoas...será que replicamos a info no post ou indicamos o link e comentamos no post o que nos chamou a atenção, ou o que nos mobilizou para compartilhar tal informação?

ao ler seu post Oficina de video EMEF Pq Pinheiros me surgiu outra dúvida:1) quando queremos compartilhar textos maiores (artigos nossos, planos de atividades etc) que recursos os Bloggueiros veteranos usam: postam o documento no editor de texto do google e fez o link no Blog ou tb usam o share (tanto para slides como para textos) e linkam o documento no próprio post (como fez a Vanessa recentemente com a apostila da oficina)? ps: quanto ao Layout...vc havia dito no início que não tinha gostado...então fiquei esperando para ver que ajustes/personalizações vc iria fazer no modelo inicial que utilizou quando criou se Blog ;-)
Ciça

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

relatos de seminário sobre Paulo Freire em SP

Pólis disponibiliza conteúdo de ciclo de seminários sobre Paulo Freire

A Rede de Educadores Populares de São Paulo organizou o ciclo deseminários O pensamento de Paulo Freire como matriz integradora depráticas educadoras no meio popular, que celebrou os dez anos deausência/presença de Paulo Freire. A atividade ocorreu em quatromomentos: Paulo Freire e outras correntes de pensamento e ação, emnovembro de 2007.
ACESSO AO CONTEUDO COMPLETO DOS SEMINARIOS EM
http://www.polis.org.br/noticias_interna.asp?codigo=670

sexta-feira, 24 de outubro de 2008

Faculdade Nazarena


Oficina de video EMEF Pq Pinheiros

Oficina em sala de aula para produção de vídeo.

Memória de atividade, realizada em 02-junho-2008 (resenha inicial ).
Sala de aula de 2º ano. Período da tarde. EMEF Pq. dos Pinheiros - Hortolândia/SP
PROJETO TIME (www.nied.unicamp.br/time).

Participantes: Odair, Profa. Janira, Profa. Eliane, alunos da classe.
(O estagiário da escola ficou um pouco na sala gravando)


Objetivo: estimular os alunos a construir um roteiro de vídeo, a partir de suas memórias. Refletindo sobre a visita de campo realizada no entorno da escola, das pesquisas realizadas em suas residências e das atividades anteriores realizadas em sala de aula.


Seqüência da oficina de criatividade realizada em sala de aula.

Criação de personagens (profa Janira)
Criação de diálogos em função dos personagens
(Odair, com apoio das Profas Janira e Eliane)
Concepção de figurinos (Odair)
Exercício de contar histórias (Odair, com apoio das profas Janira e Eliane)
Roda de conversa sobre a construção de uma história (Odair)
Avaliação coletiva (Odair)

Descrição

Criação de personagens
Exposição sobre o que é um personagem, e de forma coletiva, os participantes criam dois personagens, geram nomes e descrevem suas características.

Criação de diálogos

As crianças são divididas em cinco grupos, com cerca de 5 participantes cada.
São estimuladas a criarem dois personagens por grupo e construírem um pequeno diálogo entre os dois, que posteriormente será apresentado sob a forma de um pequeno teatro de marotes.

Concepção de figurinos

É apresentado o conceito de figurino.
As crianças exercitam e visualizam que o mesmo personagem (boneco), em figurinos diferentes assume papéis diferentes.
Visualizam uma índia, uma pessoa do campo, uma vovó, um garoto de hip hop, entre outros.
Este exercício estimula a imaginação e permite uma reflexão posterior sobre a temática do preconceito. Isto é, uma pessoa com uma roupa diferente (estereótipo) é visualizada pela sociedade de formas diferentes. Mas é a mesma pessoa.


Contar as histórias

Cada grupo apresenta sua história para os outros da sala.
Em cada apresentação são experimentadas técnicas do contar a história e da manipulação de marote como:
- o tom de voz (para que todos ouçam) (Questões de timidez?)
- a posição da mão (olhar para cima, olhar para a sala, movimento da mão em função da voz)
- O marote ao lado do manipulador, o marote atrás de um biombo onde não se vê o manipulador, a expressão de uma emoção a partir da gesticulação.

