Respeitar a diferença não pode seignificar "deixar que o outro seja como eu sou" ou"deixar que o outro seja diferente de mim tal como eu sou diferente (do outro)",
mas deixar que o outro seja como eu não sou, deixar que ele seja esse outro que não pode ser eu, que eu não posso ser, que não pode ser um (outro) eu;
significa deixar que o outro seja diferente, deixar ser uma diferença que não seja, em absoluto, diferença entre duas identidades,
mas diferença da identidade, deixar ser uma outridade que não é outra
"relativamente a mim" ou "relativamente ao mesmo", mas que é absolutamente diferente, sem relação alguma com a identidade ou com a mesmidade (Pardo, 1996: 154).
Identidade e diferença: a perspectiva dos Estudos Culturais. Tomaz T. da Silva (org). Editora Vozes. 2012.
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