Roda de conversa sobre a construção de uma história

Utilizou-se uma música (Ode ao bicho de pé, de Daniela Rezende – do CD “Em práticas” produzido pela VISARTE – alunos do IA-UNICAMP) para que os participantes refletissem sobre os três elementos básicos de uma história: início, meio e fim.

Após, há uma tentativa de visualizar o roteiro do vídeo com os alunos.
Neste momento, já havíamos realizados cerca de três horas de atividades com os alunos e estes manifestavam desgaste.
Vários deram sugestão sobre o inicio da história-roteiro, mas não se conseguiu avaliar atividades de meio e finalização.

Avaliação coletiva

Primeira tentativa de diálogo em forma de roda.
Houve no início um bom retorno, mas minutos após apresentou-se uma desconcentração, excesso de conversas paralelas e algumas levantava para desenvolver outras atividades.

Optou-se por desfazer a roda, arrumar as carteiras, e reiniciar a conversa em forma de sala de aula tradicional.

As crianças manifestaram que gostaram da formatação da atividade.
Que gostariam que se realizasse o mesmo no dia seguinte.

Apresentamos o projeto de gravação do vídeo na sexta-feira e como seria:
Sair do ambiente escolar, de ônibus. A alegria foi contagiante.
Questões de comportamento e atitude, no processo, foram avaliadas.
Um aluno perguntou, observando:
- “meus pais vão ver a bagunça da classe no vídeo?”
quando comentávamos sobre a indisciplina.


Material utilizado:
3 marotes, vários itens de figurino, um CD de música. Giz e lousa, Papéis e lápis.
Toda a atividade foi registrada em vídeo e em fotos.

Avaliação pessoal:

Metodologicamente construímos o conteúdo a partir do conhecimento e da cultura dos participantes, estimulados por elementos da arte (marotes e música). Os problemas sociais foram apresentados através da temática do meio ambiente.

Problemas da comunidade local foram pesquisados e visualizados pelas crianças e no processo estas apresentam várias possibilidades de equacionamento ou minimização dos mesmos.

Houve tempo de escrita, de pesquisa de palavras no dicionário (como se escreve?), de reflexão sobre o diálogo (o tempo do ouvir e o tempo do falar), do exercício da palavra geradora (Paulo Freire) como estímulo a visão crítica da realidade local. Com a expansão para o global, pois o tema meio ambiente é a preocupação sobre o planeta.

Os alunos experimentaram o ato de manipular a câmera de vídeo e o ato de gravar parte das atividades, durante o processo.

A atividade foi ótima, rica em elementos do processo ensino-aprendizagem. Atendeu-se praticamente todos os objetivos propostos. A interação entre a equipe de educadores foi ótima, a resposta das crianças extremamente criativa. Todas participaram do processo.

Desafios do magistério - out/08

Fórum de Desafios do Magistério - No dia 29 de outubro tem Fórum Permanente de Desafios do Magistério. Com a temática “Interdisciplinaridade e Currículo Escolar”, será realizado das 8h30, às 17h30, no Centro de Convenções da Unicamp. É organizado pela Faculdade de Educação (FE), pela Associação de Leitura do Brasil (ALB) e Rede Anhangüera de Comunicação (RAC). Conta com apoio das coordenadorias Geral da Unicamp (CGU) e de Relações Institucionais e Internacionais (Cori). Inscrições e outras informações no endereço eletrônico: http://www.cori.unicamp.br/foruns/magis/foruns_magis.php

Einstein - mostra e palestra

Palestra
Mauro William Barbosa de Almeida, antropólogo e professor da Unicamp, profere a palestra "Pluralismo e relativismo nas sociedades humanas: o impacto das idéias de Einstein".
Será no dia 25 de outubro, às 15 horas, durante a exposição Einstein, organizada pela Revista Fapesp.
O evento, que entra em sua terceira semana, ocorre no Pavilhão Armando de Arruda Pereira – antigo prédio da Prodam, no Parque do Ibirapuera, em São Paulo.
Consulte a programação completa no site http://www.revistapesquisa.fapesp.br/. Inscrições podem ser feitas na página eletrônica http://www.einsteinbrasil.com.br/

quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Carta de Nita Freire

VIÚVA DE PAULO FREIRE ESCREVE CARTA DE REPÚDIO À REVISTA VEJA
Atualizado em 12 de setembro de 2008 às 10:46
Publicado em 12 de setembro de2008 às 10:38, por CONCEIÇÃO LEMES
Na edição de 20 de agosto, a revista Veja publicou a reportagem: O que estão ensinando a ele? De autoria de Monica Weinberg e Camila Pereira, ela foi baseada em pesquisa sobre qualidade do ensino no Brasil. Lá pelas tantas há o seguinte trecho: "Muitos professores brasileiros se encantam com personagens que em classe mereceriam um tratamento mais crítico, como o guerrilheiro argentino Che Guevara, que na pesquisa aparece com 86% de citações positivas, 14% de neutras e zero, nenhum ponto negativo. Ou idolatram personagens arcanos sem contribuição efetiva à civilização ocidental, como o educador Paulo Freire, autor de um método de doutrinação esquerdista disfarçado de alfabetização. Entre os professores ouvidos na pesquisa, Freire goleia o físico teórico alemão Albert Einstein, talvez o maior gênio da história da humanidade. Paulo Freire 29 x 6 Einstein. Só isso já seria evidência suficiente de que se está diante de uma distorção gigantesca das prioridades educacionais dos senhores docentes, de uma deformação no espaço-tempo tão poderosa, que talvez ajude a explicar o fato de eles viverem no passado". Curiosamente, entre os especialistas consultados está o filósofo Roberto Romano, professor da Unicamp. Ele é o autor de um artigo publicado na Folha, em 1990,cujo título é Ceausescu no Ibirapuera. Sem citar o Paulo Freire, ele fala do Paulo Freire. É uma tática de agredir sem assumir. Na época Paulo, era secretário de Educação da prefeita Luiza Erundina.
Diante disso a viúva de Paulo Freire, Nita, escreveu a seguinte carta de repúdio:
"Como educadora, historiadora, ex-professora da PUC e da Cátedra Paulo Freire e viúva do maior educador brasileiro PAULO FREIRE -- e um dos maiores de toda a história da humanidade --, quero registrar minha mais profunda indignação e repúdio ao tipo de jornalismo, que, a cada semana a revista VEJA oferece às pessoas ingênuas ou mal intencionadas de nosso país. Não a leio por princípio, mas ouço comentários sobre sua postura danosa através do jornalismo crítico. Não proclama sua opção em favor dos poderosos e endinheirados da direita, mas, camufladamente, age em nome do reacionarismo desta. Esta vem sendo a constante desta revista desde longa data: enodoar pessoas asquais todos nós brasileiros deveríamos nos orgulhar.
Paulo, que dedicou seus 75 anos de vida lutando por um Brasil melhor, mais bonito e mais justo, não é o único alvo deles. Nem esta é a primeira vez que o atacam. Quando da morte de meu marido, em 1997, o obituário da revista em questão não lamentou a sua morte, como fizeram todos os outros órgãos da imprensa escrita, falada e televisiva do mundo, apenas reproduziu parte de críticas anteriores a ele feitas.
A matéria publicada no n. 2074, de 20/08/08, conta, lamentavelmente com o apoiodo filósofo Roberto Romano que escreve sobre ética, certamente em favor da ética do mercado, contra a ética da vida criada por Paulo. Esta não é, aliás, sua primeira investida sobre alguém que é conhecido no mundo por sua conduta ética verdadeiramente humanista.
Inadmissivelmente, a matéria é elaborada por duas mulheres, que, certamente parase sentirem e serem parceiras do “filósofo” e aceitas pelos neoliberais desvirtuam o papel do feminino na sociedade brasileira atual. Com linguagem grosseira, rasteira e irresponsável, elas se filiam à mesma linha de opção política do primeiro, falam em favor da ética do mercado, que tem como premissa miserabilizar os mais pobres e os mais fracos do mundo, embora para desgosto deles, estamos conseguindo, no Brasil, superar esse sonho macabro reacionário.
Superação realizada não só pela política federal de extinção da pobreza, mas, sobretudo pelo trabalho de meu marido – na qual esta política de distribuiçãoda renda se baseou - que demonstrou ao mundo que todos e todas somos sujeitos da história e não apenas objeto dela.
Nas 12 páginas, nas quais proliferam um civismo às avessas e a má apreensão da realidade, os participantes e as autoras da matéria dão continuidade às práticas autoritárias, fascistas, retrógradas dacata às bruxas dos anos 50 e da ótica de subversão encontrada em todo ato humanista no nefasto período da Ditadura Militar. Para satisfazer parte da elite inescrupulosa e de uma classe média brasileira medíocre que tem a Veja como seu “Norte” e “Bíblia”, esta matéria revela quase tão somente temerem as idéias de um homem humilde, que conheceu a fome dos nordestinos, e que na sua altivez e dignidade restaurou a esperança no Brasil.
Apavorada com o que Paulo plantou, com sacrifício e inteligência, a Veja quer torná-lo insignificante e os e as que a fazem vendendo a sua força de trabalho, pensam que podem a qualquer custo, eliminar do espaço escolar o que há de mais importante na educação das crianças, jovens e adultos: o pensar e a formação da cidadania de todas as pessoas de nosso país, independentemente de sua classe social, etnia, gênero, idade ou religião.
Querendo diminuí-lo e ofendê-lo, contraditoriamente a revista Veja nos dá odireito de concluir que os pais, alunos e educadores escutaram a voz de Paulo, a validando e praticando. Portanto, a sociedade brasileira está no caminho certo para a construção da autêntica democracia.
Querendo diminuí-lo e ofendê-lo, contraditoriamente a revista Veja nos dá o direito de proclamar que Paulo Freire Vive!"
São Paulo, 11 de setembro de 2008
Ana Maria Araújo Freire.

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Tempo que foge!

Tempo que foge!
Pr. Ricardo Gondim (http://www.betesda.com.br/)
Contei meus anos e descobri que terei menos tempo para viver daqui parafrente do que já vivi até agora. Sinto-me como aquele menino que ganhou umabacia de jabuticabas. As primeiras, ele chupou displicente, mas percebendoque faltam poucas, rói o caroço.
Já não tenho tempo para lidar com mediocridades. Não quero estar em reuniõesonde desfilam egos inflados. Não tolero gabolices. Inquieto-me com invejosostentando destruir quem eles admiram, cobiçando seus lugares, talentos esorte.
Já não tenho tempo para projetos megalomaníacos. Não participarei deconferências que estabelecem prazos fixos para reverter a miséria do mundo.Não vou mais a workshops onde se ensina como converter milhões usando umafórmula de poucos pontos. Não quero que me convidem para eventos de umfim-de-semana com a proposta de abalar o milênio.
Já não tenho tempo para reuniões intermináveis para discutir estatutos,normas, procedimentos parlamentares e regimentos internos. Não gosto deassembléias ordinárias em que as organizações procuram se proteger eperpetuar através de infindáveis detalhes organizacionais.
Já não tenho tempo para administrar melindres de pessoas, que apesar daidade cronológica, são imaturos. Não quero ver os ponteiros do relógioavançando em reuniões de “confrontação”, onde “tiramos fatos à limpo”.Detesto fazer acareação de desafetos que brigaram pelo majestoso cargo desecretário do coral.
Já não tenho tempo para debater vírgulas, detalhes gramaticais sutis, ousobre as diferentes traduções da Bíblia. Não quero ficar explicando porquegosto da Nova Versão Internacional das Escrituras, só porque há um grupo quea considera herética. Minha resposta será curta e delicada: - Gosto, e pontofinal! Lembrei-me agora de Mário de Andrade que afirmou: “As pessoas nãodebatem conteúdos, apenas os rótulos”. Meu tempo tornou-se escasso paradebater rótulos.
Já não tenho tempo para ficar dando explicação aos medianos se estou ou nãoperdendo a fé, porque admiro a poesia do Chico Buarque e do Vinicius deMoraes; a voz da Maria Bethânia; os livros de Machado de Assis, Thomas Mann,Ernest Hemingway e José Lins do Rego.
Sem muitas jabuticabas na bacia, quero viver ao lado de gente humana, muitohumana; que sabe rir de seus tropeços, não se encanta com triunfos, não seconsidera eleita para a “última hora”; não foge de sua mortalidade, defendea dignidade dos marginalizados, e deseja andar humildemente com Deus.Caminhar perto dessas pessoas nunca será perda de tempo.
Soli Deo Gloria

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

Palestra "Empreenda e Vença!"

Palestra "Empreenda e vença!"
A vida é o bem mais precioso que temos!Há muito o que ser feito... por isso, deve ser conduzida de uma forma eficaz, rumo a um nível de excelência pessoal. Superação de obstáculos e conquistas pessoais são algumas das conseqüências possíveis, àqueles que passam a ter uma postura empreendedora, diante das circunstâncias.Conheça e utilize instrumentos de eficiência total em autogestão, sem sacrificar o lado prazeroso da vida. Autoconhecimento, estratégias para elaboração de planejamento, monitoramento pessoal e introjeção de comportamento empreendedor, são alguns dos temas abordados durante o encontro.Inscreva-se na palestra "Empreenda e Vença" e experimente o sabor especial de conduzir sua própria vida, superando desafios, melhorando sua auto-estima e tornando-se mais independente.

-Datas, locais e horários:

29 de outubro DGA às 14:00 horas, no Auditório da AFPU
30 de outubroFOP - Piracicaba às 14:00, no Anfiteatro 4
31 de outubroLimeira às 14:00 horas, no Auditório do CESET
04 de novembro Biblioteca Central às 14:00 horas, no Auditório da BC
Inscrições e outras informações: www.gr.unicamp.br/ggbs

terça-feira, 14 de outubro de 2008

Nunca tinha ouvido falar de...

Nunca tinha ouvido falar de ...

Artigo coletivo sobre Paulo Freire(1).

Aprendi coisas muito interessantes nestes últimos dois meses. Quero destacar a minha admiração por Paulo Freire, educador fascinante, que trouxe um modelo de educação revolucionário. Obter novas informações deste homem criou em mim uma apreciação, que antes não existia. Pensando, “paulofreiriando”, a descoberta do ser mais, trouxe, de forma pessoal, uma nova maneira de ver as nossas limitações. Repenso tudo aquilo que faz parte da minha história e percebo que foram meios para alcançar o saber e aprender a reconhecer as nossas limitações, ao mostrar que cada ser é diferente e acabam por se completar em seus diferenciais.
Hoje, sinto-me um ser melhor. Aproveito as lições da vida, que antes me faziam um ser menos, agora, transformo-as em degraus, que me fazem um ser mais.
Através do método de ensino utilizado no nosso curso, aprendi e ensinei que, realmente, não existe alguém que saiba mais ou menos. Existe, sim, uma troca de conhecimentos entre todos, com um líder que é um educador e que apenas chegou antes a certas informações.
Percebi, também, que meu rendimento melhorou, devido à organização da turma em círculo, pois, ao conhecer todos os participantes, senti-me mais à vontade.
Aprendi que escrever projetos não é só fazer aquilo que vai nos agradar ou satisfazer. O segredo do sucesso de um projeto é agradar e satisfazer as outras pessoas, respeitando-as sempre, independente das diferenças.
Nas participações, pude notar que posso aprender e ensinar na simplicidade das pessoas. No ato de perceber-me mais atenta para coisas que não sei, eu aprendi a ouvir. E se ouvi, e ainda não sei, posso pesquisar.
Aprendi a observar-me mais. Como, por exemplo, a não ficar falando sempre a mesma frase, várias vezes, a exemplo de: “ Você não tem noção...” Ou, até mesmo, a me sentar no mesmo lugar. Já mudei este hábito rotineiro.
Comecei a prestar mais atenção no sentido, ou no significado das palavras. Comecei a ler mais. No momento estou lendo um livro e encontrei referências sobre Paulo Freire. O nome do livro é “O que as mulheres não dizem aos homens”, de Rose Marie Muraro.
O que me marcou, e que nunca tinha percebido, foram os comentários de Paulo Freire a respeito da educação. Seu grande respeito por todos e pelos comentários de cada aluno. Outro conceito marcante é a reflexão sobre o “ser mais” e “o ser menos”. Tenho repensado a falta de respeito ao próximo, nestes dias de democracia e consumismo. Independente de qual classe social somos parte, devemos nos aperfeiçoar e realizar trabalhos sociais. Tenho percebido, através das atividades, que se nos respeitarmos, teremos, com certeza, um mundo mais humano. Acredito que ensinei a respeitar as opiniões emitidas. Aprendi que devemos nos dedicar mais a servir ao próximo, através de nossas igrejas e organizações.
O fato que mais mexeu comigo é o de termos um grande pensador, na área de educação, e que devemos ter orgulho disso. Estudamos e vimos que Paulo Freire nunca pensou de forma egocêntrica, principalmente, quando, na década de 60, participou do movimento contra o analfabetismo, impactando-o, de tal forma, que seus livros foram traduzidos em centenas de línguas.
Comparo isto com um ensinamento bíblico: Jesus também tinha este modelo de pensamento, e essa dinâmica, ao ensinar e dialogar com as outras pessoas. Lembro uma citação bíblica, onde Jesus fala da salvação para uma mulher samaritana. Na ocasião, ela estava em uma fonte de água. Ele relacionou a sede à fonte d’água viva. Ou quando fez uma analogia, ao chamar Pedro para ser pescador de homens, sabendo que era pescador por profissão. Educar é fazer o cotidiano de cada pessoa ser importante. Educar é transformar esse cotidiano, em direção a uma melhor forma de viver e ensinar.
Uma educação que desconsidera as pessoas e sua realidade social é alienada. O objetivo do educador e da educadora é ouvir as pessoas e elaborar perguntas, pensando criticamente, sobre com o que elas estão acostumadas a conviver em seu dia-a-dia.
Não ter preconceito é sempre aprender uns com os outros e perceber que as pessoas sempre nos ensinam alguma coisa.
Nas últimas semanas pudemos desfrutar de uma grande oportunidade de reflexão e amadurecimento, compartilhado as idéias, os conceitos e diagnosticando os nossos preconceitos.
Participar de discussões em grupo é um meio de “empoderar” o grupo. É perceber, em mim, o potencial de dividir com outros, o que tenho em mim e desfrutar do aprendizado, que isto pode me proporcionar. Este processo motivou-me a sair da rotina egoísta e a passar a dedicar tempo ao convívio com mulheres, as donas de casa, as esposas, as mães, algumas já viúvas; cada uma com um grande potencial para me ensinar, e muito. Com as quais, tenho tentado compartilhar, o que, parcialmente, sei.
A valorização do ser humano é o ponto central de nossa análise e deve ser o foco de nossos reais esforços. O acolhimento recebido neste período de estudos foi prática disto.
Aprender, através dos textos de Paulo Freire, é excelente e muito proveitoso. Encontramos várias lições, a exemplo: nunca fazer acepção de pessoas, amar e respeitar a todos, ouvir e entender, ser humilde, se despojar do preconceito.
- Que todos nós possamos praticar o aprendizado!
Nestes encontros, descobre-se uma maneira muito interessante de aprendizagem: utilizar, em tudo que se faz e fala, a observação. Conhecer é incorporar um novo conceito sobre um fato, a partir de uma nova observação.
Talvez, em função da educação familiar, escolar e secular, tenha sempre aprendido de outra forma, que era muito empírica e, ao mesmo tempo, me fazia pensar menos, ouvir menos e errar mais.
É necessário exercitar, a cada dia, o ato de ampliar a intensidade dos diálogos, das escutas, das observações e desenvolver uma nova forma de pensar, a respeito de cada novo conceito adquirido, referente às coisas e pessoas.
Às vezes, me pego com o sentimento de opressor, quanto a alguém. Outras como oprimido por alguém. Sendo que, este último sentimento, é muito desconfortável.
Em função destes conceitos, aprendi algo muito importante que é: ninguém é vazio de conhecimento. Com esse pensamento tenho “investigado” mais sobre as pessoas ao meu redor, procurando entende-las. Descobri que todas têm algo para me ensinar, mesmo que pensem ser algo banal, ou sem importância.
A partir do entendimento, a respeito do relacionamento entre o educador e o educando, onde ambos aprendem e ensinam, pude aplicar este conceito ao meu relacionamento interpessoal, com os colegas no trabalho.
Enxerguei sob um novo prisma, a minha forma de explicitar e obter o conhecimento, respeitando e querendo saber o meu interlocutor, a partir da busca de novas informações sobre este. Reconhecendo a importância de suas origens, histórias, limitações e, até, necessidades.
Pude aprender, muito mais que ensinar, através de uma simples conversa. Onde a chave de tudo é o conhecimento e o respeito pelo outro e por mim mesmo.
Nunca tinha ouvido falar de Paulo Freire. Amei de paixão, por existir alguém, que mudou todo o ensinamento, que eu conhecia.
Os depoimentos, dados pelas pessoas sobre ele, foram fantásticos. O que me marcou, foi uma senhora que disse: “Aprender, com Paulo Freire, foi como se experimentasse um pedaço de bolo.”
Foi uma comparação fantástica, sobre saber escolher o bom, do melhor.
Gostei, também, de saber a diferença entre o significado das palavras radical e sectário. Sinto-me no caminho certo.
Este texto é uma construção coletiva. A permanência de certas não concordâncias, e de concomitância entre o eu (primeira pessoa do singular) e o nós (primeira pessoa do plural) é proposital. Explicita nossa dicotomia cotidiana entre: se penso ou se pensamos, se faço ou se fazemos, se sinto ou se sentimos, se sou ou se somos.
Conhecer-se é fundamental, mas conhecer o outro, suas necessidades e seus conhecimentos, possibilitam experiências e sensações inigualáveis.
Melhor do que ser é trocar com o outro o que somos e temos.
Entendi, ao “final” dos encontros, que quando amamos, descobrimos também o quanto somos amados, por nós mesmos e pelo outro.
Creio que participar em projetos sociais consiste em trocas, lembrando-me do que é um diálogo, conforme afirma Paulo Freire: “ser dialógico é não invadir, é não manipular, é não sloganizar. Ser dialógico é empenhar-se na transformação constante da realidade”.
Mergulhando na teoria, que não nos esqueçamos da prática destes conceitos.
Estou amando aprender, pois tinha muitos pontos de interrogação.
Corrigindo, temos.

Referência
Freire, Paulo. Pedagogia da Autonomia: Saberes necessários à prática educativa 33a. ed, São Paulo: Paz e Rerra, 1996.

(1)Cínthia Scarpiello, Elisangela Rezende, Esdras de Sena Barbosa, Gabriel Locatelli Marques da Silva, José Ferreira Junior, Lucas A. Poletto Neves, Lucilene L. Paze, Madalena Marques, Odair Marques da Silva, Paula C. O. Araújo, Paulo Souza, Samuel Araújo, Teresa Dias Fernandes.
Grupo participante do Seminário Nazareno em Santo André. Módulo sobre terceiro setor e projetos sociais sob uma ótica freireana. "Formando líderes e ministros para os desafios deste século e para as muitas faces da pós-modernidade". Contato: etedabc@uol.com.br - Santo André/SP, setembro/2008.

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

fazendo o blog

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